domingo, 27 de julho de 2014

Parcimônia intolerável


O povo brasileiro, acostumado a ser tratado como gado, agora, enquanto torcedor, terá de se habituar também a ser confundido com a brilhante atriz Linda Lovelace. Dunga está sendo mesmo empurrado por trás e pela frente, sem dó, piedade e nem KY,  goela abaixo do assustado torcedor tupiniquim. O Fantástico o está entrevistando para, claro, melhorar a triste imagem do novo treinador diante de seus milhões de telespectadores. Um vergonha o comportamento da imprensa brasileira, esportiva ou não. O Jornal o Globo de 03 de julho de 2010 anunciava em sua capa "O fim (definitivo) da Era Dunga. Esse mesmo sistema Globo que hoje baba o retorno do brutamontes em cadeia nacional e horário nobre. Nem os jornalistas com uma opinião sempre mais próxima da liberdade de expressão vieram à público demonstrar sua revolta! Tem blogueiro (ao menos coerente) que diz ter Dunga ido bem em 2010... parei! 
Carta Capital, alguns jornalistas da ESPN Brasil e só! É muito pouco para o assombro que representa este estupro da CBF sobre os remanescentes torcedores da Seleção, cuja paixão a Alemanha tratou de arrombar. Dunga não era técnico e provou isso a todos nós em 2010. Além disso, Dunga mostrou ser um truculento ignorante no trato com todos, não só com Alex Escobar. Mas Dunga e a CBF não representam o pior dessa história. Quando nos vemos afrontados em nossos direitos publicamente, imaginamos, em primeira instância, que alguém levantará a voz por nós, a imprensa, por exemplo, único exemplo. E... nada. A CBF ressuscitou Dunga e este ato ressuscitará aqueles que foram obrigados a torcer contra a Seleção da CBF. Muito prazer.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Dunga não!!!!!!


Não sei você meu amigo, mas estou desconfiado de que Dunga no comando da Seleção Brasileira não é culpa da Dilma, mas sim dos Black  Blocs. Não é possível! Por que culpa dos Black Blocs? Simples, a visão nem precisa estar muito desconexa... Após o evento dos baderneiros nas ruas do país, o povo brasileiro voltou a demonstrar aquele seu jeitinho cordeirinho de ser e parou de reclamar como ameaçou fazer depois de junho do ano passado. Sim, os black blocs estão nas ruas quebrando bancos, principais representantes do poder capitalista que nos oprime, para depois comemorarem os estilhaços no Mac Donald mais próximo. Mas, eles não representam o país, a voz do país. Por isso os políticos novamente  se colocam naquela caríssima (para nós) zona de conforto e, por exemplo, resolvem que nos próximos 79 dias só trabalharão 4 e, que isso poderá custar aos cofres públicos a bagatela de 228 milhões de reais. Ninguém faz ou diz nada, estamos todos com medo de ir às ruas. Num outro lado dessa triste história a imprensa parece concordar mostrando no máximo uma cara falsa de espanto ou, de falso espanto, quando aparece no horário nobre para dizer desses absurdos. Ninguém faz nada!
E a CBF, muito provavelmente calcada por essa sensação, nos apresenta aquele que, pelo tamanho abissal do absurdo, ninguém esperava que ela fosse apresentar. Dunga, aquele mesmo fraco como técnico e estúpido como gente, será o novo treinador dos chorões de 2014. Alguém em algum lugar disse: Olha, se continuarem chorando eu chamo o Dunga!! Pensei que fosse uma brincadeira em virtude do acinte. Mas, infelizmente para nosso desejo de que o vexame contra a Alemanha nos servisse de cinzas, eis que assopram a brasa e o inferno astral ganha uma sobrevida. Nossa seleção, uma "sobremorte". 
Não é possível que a intenção não seja apenas a de demonstrar poder diante de quem passou a reclamar por sua Seleção Brasileira! Primeiro colocam um empresário para comandar os jovens promissores e os jovens fracassados, depois nos empurram o Dunga que, em ser Dunga já está mais do que adjetivado. Metaforicamente é como se colocassem dois caras vestidos de ladrões, com máscara e tudo, para tomarem conta do dinheiro do Carro-forte. Como se escolhessem duas raposas para vigiarem o galinheiro. Marin, Gilmar e Dunga de ladrões e raposas... foi só uma metáfora. E a imprensa...
Ouvindo o ótimo programa Bola em Jogo, da Rádio Tupi, tive o desprazer de perceber que a imprensa esportiva, representada aqui ,é verdade, apenas por este programa - mas sei que será tendência, está abrindo os braços para receber essa coisa que tão mal lhes tratou enquanto esteve de posse do cetro. Não acredito! Às vezes tenho a sensação de estar vivendo no "mundo bizarro" onde tudo acontece às avessas. Dunga ficou quatro anos no comando da Seleção Brasileira e, a exemplo de Felipão (2014) e seu antecessor  e embusteiro Mano Menezes, não conseguiu montar um time decente, podendo neste período convocar qualquer jogador brasileiro que tivesse vontade. Se Dunga não deu certo quando pegou a Seleção com um limitado orgulho próprio, por que haveria de dar certo agora, pegando o lixo que a Alemanha não jogou na lixeira? Por que a imprensa não grita? Por que o povo não sai às ruas? Acho que vou quebrar uns bancos.

Quando a unanimidade não é burra.


Dizem algumas pesquisas que a rejeição pelo retorno de Dunga ao comando da Seleção Brasileira roda em torno de 85, 70%. Mentira! A rejeição pela presença desse cidadão à frente de nossa outrora maior paixão é de 100%! Tenho certeza disso. Acontece que estamos lidando com duas facetas das piores desenvolvidas por nós desde que o Homo Erectus resolveu virar Homo Sapiens. Lidamos com a arrogância desmedida e destemida, implementada por aqueles que estão na direção da CBF e de todo o universo nojento que envolve o futebol e, uma enorme parte de nossa imprensa, esportiva ou não, que come espaços e acessos diretamente das mão dessa gente. São jornalistas que malham Luiz Felipe Scolari, técnico que idolatravam até hora da saída do último embate entre Brasil e Alemanha e demonstram otimismo e paciência no retorno do penúltimo técnico da Seleção que destroçaram logo após saída do penúltimo embate entre Brasil e Holanda. Uma vergonha! Dizer a mim que Luiz Ribeiro, jornalista da Rádio Tupi, escolheria Dunga para técnico da Seleção se esse direito lhe pertencesse é tentar me ver como um idiota completo. Há idiotas que me veem como um idiota completo, mas isso é uma enorme idiotice! (precisava dizer isso!). Bem Amigos, Linha de Passe Mesa Redonda (talvez aqui um pouco menos). A Globo de um modo geral... Comparam os números de Dunga aos números recentes de Felipão. Covardia! Felipão pegou um trapo de seleção que começava a virar um time nas mão de Mano Menezes e transformou esse trapo num time que, por exemplo, venceu a poderosa e imbatível Espanha diante de um ex Maracanã lotado. Percebam que Felipão alterou muito pouco a discutível Seleção de Mano Menezes. O que faria Dunga com os emocionados jogadores brasileiros, unanimidades na convocação final para a Copa do Mundo? Puxaria-lhes as orelhas em caso de choro? Sim, porque os jogadores seriam mais ou menos os mesmos. Quer dizer, Dunga dispensou Neymar uma vez e por isso fora execrado - após a derrota para a Holanda, óbvio. Será que Dunga levaria Neymar dessa vez? 
Dunga teve quatro anos para montar a Seleção de Felipe Melo. Quando deram quatro anos a Felipão ele foi Campeão do Mundo. Sim, noutro mundo, com outros jogadores, mas foi, e esses são os números que devem ser postos na balança. Mas não é assim que age a imprensa. Dunga chegará com o respaldo da maioria daqueles que têm suas bocas diante de microfones e suas mão diante de teclados, mas os combalidos apaixonados pela Seleção Brasileira, esses estão em maus lençóis.
Dunga, apesar dos clap, claps que ouvirá da imprensa brasileira é, unanimemente, mais uma imposição errada do ex torturador que comanda o futebol tupiniquim. Infelizmente nossa imprensa nos representa muito mal. Por sorte e pelo suor dos meus velhos tenho boca, microfone, mãos e teclado. Dunga não passará bem por aqui, passará justo. Justo como fui com ele no passado quando o critiquei a ponto de perder amigos que havia conquistado com minha maior alegria. Sim, porque lembro que a Seleção de Dunga não era o retrocesso que todos desejávamos. A Seleção de Dunga era sim, a semente de tudo o que vimos nesta última Copa do Mundo. Aquela Seleção de Dunga era horrível! Praticava o antijogo o tempo inteiro e, se venceu algumas competições, não fez mais que sua obrigação. Lembremos que a Seleção de 2006, cujo técnico também fora execrado por esta mesma imprensa, também venceu as mesmas competições que a Seleção de Dunga. E, venceu jogando um futebol muito convincente. Não engoli Dunga àquela época e não o engolirei agora. "Sou unanime em dizer desde já: FORA DUNGA!!!!!"

domingo, 20 de julho de 2014

Bandeira, impeachment-se.


Sr Bandeira, enquanto o senhor fica com essa cara de bobo alegre sem saber ao certo o que precisa ser feito para que as coisas, que parecem alheias ao seu conhecimento, mudem de rumo, o clube de futebol de maior torcida do país vai se encaminhando a passos largos para a beira do abismo. Será que o senhor não percebe que comandar um clube do tamanho do Flamengo não é o mesmo que comandar o setor financeiro do BNDES? Aliás, o senhor como administrador financeiro é péssimo! Vai pagar salários ao quarto ou quinto técnico simultaneamente sem que o time tenha encontrado seu caminho na direção da tradição do clube.
Não adianta nada ficar aqui discorrendo sobre onde e quem Ney Franco deve escalar, este ou aquele mequetrefe, porque Ney Franco não deveria ser o atual treinador do Mengão! Este deveria ser Jayme de Almeida. Duvido muito que o Flamengo estivesse onde está. Talvez o elenco dificultasse a vida do Jayme como faz com Ney Franco, mas mesmo assim o nosso velho e bom zagueiro dos tempos de glória saberia dar um jeito na situação. Hoje não adianta mais entregar o abacaxi nas mãos de Jayme. O Flamengo hoje precisa de duas ações imediatas: a primeira é que Joel Santana seja imediatamente contratado e, a segunda, que o Sr coloque a sua cabeça numa bandeja e a entregue na porta do BNDES,  com um bilhete perguntando se alguém a quer por lá. Essa cara de retardado que o senhor está fazendo nessa foto corre o sério risco de entrar para a história do Flamengo, não como o senhor deseja, mas como o senhor e suas limitações acabarão fazendo. Vaza!

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Um time pequeno vestido de Flamengo

A Seleção Campeã da Copa do Mundo Brasil, a Alemanha de Bastian Schweinsteiger, homenageou o Flamengo de uma maneira muito linda e respeitosa ao vestir o Manto Sagrado durante a Copa do Mundo, inclusive no jogo em que goleou a Seleção Brasileira por 7x 1. Este jogo ficará na história e a Alemanha de rubro- negro também. Uma Seleção campeã do mundo fazendo história com a camisa do maior clube de futebol do Brasil. Pois um rubro-negro, não o de Bastian Schweinsteiger, mas o de Ney Franco, entrou em campo ontem em Macaé  vestindo o Manto Sagrado remetendo suas intenções ao Flamengo, não como se quisesse homenageá-lo, mas representá-lo. Uma vergonha!
O Flamengo de Ney Franco, ao contrário do presente oferecido pela homenagem alemã, está chamando a atenção de todos da pior maneira possível para o Mais Querido. O Flamengo de Ney Franco, o time, está prontinho para colocar o clube na história mais vergonhosa do futebol brasileiro. O time de Ney Franco está se esforçando para entrar para a história do Clube de Regatas Flamengo em sua face mais humilhante. O Flamengo de Ney Franco está pedindo passagem para a Segunda Divisão de 2015!
Um time pequeno e mal treinado se vestindo, tal e qual a Campeã do Mundo, com o Manto Sagrado, mas desta vez sem respeito algum pela instituição e pelos milhões de flamenguistas espalhados pelo Brasil, pela Alemanha e pelo mundo afora. 
O Flamengo esteve desgovernado o tempo inteiro e qualquer resultado que não a vitória dos atleticanos seria uma injustiça - apesar de não acreditar em injustiças no futebol. Felipe continua falhando e falhou feio no primeiro gol do Atlético. A zaga, que penso ser razoável, fica o tempo todo exposta pela fraqueza e má vontade dos volantes, os laterais não existe e até o Fifa 14 já os aposentou, do meio pra frente o Flamengo não existe. Consegue decepcionar mais que o ataque da Seleção Brasileira, goleada pelo rubro-negro que presta. O Flamengo é um time pequeno. E, é bom frisar que os "times grandes" não caem. Clubes grandes com times pequenos caem sim.
Não vejo mudanças na diretoria rubro-negra que remetam a uma realidade diferente dessa. O Flamengo tem um time pequeno e a conduta correta de um, time pequeno em campo não é essa. Se passaremos o ano com esse elenco melhor seria um treinador habituado a times mais modestos. Ney Franco era forte quando se entendia fraco. Hoje Ney Franco pensa que joga o que não joga e, para o bem do Flamengo e de sua tradição, de sua história, deve demití-lo o quanto antes.

Gilmar Rinaldi... É rir pra não chorar.

Bem, alguém em sã consciência achava que a CBF, dona do mais apaixonante patrimônio do povo brasileiro, a Sua Seleção, iria mesmo moralizar a si mesma, demitir toda a sua cúpula e entregar o comando do futebol brasileiro a pessoas como Zico, Leonardo, Raí, Brunoro e coisas do gênero? Por favor, não me façam rir, pois ainda estou com aqueles 7 x 1 entalados na ideia! Entendo que as autarquias do futebol tupiniquim não entreguem o osso sem antes comprarem um mansão em Miami, o que não entendo é que a imprensa esportiva não denuncie as mazelas que estão na cara de todo mundo. Sabem o que a imprensa esportiva brasileira parece? Parece com a autenticação, o reconhecimento de firma de tudo o que fazem e deixam de fazer essa gente que de honesta... Deixa pra lá. Ouvir em coletiva o que tinha a dizer Gilmar Rinaldi sobre o futuro do futebol brasileiro é no mínimo uma mistura sem-vergonha de sarcasmo com prevaricação pública. Nojento!
Gilmar Rinaldi é um empresário!! Ex, segundo ele. Gilmar Rinaldi é oriundo dos meandros mais podres que fazem farte da atividade que envolve o futebol no Brasil. Não entendo! Quer dizer, não entendo o pseudocrédito que entregam à CBF para que ela nos conduza a uma imaginária nova realidade. Pois digo a vocês que a CBF está conduzindo o futebol brasileiro a um próximo 7 x 1, não necessariamente para os alemães. O futebol brasileiro carece de uma revolução e se a cúpula da CBF não pular do penhasco de  mãos dadas essa revolução será apenas uma estorinha.
Tite, Zico e Muricy, segundo a Globo, disputam a vaga de treinador. Tite é um embusteiro de marca maior. Um Mano Menezes piorado! Muricy, para ficar na mesmice, nos traria sua personalidade aparentemente sincera para o comando da Seleção. O que isso significa? Ora, que ou Muricy acabaria mandando Marin e sua corja para a PQP na primeira semana ou, seria demitido na terceira entrevista coletiva. Claro, poderíamos receber um novo Muricy. Um Muricy quieto, matreiro e mancomunado com o poder, pelo poder a ele concedido. Aí seria o fim - mas não excluo a possibilidade do fim. Penso inclusive num fim pior. Que fim seria este? Zico.
Se o Galinho de Quintino aceitar trabalhar com essa gente estará jogando ralo abaixo tudo o que criou a respeito de si mesmo diante do respeito alheio. Zico, em meu entendimento, deveria assumir não o comando técnico da Seleção da CBF, mas a própria direção da CBF! Esse gesto me surpreenderia e me faria acreditar numa revolução moral no futebol brasileiro e, que os alemães iriam penar para nos vencer na próxima Copa. Qualquer coisa que não passe pelos nomes de Zico, Leonardo e Raí não tem cara de coisa limpa. 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

A "triste"volta a realidade.

Recomeça nesta quarta-feira o Campeonato Brasileiro de 2014. Um Campeonato que começou mal, todo errado já em sua configuração. Como não sou adepto do socar ponta de faca ou a enxugar gelo deixarei de entrar em detalhes que já foram por demais debatidos desde o dezembro último. Mas o Brasileirão recomeça hoje e, graças a Deus, repleto de incógnitas. Que Flamengo e que Botafogo entrarão em campo para enfrentar seus adversários e seus problemas? Não faço a mínima ideia. Para aqueles que, pessimistas que são ao avaliarem uma podre realidade, achavam que não haveria Copa no Brasil, Botafogo e Flamengo terão pela frente um único destino: a Segunda Divisão. Mas será mesmo que este será o fim dos dois grandes do Rio de Janeiro? Torço para que não.

O Botafogo

A Copa entrou, ficou, saiu e os salários dos jogadores do Botafogo continuam atrasados. Salários há três meses e Direitos de Imagens há cinco. Um absurdo!! Alguns desejam que os clubes virem empresas. Essa realidade numa empresa deflagraria a falência imediata dessa empresa! Sinceramente não sei até que ponto essa realidade alvinegra influenciará na partida do Fogão. Jogadores de clubes brasileiros já estão acostumados a usar o atraso de salário como fator motivacional na busca por títulos e vitórias. Não dá para entender. Amor pelo clube?! Não me façam rir, por favor. Amor próprio?
Eles nem estudam e não fazem nada por si mesmos, por seus futuros. Atribuo essa relação do jogador brasileiro com o salário atrasado como um desleixo diante da realidade financeira de cada um. O jogadores de futebol ganham muito bem e não são três meses sem dinheiro entrando no caixa que irá desfalcá-los de maneira mais grave. Só pode ser isso.
O Fogão enfrenta o Sport Recife, Campeão Brasileiro da Série B em 1987, hoje às 19:30 na Ilha do Retiro. Parada dura para o Glorioso. Espero que o tempo tenha sido amigo das pretensões táticas e físicas de Vagner Mancini e o Botafogo saia de Recife com a mesma dignidade com a qual chegou. Por que digo isso? Porque um placar adverso contra um forte rival, na casa de seu adversário, com tudo atrasado... Sei não, isso pode fazer com que o fogo chegue ao final do estopim. Por que a palavra dignidade no contexto? Porque se o rubro-negro pernambucano se vestir de Alemanha e o Botafogo se vestir de Brasil as explosões de todas as espécies acontecerão independentemente da relação da pólvora com o estopim.  Vamos ver, sete e trinta. 


O Flamengo

Minhas perspectivas em relação ao Flamengo eram as piores possíveis. A Copa passou, mas minha mente e meu coração ainda permanecem no dia 11 de junho. Não esqueço que o Flamengo povoa a Zona do Rebaixamento de um  Campeonato Brasileiro de baixíssimo nível técnico. Não esqueço da maneira como Jayme de Almeida foi demitido para que o Flamengo pusesse em seu ligar Rinnus Mitchel, também conhecido na Zona da Mata Mineira como Ney Franco. Não esqueço. Nem devemos esquecer que o time de Ney Franco já jogou algumas partidas e se mostrou muito pior e mais perdido que o de Jayme.
Sim, a Copa passou e o Flamengo ficou nas mãos da mente de Ney Franco por mais de um mês. Sinceramente, não acompanhei o desenrolar desse espeço de tempo rubro-negro. Sei que os jogadores, assim que chegaram com merecimento à Zona do Rebaixamento, ganharam 15 dias de férias. Sei lá, deve ter algum mistério que possa, ao ser elucidado, melhorar o quadro que apresenta o futuro do Mengão, mas penso que o passado recente se fará presente e pintará a cara do futuro. Segunda Divisão! Ao menos que alguém tenha aplicado ao time do Flamengo uma fórmula mágica e inédita esse deve ser o grande desafio do Mais Querido - como quase sempre: fugir do rebaixamento. O jogo de hoje será realizado contra o bom time do Atlético do Paraná e, o pior, em Macaé. O Flamengo estará distante de sua torcida mais frequente mais uma vez. Não é bom recomeçar assim. Entretanto, assim que terminar o jogo do Botafogo, volte suas atenções para o Flamengo.


O Brasil na Copa e a Copa no Brasil



E a Copa do Mundo chegou ao seu final. Uma Copa que merece diversas visões de sim mesma, visões desconexas ou não. Prefiro as desconexas. Por quê? Ora, dou logo um exemplo que torna essa desconexabilidade necessária: precisamos separar a Copa do Mundo no Brasil do Brasil na Copa do Mundo. Ambas as partes separadas por diversas partes, antagônicas, óbvias e infelizes. Preferem uma melhor primeira impressão ou um gostinho mais refinado no final?  Pois é, como sou eu quem escolhe, vá acompanhando.


A Copa no Brasil

Um início arrebatador!
Da alemã Santa Cruz Cabrália à holandesa Ipanema, sem esquecermos a chileno-argentina Copacabana, a Copa no Brasil ferveu sem parar diuturnamente. Trocas de gentilezas, culturas e bugigangas permearam encantamentos de todas as partes envolvidas nesse entrelaçamento. Camisas, bandeiras, cocares e uma respeitável organização pra lá, Centros de Treinamentos construídos ou reformados, ambulâncias, estradas, escolas, arte, simpatia, boom no comércio pra cá, tudo acontecendo em meio a festas de euforia de parte a parte. No início da Copa no Brasil já se podia prever que a Alemanha seria quase imbatível, que a Holanda chegaria como segunda força, que o Chile encantaria de maneira surpreendente e que a Argentina não só faria na entrada como também na saída. Faria o quê? Ora, o que seus atacantes fizeram diante de Manuel Neuer e seus torcedores fizeram na praia, no Sambódromo e nos diversos lugares onde foram muito bem recebidos, acolhidos. Todavia, poupar-me-ei de hablar sobre argentinos. Posso? Danke!
Destaques da Copa: Bastian Schweinsteiger e Arjen Robben. Destaques da Copa! Ainda divagando sobre o início da Copa no Brasil... Esses dois caras foram sensacionais! Logo no início de cada um deles  em nossas terras um apareceu jogando frescobol nas areias de Ipanema e o outro chapadão, de alegria, berrando o hino do Bahia. Espetacular! Ah, e o Messi? O Messi a esta altura devia estar ensaiando seus dribles. Não, não estamos falando de futebol ainda. Messi ensaiava os diversos e mal educados dribles que deu nas diversas crianças que por sua atenção procuravam antes de procurarem por seus dribles. E a Copa no Brasil começou esplendorosa e cativante.


O Brasil na Copa

Um início pra lá de preocupante foi o que nos ofereceu a Seleção Brasileira logo que se defrontou com seu primeiro desafio, a Croácia. Não fosse um pênalti mal marcado pelo árbitro a partir de uma encenação cafajeste de nosso arremedo de centroavante e a Seleção Brasileira poderia encaminhar um adeus talvez mais melancólico, porém menos humilhante, logo no início do certame. Em entrevista a Bandeirantes... gozação?! Não! Fui abordado no entorno do Maracanã no último Flamengo e Cruzeiro do Brasileiro de 2013 por uma jornalista da Rede Bandeirante que perguntou sobre o uniforme rubro-negro que seria utilizado pela Alemanha na Copa, e sobre minhas expectativas em relação à Seleção Brasileira. Claro, enquanto meus olhos se admiravam diante do Manto Alemão, disse a ela que o primeiro jogo me preocupava, pois se a Seleção Brasileira tropeçasse diante dos croatas para ter de vencer mexicanos e camaroneses iriam se enrolar. Por que, perguntou a jornalista. Ora, porque além de fregueses dos mexicanos nossa Seleção contava em suas fileiras com garotos muito novos e, aparentemente inseguros demais para reverter uma cena contrária diante de um estádio cheio, provavelmente lhes vaiando. Não sou vidente, mas as lágrimas do capitão Thiago Silva mais ou menos transformaram em fato a minha tese exposta em dezembro de 2013. O Brasil começou mal na Copa. Sabíamos no início que não iríamos muito longe no que dependesse de nós mesmos. A esperança? Que não surgissem uma Alemanha poderosa, uma Holanda instigante e concisa e, muito menos um Messi inspirado. O Messi não inspirou ninguém, mas os alemães e os holandeses...


A Copa no Brasil

Praias cheias, aldeias lotadas, Dunas enlouquecidas, Lapas fervilhantes, a Copa no Brasil seguiu sua sina enlouquecedora. Todos os povos aqui presentes regozijavam-se em alegrias sóbrias e nem tão sóbrias assim. Uma festa inesquecível e inigualável. Não sei se o Rio e sua Olimpíada conseguirão suplantar o clima que envolveu nosso país onde, claro, o próprio Rio está incluído. Isso fora dos gramados.
Nos gramados jogos maravilhosos com jogadas e gols maravilhosos se sucediam. Arquibancadas cheias, fan fests botando pelo ladrão. Poucos ladrões. Os jogos foram sensacionais e geraram surpresas ainda mais sensacionais. Espanhas goleadas, Costas Ricas desbancando campeões mundiais e os devolvendo pra casa; dentadas, dribles, cabeçadas, uma Copa digna daquilo que representa não só uma Copa, mas as melhores expectativas sobre uma Copa. Jornalistas de todo o mundo se rendendo ao Brasil. Não um Brasil país, mas um Brasil povo, um Brasil no seu jeito de ser. Deste legado ninguém falou nada antes. Certamente será o nosso melhor. Temo ser o único. O Brasil estava lindo e funcionando. O tempo não precisava passar.


O Brasil na Copa

Ufa!! Conseguimos passar, sabe lá Deus como, pela primeira fase e, o melhor: escapamos da Holanda na fase seguinte. Escapamos de voltarmos para o exterior – é de onde vêm nossos pseudocraques. Enfrentamos o Chile.
 Por dez centímetros conseguimos passar pelos chilenos, outrora um pequeno percalço. A Seleção do Chile é melhor que a do Brasil. Muito melhor! Mas nos classificamos aos trancos, barrancos, lágrimas e atitudes lamentáveis. Os brasileiros estavam, àquele momento, embevecidos com a Copa no Brasil e deram pouca importância ao Brasil na Copa. E assim fomos para cima dos colombianos. Colômbia, outra seleção melhor que a brasileira. Outrora, menos que um percalço.  Mais uma vez, passamos e estávamos classificados para as semifinais.
Fala sério aí... Alguém esperava mesmo que a Seleção Brasileira passasse pela Alemanha de Bastian Schweinsteiger? Duvido! Estávamos sem o nosso ópio! Neymar fora ferido por Zuniga e estava condenado a assistir as partidas ao lado de Bruna Marquesini debaixo de um edredom  qualquer – coitado! O Brasil estava fadado à eliminação. Mas não contávamos com a falta exagerada de astúcia de nossos jogadores.


O Brasil na Copa (uma inversão aqui para que o texto fique se entenda)

7 x 1. Não poderia começar este parágrafo com qualquer expressão diferente dessa. O Brasil, a Seleção Brasileira, na Copa do Mundo realizada em sua casa, sofreu a maior humilhação de sua história – sorte que não foi para os argentinos. Fomos “piedosamente” goleados pelos alemães por 7 x 1! Uma goleada sofrida diante de um Minerão lotado pela classe média com poder aquisitivo para comprar os caros ingressos da FIFA. Uma goleada emplacada com requintes de crueldade. Não uma crueldade baseada na ação alemã, mas no comportamento de nossos meninos chorões e desequilibrados. Àquilo que chamam de apagão eu chamo de: “Meu Deus, preciso chorar e não sei se posso aqui e agora! E agora!?”. Pois é, enquanto nossos, segundo a opinião do lateral Marcelo, craques se comoviam em seu próprio drama a Alemanha tocava a bola brincando, sem se incomodar com quem estava do outro lado e nem como estaria o lado emocional de quem estava do outro lado. Os leitores mais antigos (nem sei se tenho leitores) haverão de se lembrar de que era mais ou menos assim que outrora fazíamos com nossos adversários do tipo Colômbia e Chile. Um vexame eterno!
Já dizia a Bíblia se referindo a Jesus Cristo: “E o verbo virou carne.” Todas as piores expectativas sobre nossa temerosa participação nessa Copa do Mundo desceram sobre nossas cabeças sem atritos e nem obstáculos. Choveu decepção em BH de maneira torrencial! E repito: contamos com a piedade alemã, sentimento até antes inimaginável naqueles que Hollywood nos apresentou como sanguinários covardes e impiedosos. Pois eles, os alemães, não quiseram empurrar um 10 x 1 em nossa história. A Alemanha estava na Final da Copa do Mundo. Os alemães enfrentariam os argentinos que, por sua vez, não se sabe como, eliminaram a encantadora Holanda de Robben – uma pena. Alemanha e Holanda fariam a final que esta Copa merecia. Talvez este tivesse sido o pormenor dessa Copa. Não foi porque ver os argentinos perdendo uma Copa do Mundo numa final no Brasil, não tem preço.
A Alemanha, contrariando geral, não as expectativas, mas os que esperava vê-los mais uma vez de Rubro-negros, encaçaparam um 1 x 0 convincente na Argentina de Messi em pleno Novo Maracanã.  Mario Gotze com um golaço no final da prorrogação eliminou as esperanças argentinas de serem campeões mundiais em solo brasileiro, como foram no passado infernal e remoto nossos hermanos uruguaios. O Brasil encerrara sua participação vexatória em su Copa do Mundo com mais uma derrota acachapante, dessa vez para a Holanda. Holanda que, ao contrário de todos os jogadores dessa Seleção Brasileira mequetrefe, deixará em todos nós uma belíssima saudade. Saudade esta ilustrada pelas excepcionais arrancadas de Robben e pelo belíssimo gol de Van Persie no sacode imposto aos espanhóis.  Fim do Brasil na Coda do Mundo no Brasil.


A Copa no Brasil

Não só houve Copa do Mundo no Brasil como talvez tenha sido a melhor e mais espetacular Copa de todos os tempos. Chamaram-na de Copa das Copas. Não posso discordar disso e me orgulho muito na concordância. Sim, temo que a beleza desta Copa, a organização dessa Copa tenha como destaque a ausência de um jornalismo sério e isento que possa ter nos privado de imagens de violência, atrasos, roubos e furtos aos turistas e filas nos estádios. Não sei, alguém já teria aberto o bico. Mas até a Polícia do Rio de Janeiro funcionou!!! Ah... Prefiro acreditar no que me foi mostrado – ao menos dessa vez. Coadunam de meus sentimentos torcedores e jogadores de todas as seleções que aqui estiveram neste curtíssimo período de tempo. Uma pena que esta Copa tenha terminado. Mas terminou. A satisfação daqueles que nos visitaram é o nosso melhor licor para um fim de festa tão vazio.  Espero que o país termine as obras que ainda não foram concluídas e que passe a respeitar os brasileiros como respeitou os estrangeiros. Espero que os estrangeiros voltem a nos visitar e contem de nós em seus países como um povo acolhedor, mas não submisso, quente, mas não prostituto, simpático, mas não bobo. Um povo e um país que hoje caminham nos passos que já foram dados na história de alguns desses países, onde seus “nativos” são tratados com respeito e dignidade por seus governantes e por sim próprios. Que nosso governo, antes até nossos eleitores, saibam conduzir nosso país num caminho de menos corrupção e mais amor próprio, pois se não tudo isso, toda essa explosão de alegria e satisfação terá sido apenas um acidente, e não um legado.

Quero ver na Olimpíada!!

domingo, 22 de junho de 2014

Não existem mais bobos no Futebol, ou os espertos se foram?

Saudosismo, revoltas, Costa Rica, Irã, Gana, Flamengo, Resende, seu time, Seleção Brasileira, imprensa, bobos, espertos, interrogações... Tudo misturado desde uns tempos para cá dentro da mente triste e saudosa desse que vos escreve, a dizer de futebol, a tentar entender o futebol.
“Não há mais bobos no futebol”, disse alguém não sei quando, mas, desconfio que o poeta estivesse tentando se esquivar de uma pergunta do tipo: "Treinador, como foi que o seu time conseguiu perder para este adversário tão fraco e tão menos abastado técnica e financeiramente?” Não existem mais bobos... Engraçado, tenho jogado peladas tempos e várzeas afora e, posso garantir aos amigos, os bobos continuam lá. Sim, são os mesmos, são outros, mas estão lá, não faltam!
Sou torcedor de futebol desde um tempo quando havia bobos aos borbotões, aos montes. Todavia, se a memória remota e a recente não estiverem me ludibriando, a existência desses bobos estava diretamente condicionada à existência dos, digamos, mais espertos ou, menos bobos. Mas os bobos... Eles não faltavam! E não faltam. Claro, comecei a torcer em meados dos anos 70, ali mais precisamente num FlaxFlu de 1974, vencido pelo Tricolor. Poucos bobos havia naquele Tricolor e também naquele Rubro-negro, mas havia. Espertos, sim, havia mais espertos que bobos naquela tarde de domingo. Doval, Cleber, Manfrini, Zico, Geraldo e Marco Antônio... Sim, esses eram alguns dos espertos. Era prudente que um bobo não ficasse de bobeira na frente de um desses, pois, à época, o Maracanã vivia cheio, e cheio naqueles tempos significava algo em torno de 90 ou 100 mil pessoas. Não era moleza não! E assim fui aprendendo a gostar de futebol, a me apaixonar por este esporte ainda tão apaixonante. Gosto dessas lembranças e as datas permanecem acesas na mente, na saudade e no coração.
Os anos 70 chegaram ao fim. Até o início dos anos 80 minha relação com o futebol, enquanto paixão, permanecia ali, sendo correspondida de maneira efervescente, ardente. Estava no Maracanã constantemente e os maravilhosos jogos de futebol se sucediam semana após semana. Vitórias? Nem sempre. Entretanto, a modéstia tem de ser posta de lado. As vitórias do meu time naquele tempo eram maioria. Mas, nas vitórias ou nas derrotas não se podia reclamar dos espetáculos, daquilo que os espertos faziam aos bobos ali, diante de milhares de pessoas, torcedores. Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo, para ficar no Estado do Rio, eram esquadrões esplendorosos! A Seleção Brasileira de 82 o ápice dessa época. Uma Seleção Brasileira que, diz um bando de meninos frequentadores de páginas esportivas por aí, não ganhou nada. Infelizmente a realidade nua e crua vem atestar essa visão daquela Seleção. Mas e esta coisa que pulsa em mim e em corações como o meu, corações brasileiros e estrangeiros, não seria a melhor conquista de qualquer Seleção Brasileira? Um magnífico legado que foi ignorado no ano seguinte ao desfecho infeliz da Copa do Mundo de 1982. A Itália – um belo time de grandes marcadores - venceu a Copa e jogou o legado da Seleção Brasileira no ralo. E ali, a partir daquele ano, minha revolta atual começou a ganhar vida, motivo.
Zico, Rivelino, Mendonça,  Renato, Pita... vou parar por aqui. O número “10”, até então o mais importante jogador de cada time, o cérebro, começou a perder seu espaço nos diversos times e, na própria Seleção Brasileira, para o “5”, o “8”. Só que essas camisas, que já haviam sido vestidas e honradas por gente como Falcão, Carpegiani, Sócrates, Adílio, começaram a ser vestidas por Elzos, Pintados, Dorivas e coisas do gênero. São esses os precursores dos Dungas e Mauro Silvas, os fomentadores de bobos, os caçadores de espertos, que se apresentaram e foram escolhidos para conquistar o que os espertos perderam. Tenho certeza que foi naquela altura da humanidade que o demente disse ao jornalista: “Meu amigo, não existem mais bobos no futebol.” Pois eu e minha revolta discordamos veementemente! Claro que há bobos no futebol! Há em demasia, o que não há, ou há poucos, são espertos. Os times de outrora, a maioria, os tops, tinham em seus elencos um “muito esperto” (Zicos, Rivelinos, Falcões, etc...), alguns espertos e uns bobos, poucos. Hoje não é mais assim. Garantem que os bobos ficaram espertos, mas o que aconteceu foi algo muito próximo do contrário. Os espertos não ficaram bobos, apenas sumiram, deixaram de ser descobertos e o futebol passou a ser lugar de bobos. No campo e, desculpem-me, nas arquibancadas.
Venezuelas, Equadores, Macedônias, Novas Zelândias continuam por aí. Digo ainda mais, essas seleções pioraram! Aguinaga... O Equador dos anos 80 tinha um Aguinaga, meio-campo equatoriano que, sozinho, pois estava acompanhado de um monte de bobos, parou uma Seleção Brasileira em São Paulo. Uma Seleção Brasileira que começava a encher-se de bobos em detrimento dos espertos que ainda caminhavam por aqui. Não obstante a proliferação de Dungas, Pit Bulls, Cães de Guarda que passaram a assolar o país, transformando Itálias e Bragantinos em vencedores, a figura dos jogadores que pensavam o futebol começava a evaporar. O “9”, outrora um mero fazedor de gols, na esmagadora maioria das vezes a partir de situações criadas pelos números “10”, surgiu como o redentor das vitórias porventura obtidas após a certeza da neutralização do pensamento adversário. As Venezuelas, os Equadores e as Macedônias de ontem estão representadas nas figuras simpáticas das Costas Ricas, Ganas e do próprio Irã de hoje. São todos bobos!
São realidades vividas em cada seleção, em cada país que apenas refletem o que acontece no dia a dia de cada campeonato nacional ou regional. O Flamengo de outrora, em vias de regra, passava seu rolo compressor em qualquer time pequeno que se aventurasse em seu caminho. Na década de 80 Flamengo e Botafogo ficaram 53 jogos sem perder, invictos. Verdade, a maioria desses jogos disputados contra times pequenos, de menor investimento, repletos de bobos que, como bobos eram subjugados pelos espertos. Se você é torcedor de um time grande provavelmente esta era a realidade de seu time. Mas, e a realidade de seu time atualmente, qual é? Você acha mesmo que seu time está cheio de espertos enquanto o Resende não tem mais bobos? Tem certeza disso?! Não posso concordar. O que sei é que o Resende está com muitos bobos em seu elenco. Mais bobos do que os Bangus e os Madureiras do passado. O problema e, duvido que você deixará de concordar comigo, é que: Felipe, Leo Moura, Wallace, Samir e André Santos; Amaral, Muralha, Luíz Antônio e Mugni; Paulinho e Hernane, compõem um time repleto de bobo. O único jogador desse time que é mais ou menos esperto tem quase 40 anos!
Marcelo, lateral bobo da Seleção Brasileira que representa a Família Scolari, disse ironicamente a um jornalista que o Brasil não deixou de fabricar craques, jogadores que estou chamando até aqui de “espertos”. Deve ter imaginado a si próprio, Oscar, Hulk, Fred, Luiz Gustavo, Paulinho e Daniel Alves como jogadores espertos, craques. Não amigo Marcelo, esses não são espertos e nem craques. Bobos? Obviamente que não são! Mas estão longe demais de serem classificados como um craque. Entenda Marcelo que, a despeito do que diz a imprensa, não sei se por esperança, desespero, ou mesmo necessidade de se vender, nem o fabuloso Neymar pode ser taxado como um craque. Um ótimo jogador e excelente promessa, mas, por exemplo, não substituiria Éder na Seleção Brasileira de 82, aquela que não ganhou nada. Nossa Seleção não tem bobos, não é isso, mas não somos mais capazes de vencer facilmente as demais seleções que continuam a procriar seus bobos entre si.

A voz do povo não é a voz de Deus. A voz do povo é a voz da imprensa. Não que a imprensa seja a única culpada pelo que aconteceu e acontece com o futebol mundial, mas difundir o que deveria ser criticado é sim, papel único e exclusivo da imprensa. O futebol em todos os cantos do mundo precisa de um choque. Uma Holanda que enfrentou a Espanha, ou uma França que enfrentou a Suíça precisa vencer esta Copa do Mundo. Ou a próxima! Se o pragmatismo do Brasil que enfrentou o México, a arrogância embolada da Argentina que enfrentou o Irã, ou a rigidez sem foco da Alemanha que enfrentou Gana obtiverem êxito nesta Copa, estaremos fadados a ouvirmos pelos meios que difundem nossa paixão, o futebol, por mais 4 anos, pelo menos, que os bobos não existem mais, que são e somos todos espertos e, que o Grupo da Morte é uma imagem que deve ser temida pela Itália, pelo Uruguai e pela Inglaterra, não pela poderosa Costa Rica. Não existem mais bobos no futebol, ou nos faltam nossos saudosos espertos da bola? 

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Brasil 3 x 1 Croácia

Ufa! Ufa! Ufa!

Com grande atuação de papai Oscar e de Luiz Felipe Scolari a Seleção Brasileira venceu a Croácia em sua estréia! Oscar jogou muito e a Seleção se postou e se comportou muito bem diante de seu forte adversário, de sua imaturidade e de todas as mazelas que assolam corações e mentes em qualquer estréia que seja. Essa postura, que viria a facilitar o comportamento emocional e técnico de alguns jogadores, tem tudo a ver com armação tática colocada por Felipão. Oscar foi o cara em campo. Brigou, driblou, lançou e fez seu gol. Neymar foi muito bom também, mas espera-se sempre que Neymar seja ótimo e o ótimo foi Oscar. Luís Gustavo e David Luiz foram os outros que se destoaram dos demais. Na verdade ninguém jogou mal esteve e a Seleção esteve muito bem armada em campo. 
Site da CBF
Essa Seleção Brasileira é tão boa tecnicamente quanto qualquer outra seleção adversária, entretanto, a maturidade desses jogadores, a maioria ainda muito novos, preocupa-me para o restante do certame. Lidar com adversários mais marrentos e com adversidades mais contundentes... sei não. Tomara que a própria Copa do Mundo vá aos poucos maturando essa garotada, os deixando mais à vontade para o embate com adversários que lhes serão cada vez mais fortes. Parabéns Seleção Brasileira!! Está gostoso de ver!



Nota Triste

Percebe-se claramente que o país vive momento complicado, aliás, como sempre viveu. Saímos de uma ditadura diretamente para as mãos porcas de aproveitadores e safados que instituíram a roubalheira desenfreada como sua principal atividade fim. Derrotamos essa gente nas urnas com a expectativa de que tudo mudaria, mesmo que por poucos meses, pois se as mudanças e vontades populares fossem implementadas de imediato certamente os militares retomariam o comando do país na semana seguinte. Mas quem entrou preferiu o que chamaram de governabilidade. A partir daí... só decepções. E, as pessoas que vieram para nos salvar dos corruptos, que enfrentaram, não balas de borrachas,  mas munições de verdade e torturadores inescrupulosos, resolveram aderir à corrupção e passaram a nos roubar diuturnamente. Sim, o Governo trancou alguns na cadeia, depois de muito custo, mas os trancou. O país hoje é governado sob a suspeita de todos nós. Todavia, aqueles que foram derrotados pelo nosso voto quando Lula e a esperança foram eleitos, são hoje a nossa "oposição". Representam aqueles aos quais deveríamos recorrer para sermos novamente salvos. São, na verdade e infelizmente, ainda mais podres do que aqueles que hoje nos governam, acreditem.
Meu sentimento de tristeza vai de encontro as manifestações fora de hora e, claramente, políticas e eleitoreiras que têm ocorrido depois de manifestações, essas sim, tão pacíficas quanto legítimas, ocorridas em junho do ano passado. Black Blocks são na verdade burguesinhos insatisfeitos até hoje com o governo de um ex torneiro mecânico ao qual foram obrigados a chamar e tratar como Presidente da República. Quebrar bancos acusando os banqueiros de representantes do poder econômico e covarde que assola o país e, após a manifestação e o quebra-quebra reunir-se para comer um lanchinho no MacDonald, pagando a conta com o Cartão de Crédito sustentado pelo papai... é um absurdo! É isso o que acontece. Os Black Blocks não representam os milhares de brasileiros que mostraram sua insatisfação no ano passado. Black  Os Blocks representam gente como ACM Neto, Jader Barbalho, Fernando Henrique Cardoso e coisas do gênero e com odor semelhante. Muito triste ver um presidente da república ofendido em cadeia internacional. Nem que o presidente fosse o Fernando Henrique, nem assim, isso se justificaria. O país respira Copa do Mundo e a principal paixão do Brasileiro, o futebol. Essa paixão deveria ter de todos a sua representatividade em nossa peculiar alegria. Certamente o "Dilma, vi tomar no ..."  foi puxado por gente que não está preocupada com a Seleção Brasileira e muito menos com o país. São na verdade representantes dessa burguesia carniceira que deseja o poder de volta a qualquer custo. Não seja idiota. Seu voto é a principal arma contra quem te explora e a favor do seu pensamento, do seu sentimento. Mostrar ao mundo um país como querem mostrar a oposição, os Black Blocks e os idiotas que os seguem não é legítimo. A realidade? Ora, então peçamos a bandidagem dos traficantes para fazer a parte dela, pois nosso país é também muito violento, mas até o banido parece envolvido com o coletivo. O idiota Black Block, não.

domingo, 1 de junho de 2014

Ufa Flamengo!

Parabéns Mengão!!!  Tricampeão Brasileiro de Basquete - NBB

A raça, a disposição, a consciência de que se está representando um Clube de massa, o de Maior Torcida do Brasil, o Flamengo! Essa galera do Basquete sabe, entende o que a própria diretoria do Flamengo aparenta nem se importar. O Flamengo não tem volei, mas, se volei tivesse o time de volei teria de estar brigando com honradez por qualquer partida ou campeonato que disputasse. Isso o Basquete do Flamengo fez e sempre fez, graças aos homens que lidam diretamente com o esporte, jogadores e comissão técnica. Estão todos de parabéns!
O orgulho de ser rubro-negro se envaidece com as atuações dessa equipe. Pena que as demais modalidades de esportes do clube não contem com a mesma disposição e honestidade para com a causa.

Obrigado aí galera!!



Aff! Flamengo!!

Um sensacional Campeonato Brasileiro vai chegando ao fim da metade de sua primeira fase, seu primeiro turno. Afora as questões que me obrigam a apelidar este certame de VERGONHÃO 2014, o futebol jogado até aqui por algumas equipes é de encher os olhos! Cruzeiro, Internacional, São Paulo, Santos, Atlético MG, exatamente nesta ordem; alguns momentos ou tempos de Corinthians, Goiás, Grêmio e, na turma da rabeira, Chapecoense e Botafogo andam perdendo jogando muito bem em determinados momentos das partidas. Estou gostando muito. O futebol avassalador que andam praticando Cruzeiro e Inter, assim como as deliciosas triangulações do meio campo são-paulino têm me mantido diante da telinha, tornando mais acirrada a briga pelo controle remoto aqui de casa. 
Sim, o Flamengo é uma bosta, mas o que o Cruzeiro fez ao Mais Querido no jogo de hoje foi sacanagem. Não deu um minuto de boa vida a nenhum setor da bagunça rubro-negra. Assim como o Internacional, que também pratica um futebol total, com D'Alessandro (segundo o comentarista Ricardo Rocha, Dê-alessandro) mas, com D'Alessandro criando muito, William roubando 101% das bolas que disputa, Jorge Henrique voltando em grande estilo, laterias eficientes e uma zaga sempre confiável. Olha, vai ser uma luta de gigantes a disputa entre essas duas equipes. Claro, o período de paralisação por conta da Copa favorecerá as outras equipes, principalmente as que acompanham essas duas mais de perto, como São Paulo, Grêmio, Santos, Galo Mineiro, enfim,, não só e nem necessariamente na pontuação, mas na composição de seus elencos. Esses times já possuem elencos respeitáveis que, podem ainda ser melhorados. 
Espero, sinceramente, que esta Copa do Mundo não atrapalhe o bom início do Vergonhão 2014. O que seria necessário para que a Copa venha atrapalhar o Campeonato Brasileiro? Black Blocks? Não, claro que não! O Brasil não sendo campeão. Isso poderá provocar uma sensação de desgosto do brasileiro para com o futebol a ponto de afastar os poucos que ainda gastam tempo e dinheiro com o esporte bretão. No sentido contrário, uma vitoriosa campanha do time de Felipão alavancará o Vergonhão 2014 ao topo das intenções de entretenimento de um número muito maior de torcedores. Enfim, estou satisfeito com o que vi até aqui. Salientando é claro que me refiro aos times acima citados. O meu Flamengo... Bem, se essa diretoria continuar no comando o rebaixamento será inevitável. 

O quê!!?? O Wallim já saiu? Bem...

Fotos: Globo.com

terça-feira, 13 de maio de 2014

"Quero publicamente pedir desculpas, em meu nome e em nome do Fla, ao Jayme e sua família por qualquer desconforto que a gente tenha causado a ele".

Disse Wallim Vasconcellos, se Deus quiser, um dos futuros ex dirigentes do Flamengo.


Ser demitido em sua folga e saber disso através de um jornalista... o que pode ser mais desrespeitoso nessa relação entre um clube, seu treinador e o outro treinador, o contratado? Coitado do Jayme... Coitado do Ney Franco...

Ney Franco mostrou-se uma pessoa totalmente desprovida de caráter profissional. Deveria no mínimo e, como cláusula mestra de seu contrato, exigir que a diretoria do Flamengo comunicasse ao atual treinador que este estaria dispensado de suas funções no clube, antes de aceitar o convite. Mas Ney Franco não pensou assim. Não pensou, inclusive, que com o plantel que a diretoria coloca à sua disposição ele não emplacará o segundo turno no comando de um Flamengo fraco e deficiente. Os melhores jogadores do elenco do Flamengo "já passaram dos 50". E, são os melhores jogadores do elenco do Flamengo, nada demais. Nem seriam titulares em todos os clubes do futebol do Rio, nem precisamos ir muito longe. Se o Flamengo era alguma coisa, devemos esse "alguma coisa" às simplórias e, muitas vezes equivocadas,  armações que Jayme de Almeida aplicava ao time. 

Sim, é verdade que o Flamengo de Jayme se acertou quase que por vontade própria. O time de Jayme de arrumou, sem querer, naquele Flamengo 4 x 0 Botafogo onde Luís Antônio e Paulinho tiveram papéis fundamentais. Mas não esqueçamos que Paulinho foi escalado para proteger o fraco e debilitado André Santos, um dos melhores do elenco do Fla. Sorte? Claro! Mas a sorte deu a Jayme e ao Flamengo mais uma Copa do Brasil, uma Taça Guanabara e um Campeonato Carioca. Qual o último treinador do Flamengo que pode contar história semelhante? Andrade? Também o enxotaram da Gávea. Só não lembro se no momento da demissão o Tromba estava com a família na praia ou no Tivoli Parque. Uma falta de respeito com qualquer pessoa que estivesse no lugar de Jayme e, essa declaração de Wallim soa aos meus ouvidos como escárnio e sarcasmo. Nem com o Ney Franco, treinador que aceitou toda essa situação desmoralizante e, que ele mesmo, com insinuações de molecagem ao deixar o Vitória, como deixou, alguém poderia fazer o que fizeram ao Jayme.  Essa diretoria do Flamengo é uma das piores dos últimos tempos. Ah, deixarão em 500 milhões uma dívida que era de 750?! Sim, mas a que custo? Ano passado o time quase caiu e esse ano nos ameaça do as mesmas ameaças do ano passado. 

Deixo aqui os meus agradecimentos a Jayme de Almeida, seu amor e sua dedicação pelo clube que ama tanto quanto eu. Amor com o qual  certamente não coadunam as pessoas que hoje dirigem o Flamengo com uma grife de bons moços mas, se analisarmos direitinho, vivem fazendo merda atrás de merda. Obrigado Jayme de Almeida, não só pelos títulos, mas principalmente por sua conduta à frente do Flamengo. Tivemos orgulho do nosso treinados. Desse que chega, tenho medo. Vá com Deus Jayme. Pena que sua imagem, assim como a de Andrade, seja tão vinculada ao Flamengo. Torceria por você, caso o mercado te deixasse servir a outro clube, fosse ele qual fosse. Essa diretoria que te apunhalou em praça pública vai passar. O amor e a admiração por você, da Maior Torcida do Mundo, não passarão. Obrigado.




terça-feira, 6 de maio de 2014

Vergonhas de um país sem vergonha

O Vergonhão 2014 segue sem nos dizer nada.

O Flamengo goleando o Palmeiras, o Galo perdendo em casa para um Goiás sem 7 jogadores de sua simpatizante campanha em 2013. O Corinthians e suas estrelas suando o quilo certo para vencer a Chapecoense... Enfim, são poucas as demonstrações de quem é ou será quem no Vergonhão/14. 

Assisti a pedaços dos jogos do Galo e do Corinthians. Um Galo desorganizado perdeu de um frágil Goiás em seu território mais temido, o Horto, onde antigamente quem por lá caía já o fazia morto. Pois o Galo não matou e morreu em seu próprio alçapão. Alçapão este que ferveu no sentido contrário, em mistura de vaias e palavrões gritados na direção daqueles que suavam a camisa alvinegra. Ainda resquícios da eliminação para o Raja, ou para o Atlético Nacional da Colômbia? Fico com a segunda opção. O Galo estava aguerrido mas desorientado.

Engraçado como o futebol te prepara surpresas. Não, não estou me referindo ao que acontece dentro das quatro linhas ou nos bastidores mais diretos, como nas ações e omissões das diversas diretorias. Ou estou?
Preparava-me para ir ou não ao Maracanã ontem. De cônjuge e tudo! Tudo certo em nossas mentes, em nossos corações. A vontade estava latejando. Um almoço ao meio-dia e... partiu! Mas aí a curiosidade me pegou e, influenciado pelas atitudes e omissões da diretoria pé-no-chão do Mengão, resolvi verificar o valor do ingressos para este imprevisível Flamengo x Palmeiras. 60 reais... 60 reais?!!! É ruim hein!! Disse eu a minha própria mente em voz alta para que minha companhia pudesse ouvir. Estão malucos!! 60 reais nem com a certeza de uma goleada convincente! Desisti. Desistimos.
Após o almoço minha mente e meu coração mais uma vez nos convidaram.. Vamos? Então, vamos!?! Não, melhor não... Essa eu mesmo respondi. E o jogo começou num PPV já pago que encareceria ainda mais o ingresso.
Com cinco minutos de partida meu ar de sabichão soberano tomou conta do recinto - mais precisamente, meu quarto.

- Não disse!? Gastar 200 reais para assistir a isso!? Jamé!

O Flamengo entrou totalmente desalinhado, ou melhor, alinhado aos equívocos da escalação de Jayme de Almeida. Luiz Antônio, improvisado de lateral direito, fez questão de cumprir à risca o seu papel, o de lateral direito improvisado. Perdidinho! André Santos, do outro lado, fazia o seu papel de lateral-avenida. E o Palmeiras foi criando em comunhão a esses dois um inferno gigantesco que terminaria por explodir a pseudo-eficiência  da zaga rubro-negra formadas pelos excelentes Wallace e Samir. Valdívia brincava nas costas e por entre os laterais e os meio-campistas do Mengão. Valdívia e Wesley.
Jayme escalou três atacantes que atacam e não marcam ninguém mas, esqueceu-se o pacato treinador rubro-negro de combinar este seu equívoco com os jogadores adversários. Aliás, a facilidade era tanta que parecia algo combinado. O Verdão brincou durante o primeiro tempo no qual saiu vencedor.
E lá estávamos eu, meu olhar soberano e minha mulher, atônitos e zangados depositando nosso fiapo de alegria na tristeza de não termos ido ao jogo. Mas, Jayme "desequivocou-se". O Flamengo voltou diferente. Mugni entrou no lugar desorientado Nixos e o Flamengo começou então a mandar na partida. O Palmeiras, que deve ter imaginado que apenas passaria o segundo tempo esperando o jogo terminar, se defendendo do mesmo inútil Flamengo do primeiro tempo, acabou surpreendido. O Flamengo não foi de maneira esperada e desesperada atacar o Palmeiras de qualquer jeito. O Flamengo de Jayme, mesmo ainda perdendo o jogo, esperou pelo Palmeiras e sua empáfia galante de conquistador de vitórias barato. A vitória ainda não havia sido conquistada e Márcio Araújo transformou essa sensação em números. Marcou contra o ex clube que o desprezara. Sabia que Márcio Araújo faria uma boa partida. O Flamengo continuou surpreendendo o Verdão. Luiz Antônio e André Santos, figuras que só apareceram na primeira etapa abrindo buracos na zaga do Flamengo para as investidas criativas do Palmeiras, agora ajudavam na criação das jogadas do Flamengo sem a menor preocupação com o ataque de seu adversário. O Flamengo encaixou-se e encaixou o Palmeiras em suas pretensões. O gol da virada veio rapidamente e o quarto gol logo em seguida. Apertasse mais um pouco e o Flamengo deixaria Gilson Kleina desempregado ali mesmo, naquele Maracanã vazio para um Flamengo x Palmeiras.
Um razoável arrependimento queixou-se à minha soberba e propôs a possibilidade de que se tivéssemos ido... ah se tivéssemos ido, o domingão teria sido mais divertido. Ora, não podemos contar com as surpresas de um futebol que nem sempre prega das suas a nosso favor. Há de se planejar sobre um mínimo de perspectiva, mesmo tendo o Flamengo um elenco tão limitado quanto surpreendente. Não estou arrependido. Mas... é bem provável que eu vá às forras contra o São Paulo, claro, se os preços dos ingressos permitirem e se a semana rubro-negra tiver sido boa. Quem sabe não aparecemos por lá?


Notinha de rodapé:

Discussão no Bem Amigos entre Arnaldo César Coelho e Cléber Machado.
Cléber, afinando sua opinião com o bom comentarista Caio Ribeiro, chamou a atenção para o fato de o STJD estar apitando partidas de futebol já no início do campeonato. Citaram como exemplo um jogador que cometeu pênalti no jogo entre o Palmeiras e o Criciúma, na rodada antepassada. Caio deixara escapar que o jogador foi punido pelo Tribunal após revelar à imprensa que teria cometido pênalti não marcado pelo árbitro. Thiago Alves, se não me engano, foi o jogador. Arnaldo defendeu o Tribunal dizendo que, apesar do árbitro da partida ter dado ao jogador um cartão amarelo ao jogador, mesmo não marcando a penalidade, o Tribunal deveria sim, punir o jogador e o árbitro. Cléber disse que essa intromissão soaria como um segundo apito num mesmo jogo. Arnaldo esbravejou mal-criadamente e discordou de seu colega de maneira enfática.
Num lance seguinte, mostrando uma jogada em que um atacante corinthiano arruma a bola com o braço antes de marcar o gol da vitória do Corinthians sobre a Chapecoense, Cléber questionou se o STJD não deveria punir Guerreiro, o atacante que fez o gol ilegal, se utilizando do mesmo critério utilizado pelo Tribunal para punir Thiago Alves. O bicho pegou. Arnaldo babou e a discussão terminou após um conchavo corporativista entre todos que abafaram o caso. O que o amigo de vocês fez? Troquei de canal na mesma hora.
Esse Arnaldo, a exemplo de outros tantos, pega para si as verdades criadas pela Globo, seus programas e seus apresentadores, jornalistas ou não, para difundir seu nojento corporativismo protecionista em relação as arbitragens! Chega a ser nauseante! Ora bolas, se o árbitro viu a falta e deu apenas o amarelo, como pode um tribunal mudar o juízo feito pelo responsável pela arbitragem de determinada partida?! Não pode Arnaldo. Ou melhor, se pode, que faça com todos e sempre, não apenas para beneficiar este ou aquele time. Mas... nosso Tribunal tem lá as suas preferências. Arnaldo, você não é secretário de um general da ditadura, ponha isso na cabecinha e siga com mais humildade e discernimento. Você foi muito mal nessa.

domingo, 4 de maio de 2014

Em respeito ao Respeito

Jamais gostei de Ayrton Senna. Procuro muito preguiçosamente minhas incertezas e certezas em relação à minha opinião sobre este indiscutível ídolo do povo brasileiro. Mas é exatamente aí que residem minhas incertezas e minhas preguiçosas certezas. Não existe no cerne do núcleo do meu interior mais profundo a palavra indiscutível. Vivo me desenvolvendo justamente no contrário. Discuto tudo o que ouço até mesmo quando estou ouvindo minha consciência - principalmente aqui. Senna nunca foi para mim algo indiscutível. Até aqui, até esta comemoração justa pelos vinte anos de sua passagem.

Os mais antigos se lembrarão da relação do povo brasileiro com a Seleção de Futebol de 1970. Os mais antigos, mais esclarecidos (não necessariamente) e preocupados com os destinos do país também haverão de se lembrar de sua relação com aquela Seleção. As vitórias da Seleção de 70 foram sim, utilizadas pelo sistema da época em benefício de suas mazelas. Senna também foi. eo 1970 a Rede Globo, grande produtora e reprodutora de opiniões pelo Brasil a fora, não era tão forte no início dos anos 70. Mas nos anos 80 e 90... nossa, só quem resolveu abrir a mente àquela época para os desígnios do país e de seus políticos saberá do que estou falando. Quem não viveu politicamente esses anos me rotulará como maluco, reacionário e invejoso. Não sou, não fui e não seria agora, justamente num momento de minha vida no qual aprendi a importância de se contar até dez antes de disser alguma coisa e, até cem antes de expressar seu pensamento num Blog. Senna foi usado e, o que mais me irritava e irrita é que, ao contrário dos desorientados jogadores da Seleção de 70, Senna sabia disso e compactuava com todo estado de coisas. O Brasil tinha outro supercampeão correndo de Fórmula 1 naqueles anos e minha torcida, devoção e admiração miravam aquele candango vascaíno, inteligente e rápido e, principalmente, avesso a Rede Globo e à manipulação do pensamento alheio. Nelson Piquet. Independentemente do dito acima, esse piloto, em minha opinião, foi o melhor de todos.

Nelson Piquet foi o maior campeão brasileiro de Fórmula 1, enquanto o campeonato de Formula 1 foi um campeonato de pilotos. Senna foi o maior campeão brasileiro de Formula 1 a partir de quando o campeonato se transformou num campeonato de carros e não mais de pilotos. Senna e seu companheiro de equipe, seja ele quem tenha sido, não tinham adversários. Não tinham carros adversários. Senna e Prost ganhavam corridas com 30s de vantagem para o terceiro colocado. Os dois eram tão melhores pilotos que os demais assim? Não creio. Mas não estou aqui para falar dessa rixa em meu coração e em minha mente sobre quem foi o melhor piloto de Fórmula 1 do Brasil. Estou aqui para homenagear meu desafeto esportivo, politicamente incorreto Ayrton Senna.



Homenagear Senna abrindo mão de minhas convicções esportivas. Homenagear Senna em respeito ao respeito que todo o mundo rende a esse cara. Senna foi foda! Isso ninguém poderá negar! Não serei eu o primeiro, melhor, o único a dizer uma insanidade que contrarie esse fato. Senna foi foda!
Os comentários, as palavras ditas sobre que forma fosse sobre as vitórias, as disputas e tudo que envolveu a carreira curta desse monstro não pode ser negada ou negligenciada. Não, calma!! O que Galvão Bueno disse e diz a respeito de Senna não me interessa. Galvão sempre foi o microfone de tudo de ruim que cercou a má utilização da carreira de Senna. Refiro-me às palavras de Prost, Lauda, Berger e pilotos que sofrerão derrotas de Senna. Nas próprias palavras de Piquet que sempre respeitou Senna enquanto piloto de Fórmula 1. Senna foi grande demais e o que fizeram de sua música não diminuirá suas conquistas. Este Blog, meu pensamento, te homenageiam em respeito ao Respeito que o mundo inteiro tem por você. 

Coisas de um Flamengo visto de longe

Tudo começa em seu final. Um final que se iniciou faz pouco tempo. O que fazer numa tarde de domingo ensolarado de  Rio de Janeiro, numa época em que é melhor procurar uma diversão mais à tardinha para evitar nossas já constantes noites de balas perdidas? Hummm... Tem Flamengo x Palmeiras no Maracanã? Tem!!!!! Partiu!! Manto, bermuda e tênis. Êpa!! Dinheiro para o ingresso!! Quanto custará? 60 reais o ingresso mais barato! 60 reais para assistir a este Flamengo?! Alguma garantia? De vitória? Não, de uma boa exibição. Nenhuma! Ôpa, abre a gaveta aí! Bermuda e Manto, de volta para o passado. Meu dinheiro me servirá em outro propósito neste domingo no qual o dinheiro do PPV já foi para o brejo.

Revolta? Claro que não. Apenas a experiência dominando naturalmente meus passos, ao menos os primeiros. Provavelmente haverá bastante gente no Maraca hoje, mas não este amigo que vos diz.
O futebol está lá embaixo em matéria de qualidade geral. O Flamengo faz questão de estar num degrau ainda mais abaixo. Jayme nos ameaça com Felipe; Luiz Antônio, Wallace, Samir e André Santos; Cárceres, Márcio Araújo e Mugni; Paulinho, Alecsandro e Paulinho. Um 4-3-3 daqueles! Quatro suplícios, três sacanagens e três fomentadores de silêncio. O que esperar de um Flamengo montado assim? Nada. Ah, mas me diz aqui no ouvido, um excelente comentarista de futebol, Luiz Ribeiro: Gente, este Palmeiras é muito fraco! Ôba!! Abre a gaveta! 

Tristes brincadeiras à parte, este Flamengo é, muito provavelmente, ainda mais fraco que o fraco Palmeiras. Ao menos aos olhos da Torcida do Flamengo que não está nem aí para a fragilidade palmeirense. Não se vai ao Maracanã ver o Palmeiras perder, mas o Flamengo vencer. Vencer bem! 
"Incriminamos" Jayme, mas seria ele realmente o errado nessa história? Creio que não. Acerca das possibilidades de Jayme em escalar o Flamengo me irrita muito mais a atuação da diretoria rubro-negra do que as tentativas, erros e acertos nas diversas e diferentes escalações do Mengão. Jayme vive até hoje uma pseudotranquilidade no comando do Flamengo, em virtude de sua virtude em escalar Paulinho no jogo contra o Botafogo na Copa do Brasil de 2013, conquistada pelo Mais Querido. Lembrando, claro, que Jayme é um sortudo confesso. Ele mesmo disse que escalou Paulinho, não para esculachar o lateral do Fogão, como fez o ponta rubro-negro, mas para que Paulinho ajudasse o cansado André Santos na marcação contra o ataque alvinegro. Então, a incapacidade da diretoria rubro-negra protege Jayme sim, mas nem tanto. Estamos todos de olho. A verdade é que o treinador rubro-negro, seja ele Jayme ou Guardiola, tem pouquíssimas opções para vencer o Palmeiras hoje no Maraca. O Flamengo é maior que as intenções de sua diretoria. Isso é óbvio. Consertando...  As necessidades do Flamengo são maiores que as intenções dessa diretoria analista de passivo. Eles provavelmente deixarão o Flamengo devendo uns 500 milhões, ao invés dos 800 milhões de dívidas que encontraram quando chegaram, mas a Torcida está se lixando. Esse provável afair, que mais uma vez o Flamengo produzirá este ano com a possibilidade de cair é que nos incomoda. 

Então, o que esperar desse Flamengo contra o Palmeiras? O que esperar de Jayme diante de suas possibilidades mais urgentes em relação ao time? O que esperar da diretoria do Flamengo para que as expectativas mudem de cor? Ir ao Maracanã? São 13:30, tenho mais uma hora para decidir, mas a vontade de novamente torcer pelo meu time no Maracanã anda perdendo facilmente para a experiência que diz: espere, o que faríamos com os prováveis 200 reais que seria obrigado a largar na  iminente tristeza ou na fortuita alegria que este Maracanã nos reserva? Pois é, depois eu conto se fui e como foi se eu tiver ido.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

O Fim dos Tempos

Crescemos, amadurecemos e nesse amadurecimento, ao menos alguns atribuem a ele, passamos a contar com a estranha sensação de que o tempo começa a passar mais rápido. Esse “passar mais rápido” está estranhamente acelerado. Ou será que o amadurecimento do próprio amadurecimento, com a passagem de mais anos, nos dá essa outra sensação, a de que o tempo passará e continuará passando a cada dia mais rápido. Esse devaneio todo serve, talvez, para amenizar a real sensação que está me assolando não faz muito tempo. Claro, até faz muito tempo, mas é que este muito tempo passou tão rápido...
Refiro-me a tudo o que está acontecendo e não passa por mim de maneira despercebida. Talvez passe por você, mas certamente não estará passando pelo seu pai ou pelo seu avô. É a sensação do fim dos tempos. Fim dos tempos que passam rápido e dos que nem tão rápido passam por nós.
Você vê o Jornal Nacional de hoje e as barbaridades aparentemente se repetem. Mas são outras – exceção feita à compra da Refinaria de Pasadena/EUA -, são outras e são as mesmas. Isso faz com que você não perceba que se esqueceu do Jornal Nacional do dia anterior. A percepção as barbáries do cotidiano se foram e tenho minhas dúvidas se o tempo tem algo a ver com isso, passando rápido demais para que eu me perceba inserido nele, envolvido por ele, ou se os tempos estão mesmo em seu final e Aquele que é o seu senhor está apenas sem paciência pois a apoteose se aproxima e o relógio promete extrapolar o tempo permitido.
O número de bandidos que morrem diariamente não nos pertence mais enquanto informação. Não ligamos mais para isso. Ligamos sim, para o número crescente de amarildos e bailarinos executados em nossas ruas.  Nossas policias, que no evento do Complexo do Alemão aparentaram mudar sua imagem de outrora, e a atual, para a de verdadeiros Vingadores, parecem querer nos comprovar o improvável. O Bope que não deixava ninguém subir, hoje saiu das ruas para vigiar portas de empresas e o subir e descer que pertence ao alheio. O Exército... O Exército está nas ruas. Ora, mas lutamos tanto para aquartelá-los que nem nos lembramos mais disso, ao implorarmos pela imagem daqueles soldadinhos de fardas camufladas a nos defender do nosso cotidiano que passa diariamente na TV, em capítulos inéditos que se repetem diariamente sem que percebamos. Essa gota do mundo está girando assim, com a rapidez boltiana dos tempos, de tempos que parecem correr para não existirem mais. E para que divagar sobre essa gota, sobre esse tempo, sobre nossas percepções? Ora, para falar um pouquinho de futebol e de uma gota relacionada a este maravilhoso e apaixonante universo sobre o qual nossa percepção anda no fim, ou muito rápida para que possamos discernir do modo que um dia discernimos. Na verdade não é sobre o futebol em si, mas sobre aqueles que abordam o futebol e nos alimentam, tentam, de informações transformando as mesmas em pedações de paixões emocionantes, como apaixonante é a emoção do universo do futebol. Minha percepção de debruça sobre pedaços da imprensa esportiva com a qual convivemos na busca dessas informações.
Sou de uma geração que precisava esperar o fim do seu programa dominical favorito – e não tínhamos para onde correr – para aí sim, nos deliciarmos com o vídeo tape do principal jogo da rodada. Bem, era assim aqui no Rio de Janeiro. Noutros estados simplesmente não sei como era. Mas aqui era assim. Januário de Oliveira, a voz mais marcante desse evento noturno, não falhava. Era tão certo quanto a missa das seis, ou quanto o culto das oito. Não falhava. Era assim o fim de todos os domingos esportivos. Domingos de estádios cheios. Um clássico com menos de oitenta mil pessoas nas arquibancadas e gerais do Maracanã era comentado como um frondoso fracasso. Atenção!! Valesse este clássico um turno, um campeonato ou apenas mais um número nas estatísticas, um clássico com menos de oitenta mil pessoas era o assunto do domingo. Claro, a não ser que na rodada houvesse um título conquistado ou um gol feito em impedimento que ceifasse de algum time grande a possibilidade de um título.  O outro evento além do clássico e do vídeo tape era a Mesa Redonda. Rui Porto, Luiz Mendes, Sérgio Cabral, Achiles Chirol, Orlando Batista... esses e mais alguns do mesmo naipe, sempre povoavam os finais de domingo com comentários e informações sobre os times do Rio de Janeiro e, claro, alguma coisa de outros , estados também, nem sempre apenas os gols, mas informações relevantes sobre o futebol fora do Rio. Não, em nenhum momento o futebol dos outros estados era vendido em chamadas dos programas. Era um plus, o algo a mais que nem era prometido e se não aparecesse ninguém sentiria falta. Mas a TV mudou.
Video Tape de clássicos? Não, agora vemos os clássicos ao vivo, com imagens para as praças nas quais esses jogos ocorrem. Um Fla-Flu às quatro horas da tarde, com ingressos a cem reais e TV ao vivo... no que poderia dar? O público vazou! E com razão. Aliás, por falar em razão, creio que a TV ao vivo e os preços dos ingressos não sejam a principal razão da evasão de torcedores dos estádios. Nem a violência. Penso que o principal motivo desse sumiço seja o fato de que nos times que jogam ao vivo,  na TV aberta, enquanto o valor dos ingressos beira aos cem reais não contem mais em seus planteis com jogadores da estirpe dos de outrora. Hoje não há mais os cabeças-de-área que haviam antigamente, hoje há amarais e ralf’s, sendo que os segundos são considerados craques. Os cabeças-de-área antigamente àquela época atendiam pelos nomes de Falcão, Andrade, Zanata, Zé Mário, Pintinho e coisas do gênero. Sim, os ingressos estão pela hora da morte, a violência caiu no cotidiano, a TV passa tudo isso ao vivo, mas talvez um número maior de pessoas enfrentassem tudo isso por um espetáculo melhor, mesmo sabendo que correria o risco de cair na mesmice de um Jornal Nacional qualquer.  Mas essa divagação não trata dos clássicos para dez mil pessoas numa tarde ensolarada de um domingo qualquer.
Hoje, além dos clássicos para dez mil pessoas, a cem reais, com a violência de pé nas arquibancadas, transmitidos ao vivo pela TV aberta, há também a proliferação das mesas redondas, tão ricas no passado e, me desculpem meus amigos da imprensa, tão pobres atualmente. Não citarei todas, obviamente, mas tratarei de alguns aspectos horrendos de algumas, as mais populares – ou não -, que diariamente invadem nossas residências.
Não há a proliferação na TV aberta. O maior ícone do que de pior existe em mesas redondas sim, bate ponto na Rede Bandeirantes e é capitaneada pelo horrível Milton Neves. Na função de âncora de programa de debates ele se transforma no maior vendedor que conheço. Deveria estar no Shop Time e não num programa que se propõe a debater futebol. Sem contar que nos debates que por hora surgem em meio as vendas, o nível de discursão é tão superficial e desprovido de seriedade que o melhor a fazer é apertar duas teclas qualquer do controle remoto. Mas é na TV paga que o mais grave ocorre em minha humilde opinião. Por quê? Ora...
Milton Neves é Milton Neves, tem a sua marca, vende as suas marcas e não procura enganar ninguém – ao menos enquanto se vende Milton Neves. O que quero dizer com isso? Quem zapeia e para no Milton Neves sabe exatamente ao que vai assistir e assiste porque quer. Mas quando você zapeia e para na ESPN Brasil...
Em primeiro lugar essa ESPN de Brasil não tem nada, apenas o nome. Lembro-me de seu início e, lembro bem, pois ele nasceu no mesmo dia 17 de junho no qual nasceu uma de minhas filhas. Já trazia o Brasil no nome e, àquela época, ameaçava trazer o Brasil em suas intenções também.  A ameaça era tão linda e lúdica que me fez imaginar uma bela opção ao que nos fornecia a Rede Globo e suas afiliadas, pagas ou não. Acabei me apegando à emissora e às suas intenções.  Havia também a possibilidade de interagirmos com a emissora durante seus programas e transmissões. Isso nos fazia parte de tudo!
Durante a Copa do Mundo da França, em 1998, a emissora criou uma mesa redonda para debater os jogos e, particularmente, a participação da Seleção Brasileira no certame. Chamava-se Linha de Passe Mesa Redonda.  José Trajano, Juca Kfouri, Paulo César Vasconcelos, Paulo Vinícius Coelho, Tostão e, se não me falha a memória, Fernando Calazans (não lembro se Calazans entrou depois).  Lembro sim, que a mesa redonda era espetacular e tratava apenas da Copa do Mundo. Sem aspectos clubistas, ou mesmo bairristas, o programa encantou a todos os telespectadores. Encantou a tal ponto que, ao final da Copa e, a partir da possibilidade da interação com os participantes do programa, pedimos, eu e mais um monte de gente, pela permanência do programa em seu formato no pós-Copa. Fomos atendidos. O programa rolava redondamente – achei durante um tempo. Paulista demais, sentia no programa a falta de uma voz mais carioca, abordagens mais cariocas. Pedi(mos) e uma bancada carioca formada por Fernando Calazans e Márcio Guedes passou a fazer parte do programa. Mas de nada adiantou. Ainda que com dois cariocas no meio da paulistada, ainda assim, o assunto São Paulo e coisas do estado preponderava sempre que podia. Há um motivador especial para este comportamento do programa e de toda a bancada ao meu ver. Chama-se Juca Kfouri.
Nunca vi dissimulação mais bairrista na TV brasileira, aberta ou fechada. Temos nossos bairristas por aqui, mas eles não se negam bairristas e dizem que abordarão o Rio de Janeiro e seus times. Quem quiser ver e ouvir outra coisa... Juca Kfouri não. Ele se faz dissimulado. São vários os exemplos e basta cronometrar o programa para vermos que os assuntos paulistas sobressaem em detrimento dos demais. Noutro dia estava a falar do Flamengo e das dificuldades desse na Libertadores. No segundo seguinte Juca Kfouri pediu a palavra e citou um momento semelhante passado pelo Corintrhians. Não sei se por ingenuidade dos demais componentes da mesa ou por cumplicidade dos mesmos, o assunto mudou para Corinthians e o Flamengo, clube de maior torcida do país, certamente o time da maioria dos assinantes da emissora, foi para o espaço sideral. E assim acontece programa após programa. Hoje nem mais a bancada carioca faz parte do programa.
O Sportv... As mesas redondas do Sportv são muitas. Temos o Arena, o Redação e os programas pós rodadas  como o Tá na Área. Entretanto, a principal mesa redonda do canal é o Bem Amigos. Este programa é de uma apegação ao convidado que chega dar nojo. Nenhuma opinião irá confrontar ou deixar em maus lençóis aquele que se apresenta no programa. Se o treinador do seu time, ou algum jogador do seu time for o convidado ou um dos convidados, deixe no canal e se delicie com a promoção gratuita do time para o qual você torce. Gosto dos aspectos de alguns programas do Sportv. O Arena é só blá, blá, blá. O Redação traz a sempre bem-vinda mea culpa dos aspectos esportivos citados por André Rizek, seu condutor. Claro, há muito mais aspectos positivos da imprensa mostrados no programa. Mas dá para aceitar. No Bem Amigos...  Quando não vai um pagodeiro o programa fica bom na hora do número musical. Estamos entregues!
Estava mais uma vez assistindo no Youtube a um Programa Roda Viva – excelente programa de entrevistas, em sua maioria, sem papas na língua. O entrevistado? João Saldanha. Não existe na imprensa esportiva atual nada parecido com este moço. E olha que Saldanha foi comentarista esportivo em plena ditadura militar. Ou seja, tinha tudo pra ficar no blá, blá sem rumo com o qual hoje somos presenteados em nossas TVs a cabo. Autenticidade, ausência de medos e nem remorsos, João Saldanha dá uma aula, sozinho, daquilo que deveria ser oferecido ao público que paga por uma melhor qualidade nos comentários, mesmo o assunto sendo o futebol. Entendedor do seu meio, dentro e fora das quatro linhas, Saldanha destrinchou opiniões sobre Seleção Brasileira da época, escalou a sua, deixou algumas unanimidades de fora e, colocando o PVC no bolso escalou a Seleção da Itália de 1930, além de demonstrar como jogavam as seleções do Uruguay, da Argentina e da própria Itália em 1926. Não sei se João Saldanha acompanhava futebol em 1926, ou seja, apresentou-se um estudioso do futebol, mesmo sendo ele O João Saldanha. Programaço!

Isso é o que vejo, sinto e percebo enquanto meu tempo passa voando diante da programação esportiva à qual tenho acesso. Sou sensível a pessoas que dissimulam e conduzem os programas para onde desejam. Para o seu time, para o seu bairro. Também me sensibilizo com o blá, blá, blá que me vendem como se fossem João Saldanhas e Nelson Rodrigues – já imaginaram uma mesa redonda com esses dois, pois existiu, chamava-se Facit. Devia ser sensacional! Mas sou sensível a isso tudo e me irrito ao me sentir enganado, ludibriado. A imprensa esportiva precisa melhorar e muito. Percebam que me referi apenas aquilo que te empurram na TV. Há também o que se lastimar nos diversos Blogs espalhados por essa Internet de Meu Deus. São pseudojornalistas amarrados a clubes, a diretorias de clubes, e que tentam transformar nossas opiniões  a partir de suas opiniões comprometidas com o que nos vendem como o certo. O certo amigo, amiga, é você se tocar e não deixar o tempo passar tão rápido assim. Não esquecer que o Jornal Nacional de hoje não apaga o de ontem e, que duas tragédias são piores que uma, principalmente se anunciadas. Perceba, sinta e tire suas conclusões, não as minhas.

domingo, 20 de abril de 2014

Lamentáveis

O Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão começou de maneira lamentável para Flamengo e Botafogo, justamento os dois clubes cariocas que acabaram de ser eliminados de forma lamentável Libertadores deste ano. 
A lamentabilidade relacionada ao Flamengo não se limita ao resultado do jogo e nem ao modo bisonho como o time treinado por Jayme de Almeida de apresentou no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Não, infelizmente tem muito mais de lamentável a ser analisado, comentado. Jogar em Brasília... Não dá!

A Diretoria do Flamengo, que vive a sanear dívidas, está trocando o já improvável sucesso do Rubro-negro no Brasileiro por rendas. Rendas?! Se o Flamengo não vendeu o jogo antes do jogo começar... se deu mal. Não foi ninguém ao estádio! Aliás, o Estádio do Flamengo é o Maracanã e não qualquer outro em qualquer outro lugar. Aqui, no Rio de Janeiro, se encontra a casa do Flamengo. Mas a Diretoria do Flamengo não pensa assim. Aparentemente o saneamento das dívidas parece ser mais importante do que o desejo dos milhões de torcedores rubro-negros. Outro aspecto muito engraçado dessa coisa toda é que a Diretoria do Fla me obriga a comprar um plano de sócio-torcedor para assistir aos jogos do time pelo PPV. Em Portugal isso seria uma piada de mau gosto daquelas. Vamos deixar esses aspectos lamentáveis do Flamengo de lado e nos ater ao que de lamentável aconteceu no jogo.

Com cinco minutos de partida já deu para percebermos que o Flamengo não venceria o Goiás. Sim, isso não impediria o Goiás de perder para o Flamengo. Muito toque para o lado, muita preguiça... O time de Jayme de Almeida desde que terminou a Copa do Brasil do ano passado parece um time totalmente desentrosado, sem vontade e nem novidade. Paulinho cai por um lado do campo, Leo Moura e Luiz Antônio pelo outro e aí vem o pior: Amaral, Márcio Araújo e Mugni tramando a inteligência do Mengão. Quem aguenta?! Esse elenco deixará a diretoria pagadora de dívidas com a maior dívida da história do Flamengo. Sim, porque o Flamengo certamente passará mais um ano de Brasileiro brigando lá embaixo. 
Um time sem imaginação, sem pegada na marcação, sem um contra-ataque engendrado, enfim, um monte de jogadores jogando futebol como se estivesse jogando uma pelada e, o pior, se conhecendo ali, nas peladas com quais  tem presenteado os torcedores do Flamengo. 
Gostei das atuações de Luiz Antônio e de Chicão. De mais ninguém. Nem de Felipe, que andou salvando o time da derrota nos minutos finais.
Ao trocar  a possibilidade de melhores resultados por rendas ou coisas do gênero, a diretoria do Flamengo tira de Jayme a única possibilidade de melhores dias. A pressão exercida pela Torcida do Flamengo no Maracanã poderia ajudar a mediocridade do time como fez na Copa do Brasil do ano passado. Jogando fora sempre, o Flamengo provavelmente embarcará na Copa do Mundo lá na zona da degola. Foram dois pontinhos preciosos jogados fora e agora o Flamengo terá de tentar recuperar o prejuízo jogando fora, contra o Corinthians. Bem, se o Jayme passar o vídeo dos jogos do Ituano, quem sabe?

O Botafogo

Também lamentável a estréia do Glorioso. Engraçado que o Botafogo, apesar de ter levado uma sova do São Paulo, não foi tão apático como foi o Flamengo. O Botafogo bem que tentou demonstrar algum sinal de respeitabilidade própria, mas o time do São Paulo é muito superior ao Botafogo. O 3 x 0 ficou barato e deveria acender uma boca de vulcão em erupção em General Severiano. Este time do Botafogo promete ficar atrás do Flamengo na tabela. Gosto do treinador Vagner Mancini, mas sem ovos blá, blá, bla. 
Emerson chega para dar uma força no ataque, mas sozinho não resolverá nada. No elenco do ano passado, muito parecido com este, Seedorf encontrou na base alvinegra o material que precisava para sustentar o Fogão num lugar digno na tabela. Mas esta base do Botafogo ainda não nos apresentou novos Vitinhos. Abre o olho Fogão!!

O Flamengo vai a São Paulo enfrentar o Corinthians. Pedreira. O Botafogo trocará farpas com o Internacional em casa. Pedreira. Duas pedreiras. Para o Flamengo, por conta do local do jogo, para o Fogão, por conta de D`Alessandro.

sábado, 19 de abril de 2014

Vai começar a festa!!!!! (será?)

Finalmente começará (será?) o Campeonato Brasileiro de 2014, o campeonato de futebol mais difícil do mundo (será?). O campeonato mais difícil do mundo... ao menos essa é a frase padrão no discurso de onze entre dez jogadores brasileiros, comentaristas, repórteres, torcedores, enfim, qualquer um ligado de alguma  forma ao esporte bretão, tão difundido e achincalhado em terras tupiniquins. Mas será mesmo?
Vamos lá, aponte dez times que saem na frente dos demais nesse Brasileiro. É, Cruzeiro... Sei. Quanto será Cruzeiro e Chapecoense lá em Santa Catarina? Chuta! Não dá. Mas não se culpe. Há uma diferença que passa despercebida entre o futebol praticado no País do Futebol, o Brasil (será?) e o jogado nos países onde se encontram os melhores jogadores de futebol, mais precisamente, na Europa. Lá, o Barcelona quando joga contra o Chapecoense das Astúrias, normalmente o chicote come solto e o time catalão dificilmente deixa de empurrar uma goleada em seu adversário. Quando joga mal ganha de pouco. Aqui não.  
Huumm, agora entendo a dificuldade apontada por todos. O campeonato é difícil não porque há dez clubes capazes de vencê-lo, ou ao menos disputá-lo até o seu final, com unhas, dentes e bom futebol. O campeonato é difícil justamente pelo motivo contrário a este. A dificuldade reside na mediocridade dos dez times que normalmente, europeus fossem, estariam disputando o título com unhas, dentes e bom futebol. Mas não será assim. Verdade, o Cruzeiro, apontado no início do texto como um força no campeonato, pode sim, pelo elenco que possui, largar na frente e jamais ser alcançado. Entretanto, não consigo imaginar outro time capaz de me impregnar com essa sensação. Não vejo mais ninguém. Você tem outro favorito, ou outros?

O Brasileiro deste ano promete ser disputadíssimo e emocionante lá embaixo, onde o Vasco não está mais. São muitos, aí sim, mais de dez, os candidatos ao rebaixamento neste Brasileiro. Sensação essa muito baseada nos estaduais que fizeram os principais times do país. Flamengo e Botafogo, os grandes de São Paulo, os Gaúchos, Baianos, enfim, todos os demais, exceção feita ao Cruzeiro. É assim que vejo este campeonato. Começa hoje com Internacional e Vitória, Chapecoense e Coritiba, a luta pelo não rebaixamento em 2014! 

Eu sou Flamengo

É isso. Domingo à noite, talvez pela manhã, eu volto.