quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A Esperança é Rubro-negra

As terras são esmeraldinas e, apesar de sabermos ter o Flamengo um "pequeno" país dentro do estado de Goiás, a torcida orgulhosa do não menos esmeraldino time homônimo ao estado não deixará que a invasão se consolide nas arquibancadas. Sim,  a cor predominante será o verde. Mas o verde se apequenará diante da imensidão continental do rubro-negro, essa sim a verdadeira cor da esperança nesta quarta-feira.
Esperança de que o Rio de Janeiro não se limite a uma vaga na Libertadores quase já conquistada pelo Botafogo. Esperança de que o quase consolidado descenso de um Carioca à Segunda Divisão não seja o assunto maior neste final de ano futebolístico. Enfim, o Flamengo é a esperança de um Rio melhor.

Qualquer Flamengo, normalmente, atropelaria qualquer Goiás, se o jogo decidisse algo. Mas a esperança aqui se faz mais necessária que nunca. Sim, porque não é qualquer Flamengo o time que Jayme de Almeida, a mando não sei de quem - mas desconfio -, colocará em campo hoje à noite. É um Flamengo escalado com André Santos, João Paulo e Carlos Eduardo como titulares. Se não houver esperança, amigo ouvinte, essa baba não vai pra frente de jeito nenhum. 

Esperanças à parte, Paulinho, Hernane, Leo Moura e a possível entrada de Luiz Antônio são a certeza de que o Flamengo, se não voltar classificado de Goiânia, eliminado não voltará (sim, sei que o assunto é futebol, mas alguém precisa dizer algo abraçado às expectativas baseadas na realidade!). O time de Enderson Moreira não mete medo em ninguém. Exceção feita à performance de Walter, o Goiás é um time limitadíssimo e não tem uma camisa com tradição para reverter suas limitações. O Flamengo tem. Sim, é apenas o que tem, mas tem.

Aposto no Flamengo e aposto que o time rubro-negro cumprirá com o que lhe pede a esperança Carioca de um final de ano melhor. Será Campeão da Copa do Brasi, Tri Campeão.

domingo, 13 de outubro de 2013

Pequenas estranhezas

Dizia Mano Menezes ao ir embora do Flamengo, pela porta dos fundos, atendendo a pedidos ensurdecedores da Maior Torcida do Mundo, que estava de partida por entender que os jogadores do elenco deste Flamengo não entenderam o que ele conhecia e lhes passava sobre o que significa futebol. Pois bem, ou o Jayme repassa seu "futebolês" através de mímica de fácil entendimento aos mobralistas rubro-negros, ou o Mano Menezes estava no momento daquela entrevista de despedida tentando mais uma vez enrolar aos enroláveis da imprensa esportiva que cobriam sua tardia partida. O fato é que, as exceções de Gabriel e Carlos Eduardo, que continuam não entendendo bulhufas, os demais jogadores do Mengão mudaram da água para o fogo. Incluo neste rol de universitários do futebol alunos como Luís Antônio e Amaral, quase bacharelandos do esporte bretão. O Flamengo mudou. 
O time rubro-negro enquadra seus adversários em suas intenções enquanto tem fôlego. Submete seu estilo  de jogo sem maiores estudos ou delongas. Sim, a preparação física precisa melhorar e muito, fora isso... O Flamengo aponta que cumprirá com galhardia as pretensões de sua diretoria pé-no-chão, que pretende apenas terminar este primeiro ano com dignidade. O Flamengo perderá umas e ganhará outras, mas não será mais ameaçado pelo impensável rebaixamento.

Uma outra estranheza, esta mais recente, é baseada em entrevista dada à Rádio Tupi pelo zagueiro botafoguense Bolívar. Disse o incauto e lento zagueiro que o Flamengo não ameaçava as intenções do Botafogo por estar a 9 pontos do Glorioso, entretanto, ressaltou que o Fogão continua candidato ao título brasileiro e, que era melhor os Cruzeiro colocar suas barbas de molho. Ora, mas o Botafogo está a 13 pontos do Cruzeiro. Olhando pelo aspectos técnico da coisa, o Cruzeiro se mantem em sua caminhada rumo ao título, o Flamengo cresce assustadoramente com Jayme de Almeida e, o Fogão despenca a olhos vistos sem cordas para segurar, devastando mentes e corações a fora. Sabem o que é isso? Explico. 
Cuca, quando técnico do Botafogo, dedicava às arbitragens 100% de seus insucessos. Pegou para si a alcunha de "chorão". O que aconteceu? Diante das câmeras de todo Brasil Cuca conseguiu fazer com que todo o elenco de seu Botafogo querido chorasse em, uníssono. O time abraçou a causa lacrimejante. O mesmo acontece no Botafogo atual. Apesar de todos estarem vendo que o Fogão cai, que Seedorf não suporta mais carregar sozinho o piano e o violino, ainda assim, Oswaldo de Oliveira diz, em suas entrevistas, que o trabalho é este mesmo, que o Botafogo é bom com e sem Seedorf e que Rafael Marques precisa de um aumento. Sabem o que acontecerá ao Botafogo? Será ultrapassado pelo Flamengo e, se Luxemburgo deixar, pelo Flusão também. Podem me cobrar.
O zagueiro Bolívar simplesmente comprou a ideia equivocada de seu treinador e a vende sem saber o que tem na caixa. O Botafogo não tem e nunca teve elenco para suportar um Brasileiro enorme como é este campeonato, muito menos jogando simultaneamente uma Copa do Brasil, a decidindo contra seu principal rival. O Botafogo precisa acordar! Precisa entender que ainda há tempo para assegurar aquele terceiro lugar se tentar com unhas e dentes. O zagueiro Bolívar precisa parar de ler Oswaldo e começar a ler Jayme. Quem sabe assim o Fogão passa a entender o que é o futebol.