quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Vida de Gado

A partir de hoje inaugurarei aqui neste modestíssimo espaço, um espaço para o descontentamento geral. Para broncas, falta de entendimentos, aberrações do dia-a-dia às quais somos entregues, principalmente pelo poder público. Fique à vontade você também para dizer poucas e boas sobre o que quiser e até para discordar desse seu amigo, explicando que eu, por exemplo, não sou um boi, pareço, mas não sou. Já adianto, apesar da pouca massa muscular, da ausência em minha constituição física de partes como picanha, alcatra, maminha (maminha... será que posso chamar isso aqui de maminha? Não, não posso rsrs), mas, apesar da falta do cupim, eu me sinto sim, um boi tratado com toda falta de respeito pertinente.

Foi aprovado nesta última terça-feira, após exustivo estudo, o aumento na tarifa do Metrô do Rio de Janeiro. A partir de 01 de Abril a passagem passará a R$3,20. Através de outro aprofundado estudo foi também autorizado o aumento das barcas que fazem a travessia do Rio de Janeiro para Niterói e vice-e-versa. Muito estudo, muito aumento.
Ontem reiniciei meus estudos ingressando numa faculdade para cumprir um desejo lúdico que me acompanha desde muito tempo. A faculdade fica no Maracanã. E lá fui eu, todo emocionado e serelepe para estação da Carioca do Metrô.
Não consegui entrar no primeiro carro disponível. Não consegui entrar no segundo. No terceiro eu achei que dava, mas preferi não arriscar minha integridade física. Entrei no quarto carro, quer dizer, entraram comigo no quarto carro. Minha sensibilidade imediatamente foi para a estação "cucuia". Preferi assim, pois todas as partes baixas do seu corpo eram assediadas pelas partes baixas de outros diversos corpos. Minha carteira!! Ah, preferi a integridade.
Percebi que alguém me pisava o pé.  Fiquei aborrecido na hora, pois apesar de ser uma pessoa calma, aquela situação havia deixado minha paciência do lado de fora do trem. Mas quem? De quem era aquele pé mal educado que me esmagava o pé esquerdo? Foi quando, para a satisfação do absurdo, descobri que era o meu pé direito. Sim, eu estava pisando no meu próprio pé e nem me dava conta disso. Parece brincadeira, mas a situação estava desesperadora. Minha estação de saída se aproximava.
O trem parou e para eu sair tive de me transformar no mais primitivo dos seres humanos. Abri os braços, as pernas e empurrei homens, senhoras e crianças para que eu pudesse sair do carro. Quase não consigo! Mas consegui. Resolvi ali mesmo trancar a matrícula e nunca mais voltar àquela situação. Não sou boi, não sou porco, não sou gado. Preciso do respeito pagos pelos meus R$3,20.
Como é que pode um órgão público pensar em aumentar o valor cobrado por um serviço porcaria desses?! O Metrô do Rio de Janeiro é uma merda!

As Barcas...
Quatro e cinquenta! Isso mesmo, estão aumentando a passagem da travessia Rio/Niterói para R$4,50! Como pode isso?!
Os catamarãs Sociais, como são chamadas aquelas banheiras infernais, têm capacidade para 1.300 pessoas sentadas e 900 em pé. A impressão nos horários de rush é de que pelo menos o dobro dos passageiros permitidos entram em cada embarcação. Um calor dos infernos! Filas intermináveis irritavam a população, tanto no ir como no voltar. Uma vergonha! Mas aí a Barcas S/A resolveu ajudar a população insatisfeita com tanta confusão na hora de adentrar a estação. Não, não criaram novos postos de entrada e nem facilitaram o acesso em nada. Apenas contrataram um monte de brutamontens manutenidos à bombas calóricas para intimidar os mais insatisfeitos. Isso é uma afronta! O cidadão que deseja reclamar dá logo de cara com um "massaroca" daqueles e se vê compelido a calar a boquinha para que algo pior não lhe aconteça. Esses brutamontes devem ser muito bem remunerados, só isso justifica o aumento tão abusivo (2,80 para 4,50) de um serviço tão mequetrefe. Júlio Lopes, acho que é este o nome da criança. Na hora de votar... Ah, amanhã esse cara tá por aí novamente. Antes de trocarmos os políticos temos de trocar o povo.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Papai Joel e Papai do Céu

Lembro, lá no passado remoto - é a única época que me lembro, do passado remoto - de uma situação inusitada. Se não me falha mesmo a memória e minha memória não faz outra coisa senão falhar, Joel Santana era o técnico do Mengão. À época eu trabalhava na Rua da Ajuda, 35, mesmo endereço do STJD. O porteiro Tricolor, o mais sacana, me zoava porque o Flamengo andava mal das pernas. E então ele ouvia: " Tem que tirar esse Souza!!! Isso não joga nada!"  Um dia descia eu no elevador, cheio de gente, entupido, e num determinado andar no qual o elevador parou me entra o porteiro Tricolor. Antes do boa tarde mandei: "Tá vendo, o Papai Joel se amarra, mas o Papai do Céu é rubro-negro. Esse Souza vai pegar uns quinze jogos pela expulsão no último jogo e o Mengão terá tempo de respirar."  O porteiro achou graça. O porteiro achou graça demasiadamente. Não entendi. Aliás, não foi só o porteiro, outros no elevador também riram. Quando a porta se abriu eu entendi o motivo... Bruno, isso mesmo, o goleiro, e Souza eram passageiros no elevador. Saíram rindo assim como o porteiro. Engraçado não é? Mas, apesar da brincadeira, acho que Souza pegou uns quatro jogos e o Flamengo começou a vencer no Brasileiro daquele ano.

Por que o texto acima se incluí no contexto da realidade rubro-negra atual?
Leio no Globo.com que Aírton fraturou alguma coisa, o pé esquerdo acho eu. Preciso dizer mais alguma coisa? Claro que preciso!
Disse lá nos "patrasmente", enquanto pedia a cabeça de Luxemburgo, que Joel Santana seria uma opção melhor que Luxa, mas que a base do Fla sofreria terrivelmente nas mãos do Natalino. Disse inclusive, que Aírton e Williams jogariam sempre e juntos, como titulares absolutos. O que aconteceu?  Muralha, Luís Antônio (no meu time os dois titulares) e até mesmo Maldonado estariam em maus lençóis. Mas... Papai Joel não contava com a Divina Providência. Papai do Céu resolveu dar merecidos descandos ao Aírton e parece tr iluminado a mente Natalina em relação ao Williams (ia para o banco, agora não sei mais).
Com o desfalque de Aírton, obrigatoriamente Joel terá de dar qualidade ao meio campo do Fla. Renato terá com quem trocar figurinhas enquanto procura espaços para entregar a bola ao R10 e ao Bottinelli - quem sabe ao Thomas (puxa, aí seria um milagre mesmo!).
Vamos ver como se comportará o Flamengo do Senhor.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Parabéns ao Campeão da Taça Guanabara de 2012!!!!!

Mundo do Futebol.net

E aí está o Esquadrão Tricolor, o Time de Guerreiros. A equipe que conquistou, merecidamente, a Taça Guanabara de 2012. Venceu, com certa facilidade, com certa dificuldade, ao Vasco da Gama, o único invicto do Carioca deste ano. Será que o Vascão tinha pretensões de fazer o que fez o Flamengo no ano passado? Mas se tinha não podia perder, e perdeu. Perdeu o jogo no qual a vitória era sua única saída para tentar repetir seu rival. (Pronto, chega de Flamengo nesse post).

Não vi o jogo todo. Vi lances do primeiro tempo e vi os melhores momentos. Parece que não foi um jogo assim cheio de emoções, até porque o Fluzão resolveu a parada muito cedo.
Se a bola do Diego Souza tivesse entrado... Ah, mas aí teríamos que rever aquele lance do meio de semana - e eu prometi deixar o Mais Querido de fora do post. Pois daquela bola na trave nasceu o primeiro gol do Flu. Um gol que poderia não representar nada. Ora, foi um gol de pênalti e não necessariamente a constatação do domínio de um time sobre o outro. Aliás , naquele momento, no primeiro gol não havia mesmo domínio nenhum, de ninguém sobre ninguém. Havia sim, uma insinuação dos homens de frente do Fluminense de que o bicho pegaria para Dedé e sua trupe. E o bicho pegou mesmo.
O bicho pegou quando Deco, livre para pensar, arrumar e orchestrar, resolveu tentar a sorte nas pernas trançadas de Prass que em vidente confusão entre seu Tico e seu Teco ficou sem saber se ia ou se voltava e resolveu voltar quando tinha ido. Este gol sim, modificou o andamento e a direção da partida.
A partir do segundo gol do Fluminense o Vascão da Gama se descontrolou e virou um Bonde Sem Freio e Volante. Todos à frente!!! Todos quem? Aí pesou a diferença mais gritante entre o Vasco e o Fluminense: o elenco. O jogador vascaíno de quem mais se esperava não era o seu centro-avante e nem o seu "10", mas sim o seu zagueiro, o único realmente fora-de-série na equipe. Não é o caso do Fluminense.
Mas por favor!!! Não me venham culpar os dois banco de reservas pela derrota. O Fluminense de Abel Braga continua uma Zorra Total, dependendo única e exclusivamente de seus diversos ótimos jogadores em campo e, muito menos culpem Cristóvao pela derrota. O Blogueiro Vascaíno lá do Sportv, por exemplo, culpa o técnico cruzmaltino pela mesmice. Ora bolas, quem enfrenta o barcelona sabe o que enfrentará e sabe a quem enfrentará. Enfrentam e na maioria dos casos, perdem. O Vascão vinha invicto até aqui. O próprio Fluminense já havia sido feito vítima da mesmice vascaína. Então não culpem o treinador, pois ele tem feito, desde o ano passado, excelente trabalho com as frutinhas que lhe deram para fazer suco.
Tem um outro Blogueiro do Globo.com que pergunta aos vascaínos se estes não prefeririam ter visto o Vasco sucumbir diante do Boavista para que esta derrota tirasse do Flu a chance de disputar uma semi-final com o Botafogo. Pelo amor de Deus mio. O Vasco da Gama não é o Boavista! O Vasco da Gama é o vasgo da Gama. O Vasco da Gama tem time e tradição suficientes para vencer o Boavista, o Fluminense e a cabecinha miuda de quem pensa assim. Pegue você a Tabela do Campeonato e atestará que o Vasco ainda é o melhor time da competição. O problema é que o regulamento não premia a melhor equipe, mas sim quem vai melhor num mata-mata. O Fluminense ganhou o Vasco, paciência.

Paciência e parabéns ao melhor elenco do futebol brasileiro em minha opinião. Rafael Sobis no banco... Parabéns aos Trocedores tricolores, em especial ao meu amigo Alan. parabéns a todos os jogadores do Fluminense que souberam fazer a diferença quando fazer a diferença era necessário. Lá em casa tem um dentuço que não sabe fazer a diferen... Deixa pra lá!!!!!
Parabéns Fluzão,
CAMPEÃO DA TAÇA GUANABARA DE 2012


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Deivid

"Deivid deve um gol ao Flamengo, Flamengo deve R$ 7 milhões a Deivid".

Afastado dos gramados, não por conta do ridículo Flamengo que claudica por aí desde que Luxemburgo e Patrícia Amorim resolveram fazer uma parceria sólida, indestrutível e baseada na verdade; Também não ando sumido por conta do que aconteceu na última quarta-feira de cinzas. O trabalho tem me afastado. Mas tem horas que a gente tem de colocar o trabalho de lado, ali, esperando só um pouquinho. Cá estou eu então para manifestar minha solidariedade ao nosso centro-avante Deivid - sinta-se Flamengo na essência e verás que este é o único jogador do Flamengo, do meio campo para frente que realmente encarna o que é ser rubro-negro.
Deivid não recebe o salário de Vagner Love. Deivid não recebe o salário de Ronaldinho Gaúcho. na verdade Deivid não recebe nem o salário de Felipe, ou o de Wellinton, pois o Flamengo não lhe paga o Direito de Imagem, obrigando o jogador a cobrar o que lhe é justo na Justiça. Mesmo assim, sem receber o que o Flamengo lhe deve, Deivid sua o Manto Sagrado em todos os jogos e treinos nos quais o clube devedor solicita a sua presença.

Joel Santana tirou Deivid de campo quando deveria ter tirado o cansado Vágner Love ou mesmo o improdutivo e fraco Ronaldinho Gaúcho. Deivid tinha consigo uma questão de honra para permanecer em campo. Um gol naquele jogo e a Torcida do Vasco teria de engolir seu sarcasmo com areia e pimenta. Mas Joel não esperou e tirou de Deivid a chance da redenção. Logo Deivid, o único jogador do ataque rubro-negro que poderia mudar a história da partida. O único jogador do Flamengo realmente interessado em mudar a história da partida.

Leio no site do Globo.com que o comentarista do Sportv Telmo Zanini - gosto muito -, teria defendido deivid justamente batendo nesta tecla: um jogador com salários atrasados mas que corre e se doa mais do que outros, melhor remunerados, e que ficam roubando o clube morcegando em campo - claro, um tiro direto nos dentes do Gaúcho. Corroboro com o Telmo. O Flamengo é escravo desse cidadão que veio brincar com a Camisa do Flamengo, frequentando pagodes e funks por aí durante a semana e jogando uma "peladinha" nos finais de semana e algumas vezes "depois do Big Brother". Uma vergonha!

Parabéns ao Deivid porque perdeu um gol feito. Um gol feito em um lance no qual ele foi o único rubro-negro a se apresentar dentro da área, acreditando numa jogada de Leo Moura com pouquíssimas possibilidades de dar certo, mas que deu, e Deivid estava lá, para fazer, aquilo que perdeu.
Obrigado Deivid, obrigado pelo seu esforço em tentar mudar a cara do clube que não lhe paga o que lhe deve.

´Parabéns aos comentaristas que souberam enxergar que gols como aquele podem ser perdidos. Atrasos de salários é que não podem ser admitidos. Assim como escalações de um meio campo com Renato Abreu, Williams e Aírton marcando e Ronaldinho "bisonho" Gaúcho armando.

Diego! Tum, tum, tum!!! Diego!!

Ah, por mais que eu tente fugir desse lugar comum não consigo. O título desse post é sim, uma provocação ao nosso herói da quarta-feira, Deivid.  Mas reitero: Deivid não foi o causador da derrocada rubro-negra. O Flamengo perdeu porque foi inexplicavelmente pior que seu adversário na segunda etapa e, ponto final. Gosto do Deivid e agora passei a gostar mais ainda. Não gosto é de quem atrasa o Direito de Imagem, dá no que deu... Brincadeirinha rsrsr! Mas esqueçamos o Deivid - você realmente consegue? Eu tento.

Diego Cavallieri pegou dois pênaltis e colocou o Fluzão na Decisão da Taça Guanabara frente ao Vasco da Gama de Deivid (nossa, pára!!!). Todavia, foram duas cobranças bisonhas e o goleiro Tricolor fez o básico e as defendeu. Não posso negar que é uma delícia ver a marra uruguaia tendo de colocar a violinha no saco diante de tanta gente - e de sua própria consciência, o que é ainda ais saboroso. O jogo não se resume às cobranças de pênaltis, é o que desejo dizer.
Assim como na decisão do dia anterior, um time dominou a primeira etapa e, inexplicavelmente sucumbiu na etapa seguinte.  Apesar das poucas chances de gols, tamanha a pelada que realizaram Botafogo e Fluminense, se um vencedor houvesse na partida durante os noventa minutos esse vencedor teria de ser o Tricolor. 
Dominado no primeiro tempo pela volúpia organizada de seu adversário, o Fluminense veio para o segundo tempo mostrando uma organização que não foi vista no primeiro. O Fluzão não venceu o jogo porque suas peças não funcionavam individualmente.
Disse à minha filha que assistia o jogo ao meu lado: "Se o Botafogo tivesse em seu elenco jogadores como tem o Fluminense já teria transformado esse domínio numa geleada." No que minha filha, sábia, apesar da pouca idade, retrucou de imediato: " Pai, deixa eu dormir, pô!!!!!!"
Brincadeiras a parte foi assim que enxerguei a primeira etapa. O Botafogo com a bola, cercava seu adversário tentando chegar ao gol sem muita habilidade individual. O Fluminense facilitou a vida alvinegra a partir de sua premissa de não acertar passes. Todos erravam e a bola sempre voltava ao domínio do Botafogo. Mas o Fogão voltou para o segundo tempo querendo justificar o ingresso pago pela torcida do Fluminense. Entregou a bola e o domínio do jogo aos comandados de Abel Braga. A qualidade individual do Fluminense então ameaçou desabrochar, mas ficou mesmo só na ameaça. O resultado de 1 x 1 foi injusto para com as duas equipes, o certo seria um 0 x 0 daqueles de te fazer colocar no Big Brother (mas nem fud...!!)
O Fluminense fez na segunda etapa a mesmíssima coisa que seu adversário fez na primeira etapa. Dominou, dominou, se aproximou da área adversária mas, somente com o auxílio luxuoso de Marcio Azevedo conseguiu marcar seu golzinho salvador. 
Para Domingo prevejo um Vasco muito mais forte que o Fluzão, entretanto, futebol é futebol e o Fluminense tem um timaço. Quem sabe de repente o time acerta... Eu não acredito, e você? Acho que vem mais um Vice Carioca por aí.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Deivid, tum tum tum, Deivid!!

Deivid, meu querido... Gosto muito de você, não vou derramar o balde de culpa e nem esguichar minha mangueira de descontentamento em cima do amigo, mas o que você fez, ou deixou de fazer... foi demais amigo. Mas não esquenta, tivesse você feito aquilo que de você esperamos, do jeito que o técnico do Flamengo arma o mais querido, o Vasco viraria o jogo muito antes dos trinta e poucos do segundo tempo.

O Flamengo fez um primeiro tempo surpreendente. Não, não parecia o Barcelona e muito menos o Botafogo, mas jogou muito melhor  que os torcedores rubro-negros mais otimistas poderiam esperar. Tocando a bola e envolvendo o Vasco, o Mengão dava pintas de que os comandados de Cristovão teriam de se desdobrar para  subverter seu adversário. Mesmo com o empate e "aquilo" (único nome que me veio à mente para descrever o que  fez o meu centro-avante), ainda assim o Flamengo anunciava um belo segundo-tempo. Todavia, não foi o que aconteceu. O Flamengo recuou e o Vasco, que não tem nada a ver com a filosofia de Joel Santana ao escalar Renato, Williams e Aírton no meio campo veio para cima comandando o segundo tempo inteiro. Claro, a segunda etapa foi uma pelada homérica, mas foi uma pelada onde um time jogava e o outro marcava. Como diria meu amigo Casoy: u ma ver go nha!

A culpa, por mais que a culpa faça questão de dizer por aí, não foi de Deivid.  Deivid inclusive jogava melçhor que Vagner Love, apesar do óbvio ululante. Fico imaginando uma preleção de Joel Santana: 
- Você marca fulano, você marca Sicrano e você marca Beltrano.
- Mas professor... Beltrano vai ficar no banco, quem vai jogar é o Reizinho (coisa de boiola).
- Meu filho...  Não pondera, meu filho

Mas a culpa não foi de Deivid. Temo pelo surgimento da promissora nova geração de garotos rubro-negros. Por mais que o Flamengo pareça engessado com sua criação entregue à Renato Abreu, Williams e a um nojento e sonso Ronaldinho Gaúcho, duvido muito que Thomas, Lucas, Muralha e Negueba tenham chances com o Natalino. Claro, quando a vaca estiver indo para o brejo, como no caso de hoje, ele mandará:

- Neguebinha!!! Neguebinha!!! Vem meu filho, porra!!! Olha, vá lá e vire essa merda!

Parabéns ao Vasco da Gama. Mas diga-se de passagem que o Vasco nada fez, além de ficar em campo vendo seu adversário entregar a partida.

Maus presságios para os rubro-negros.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Só para tirar o atraso

O trabalho... Aquele que me ajuda a pagar a conta de luz de onde esse dekstop se alimenta para saciar meu desejo de lhe escrever está me tirando do sério. Tirando do sério, da zona de conforto, dos ônibus vazios, dos horários de almoço, enfim, está, como diria meu amigo Fábio Rabin, " tá me tirano meu!" Mas o tempo é relativo e, em meio a tantas tiradas, eis que minha veia rebelde grita desesperada num grito relativo ao tempo e, dentro deste tempo que não existe me encontra cinco minutinhos para te dizer o que achei do final de semana no futebol carioca. Vamos lá?


Fluminense 1 x 2 Vasco da Gama

Jogão de bola! Nível técnico lá em cima - claro, para os padrões atuais de hoje no futebol tupiniquim. Atuações individuais impecáveis como impecável fora a tática implementada por Cristóvão e seus comandados que tomaram para si as rédias da partida desde muito cedo. Sim, alguns dirão que o Fluminense dominou a primeira etapa, mas eu disconcordarei com veemência, pois o fato de o Flu ter melhores oportunidades na primeira etapa não fazem e nem fizeram  do Tricolor o senhor do jogo.  O Vasco tinha o Fluminense na alça de mira e foi chegando perto de seu alvo aos poucos, com certa segurança.
Claro, jogo é jogo e um clássico é ainda mais jogo quando você descreve a palavra como uma atividade cujo resultado por ser qualquer um. Por exemplo, se o árbitro marca o penalty em Fred, ba-bau Vascão. Mas o árbitro não marcou e a vida seguiu.
No segundo tempo Cristovão tratou de corrigir o posicionamento de seu meio campo que não marcava o Fluzão como devia, principalmente no momento seguinte a perda da bola e as chances do tricolor foram rareando.  No final o resultado mais justo. Destaque para o primeiro tempo de Felipe e para o conjunto da obra do triunvirato tricolor formado por Fred, Deco e, principalmente, Thiago Neves.



Flamengo 2 x 0 Nova Iguaçu

Mintchura!!! Saudades de Neuzinha... A re-estréia de Vagner Love com o Manto Sagrado teve de momentos especiais apenas alguns lampejos desse mesmo Vagner Love, com ênfase para sua arrancada e seu drible no zagueiro adversário quando do primeiro gol do Fla. Fora isso... um Flamengo ainda muito Luxemburguiano, perdido, sem rumo ou padrão. Um Flamengo que se enfrentar o Lanus como enfrentou o Nova Iguaçu passará vergonha na Argentina enquanto eu passarei vergonha no jornaleiro. O time da Baixada Fluminense é muito fraco! Mas apesar da fraqueza de seu adversário os comandados de Joel Santana não souberam adoçar a boca dos torcedores com uma exibição decente. 2 x 0 mentiroso, mas que deixam o Flamengo com chances na Taça Guanabara. No final de semana tem Resende. Resende que já fez das suas contra o Rubro-negro num momento muito parecido com este. É bom colocar as barbas de molho.


Botafogo x Não-sei-quem

Não vi o jogo do Botafogo, mas quando uma torcida pede por Herrera é porque alguma coisa está muito errada.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Abra o olho Natalino!!!

Muitos atribuíram a boa exibição do Flamengo diante da potência boliviana Real Potosi ao fato de Dona Patrícia Amorim ter garantido aos jogadores que, tal e qual a nossa saudosa pachézinha comanche Nuvem Cinzenta, lhes entregaria o escalpo do ex treinador Vanderley Luxemburgo, mal passado,  ainda no vestiário pós classificação.  Bom, se os jogadores do Mengão resolveram mostrar seu carinho, ódio ou desprezo pelos treinadores com suas atuações em campo, aconselho ao recém chegado Joel Santana a colocar suas barbas de molho, ou, no inglês natalino, suas beardis salsse (beards sauce).

O Flamengo ontem diante do Botafogo esteve como se fosse um espelho, à imagem de seu Capitão  Ronaldinho Gaúcho, lerdo, desinteressado e respondendo com extrema fraqueza a impulsos momentâneos do jogo.
Se o amigo e a amiga ouvintes observarem bem, prestarem atenção no momento exato da saída de jogo, perceberão que o Botafogo ao sair com a bola teve do outro lado um adversário ainda desarrumado em campo, quase ninguém guardando suas posições e aparentemente enfadados por terem de disputar aquela partida.
E aí tal e qual o meu amigo Kaká levanto, como levantei, após o apito final, minhas mãos aos céus e agradeço, como agradeci ao Senhor por ter me mantido em casa ontem. Eu estava prontinho para ir ao Engenhão assistir aquela pelada "braba", Manto Sagrado a cobrir meu musculoso corpo e tudo ( he he he brincadeirinha na coisa do musculoso).  Sim, o time do Flamengo cativara a minha presença com aquela atuação razoável diante do Potosi, não apenas pela atuação em si, mas pelo gesto e pelo motivo. Motivo aliás fundamental para me tirar de casa e me levar ao Engenho de Dentro de trem: a demissão de Luxemburgo. Ah, mas o jogo não começaria, como imaginei, às 17 horas e sim às 19:30. Sou maluco mais não sou doido, como foram aqueles bravos 8 mil expectadores que não têm mulher em casa. Graças a Deus eu não fui - e já começo a achar que este meu PPV está ficando caro demais.


O jogo que eu vi (antes de pixarem... deem uma olhadinha no nome do Blog)

O Botafogo de Oswaldo de Oliveira iniciou o jogo como iniciava os jogos o Botafogo de Caio Portter Jr. Sim amigos, aquele ímpeto todo no início de uma partida jogada em casa não é novidade do nosso pacato treinador alvinegro. O Fogão em seus melhores momentos no Brasileiro do ano passado tinha como característica marcar o adversário em seu campo e não dar espaços para saídas de bola. Redonda retomada o Glorioso partia para dentro de seus adversários e costumava abrir o placar cedo. Mas ontem não foi assim. Desculpe-me o Oswaldo, mas o Botafogo de Caio Jr era melhor que este de ontem.
As semelhanças entre as duas equipes não param por aí. O Fogão de ontem tinha algumas características, principalmente individuais, muito parecidas com o Botafogo de outrora (do ano passado). Loco Abreu esperando que o jogo girasse em torno dele, Elkerson e Maicosuel cabisbaixos, com muita correria e pouca produtividade, um Renato habilidoso, mas com seus poderes voltados para a marcação, uma defesa que não comprometeu e, sim, a pequena grande diferença: Andrezinho. O Botafogo de Caio Jr não tinha um Andrezinho, o de Mr Oliveira tinha. E foi Andrezinho quem fez a diferença na partida desde seu início até o final.
O Mengão... Coitado do Mengão, não tinha Andrezinho, tinha Ronaldinho Gaúcho e Ronaldinho Gaúcho ditou o ritmo do mis querido. Uma sonolência, uma insolência na hora de passar a bola. O Dentuço parece ter contaminado todo mundo com seu cansaço pós pagodão, digo, conjuntivite. Felipe salvou o empate. Os demais jogadores... Renato Abreu esteve razoável, assim como Luís Antônio - pelo esforço - e Bottinelli.  Ninguém mais jogou nada! Leo Moura cometeu o disparate de levar um banho de bola do Márcio Azevedo, sabe lá o que é isso?! Williams... Meu Deus do Céu, o que foi aquilo? Ele tomava a bola do Maicosuel e a entregava ao Renato - confesso que não entendi a trama.
O Flamengo esteve como sempre esteve desde que seu último treinador assumiu o time: um bando desgovernado e sem saco para jogar futebol.
Não sei o quanto Joel Santana terá de abrir mão em seu comando para essa turma que está mandando e desmandando no time do Mengão para que este time jogue alguma coisa por ele. Aconselho ao Natalino  ficar esperto e não fechar porta alguma, pois ele pode ser a próxima vitima do resultado da gestão de Dona Patrícia Amorim.


Em tempo: Este post ficou preso em meu computador por problemas no mesmo por um dia e meio, por isto somente agora é publicado

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O Emelec, pode esperar,a sua hora vai chegar!!!! Tum, dum, dum, dum!

Minha Nossa Senhora, quanto ufanismo meu Deus!!!!
O Flamengo ontem no Engenhão fez o que dele se esperava, melhor, o que um time que verga aquela camisa deveria fazer, venceu um fraquíssimo time boliviano e passou de fase na Libertadores da América. Foi só isso, mas...
Há o que se valorizar e, tenham certeza, não é o discurso do Luxemburgo e nem o da imprensa esportiva que representa a maior Maria-vai-com-as-outras que eu já vi, li e ouvi. Queriam a cabeça do treinador e agora o entregam aos braços da torcida coberto de louros. Temos de valorizar a atuação do Flamengo no primeiro tempo, e só.
O Potosi é bisonho, mas o Boavista também é, o Nova Iguaçu, o Resende e o Botafogo também (brincadeira aqui). Acontece que o maior adversário do Flamengo ontem não seria, como não foi, o bravo Potosi. O maior adversário do Mengão seria, como foi, a possibilidade do fiasco. E aí meu amigo, minha amiga ouvinte, se o fiasco se estabelece, Luxemburgo se “desestabelece” antes mesmo de descer ao vestiário, assim como a opinião da imprensa esportiva. Mas o fiasco não veio.
O Fiasco não veio e isso se deve em muito à atuação do Mais Querido no primeiro tempo, quando a tensão e as incertezas pairavam sobre o pensamento e o roer de unhas de todos nós.
O Potosi fez o que se esperava. Duas linhas de quatro marcando a partir do círculo central e uma zaga batendo até na mãe para espantar aquilo que sobrava. Difícil passar por caras com essa determinação, destruir. Mas o Fla soube impor seu ritmo “barcelônico” - mais de 70% de posse de bola - e soube também enquadrar seu adversário no campo de defesa deste. O Potosi só colocou as manguinhas de fora quando viu que a vaquinha estava a caminho do brejo.
Renato muito bem, Leo Moura o incentivador, Luís Antônio o correto e Ronaldinho Gaúcho, longe de ser um Ronaldinho, jogando com disposição, foram suficientes para fazer a vantagem do Fla no primeiro tempo. Além do seu adversário, o Flamengo teve contra si no início da partida uma atuação muito modesta e atrapalhada de Bottinelli e os "ufas" de sua defesa. Williams não dá! Além disso, Wellinton e David Braz... Sem comentários. Mas Bottinelli teve súbita melhora e os demais citados não comprometeram, tentaram, verdade, mas souberam sair ilesos do estádio. Gostei do Flamengo do primeiro tempo.

No segundo tempo o time estranhamente cedeu espaços ao Potosi. O time de Evo Morales até que tentou, aproveitando-se dos espaços deixados pelos rubro-negros, mas... é um timinho muito do chinfrim!
Luxemburgo mexeu e o Fla voltou a administrar, perigosamente é verdade, o resultado até o final da partida, resultado ampliado no aproveitamento de um dos inúmeros contra-ataques proporcionados pelo Potosi. A coisa poderia ter sido mais tranqüila, mas não foi e, daqui por diante é que não será mesmo. Por quê? Explico.

Ruim com ele...
O caixão já estava pronto. A fogueira armada. Carrascos se ofereciam de todos os lugares para receberem a primazia da execução. Com microfones na mão ou apenas com a goela mesmo, estavam todos prontos para fazer Luxemburgo passar desta para o Cruzeiro assim que o árbitro apitasse o final da partida e a conseqüente eliminação do Mengão da pre-Libertadores. Mas o Mengão passou e o defunto ressuscitou.

Patrícia Amorim, Washinton Rodrigues, Luiz Penido, a imprensa, os Blogs, Joel Santana, a Torcida do Mengão, enfim, todos garantiram após a classificação de ontem que Luxemburgo jamais sairá do Flamengo - ao menos enquanto o time estiver ganhando, como acontece em qualquer clube, menos no Arsenal e no Manchester United.

Estive aqui matutando e estou pronto para expelir o que de mais desconexo surgiu em minha visão nos últimos tempos: Melhor que Luxemburgo fique mesmo. Calma, guardem os tomates que as frutas estão a 4 reais/kg na feira.

Luxemburgo caindo as opções mais esperadas seriam, pela ordem: Joel Santana, Renato Gaúcho e Andrade.

Joel seria um excelente treinador para trabalhar com o que o Mengão tem de pior. Armaria um time defensivo, ressuscitaria a dupla de Pit Bulls Aírton e Williams, tentaria ganhar todo mundo de 1 x 0 e o Flamengo desperdiçaria uma geração inteira de boas promessas. Sim, Thomas, Lucas, Adryan, Muralha, Negueba, entre outros não teriam chance alguma com o Natalino. O Flamengo seria eliminado nas quartas de final da Libertadores, talvez ganhasse o Carioca e completaria o ano com uma pífia campanha no Brasileiro. Ah!!! Joel Santana permitiria o surgimento e a liberdade ao pior que existe em jogadores como Ronaldinho Gaúcho e Vagner Love. Joel é "paizão" e os caras abusariam, ainda mais de salários atrasados. Este seria Joel no Mengão.

Renato Gaúcho. Meu Deus do Céu!!! Não comento essa terrível possibilidade. Certamente o Flamengo iria brincar na Libertadores, no estadual e nas proximidades de um rebaixamento no Brasileiro. Muita brincadeira para uma torcida que não se contenta em brincar, precisa ganhar, conquistar. Renato, não!

Andrade.... Era tudo o que a geração Jovem Fla gostaria para 2012!! Andrade certamente subiria a galera inteira, todos de uma vez. William e Aírton até poderiam jogar juntos, mas não no Flamengo. Muralha e Luís Antônio seriam os volantes. Bottinelli? Que nada, Thomás! Adryan! Sim, o Flamengo poderia brilhar do jeito mais encantador que há, com sua Prata da Casa. Poderia, mas isso não seria uma garantia. Derrotas poderiam desestabilizar o futuro e uma bosta de presente poderia se estabelecer. Ronaldinho Gaúcho entraria em rota de colisão com a entidade (Andrade) pela qual ele não nutriria respeito algum. O Fla não consegue se livrar de Gaúcho tão facilmente e a coisa iria desandar. Não poderia ser o Andrade também. Sobra quem? Hein? Hein?

Deixem o homem trabalhar!!! Já dizia um presidente amigo meu.
Existe nesse Luxemburgo arrogante, cabeça dura, oculto, turrão, prepotente, enfim, existe neste Luxemburgo que aprendemos a odiar um excelente treinador de futebol, muitas vezes, acho que cinco vezes, Campeão Brasileiro - com times grandes e nem tão grandes assim. Alguém precisa ser capaz de resgatar esse cara! Vi no passado times de Luxemburgo com um belo padrão de jogo. Nunca vi o Flamengo de Luxemburgo com padrão algum de jogo. Para atestar isso basta ver a discrepância entre os dois tempos de ontem. Mas nos times de Luxemburgo do passado... Lá eu vi sim, belas equipes com atuações ainda mais belas. Onde está esse Luxemburgo? É dele que precisamos. Por isso acho que devemos apoiar o ufanismo desenfreado que se instalou na Nação Rubro-negra e seguir com esse Luxemburgo mesmo, na esperança que o outro saia do armário (sem confusões aqui, por favor)