sábado, 30 de novembro de 2019

Os Devaneios de um Fanfarrão


Corria o ano de 2013... O Flamengo tropeçava em mais uma de suas suadas caminhadas na intenção de um título de expressão nacional, a Copa do Brasil. Quatro meses após sua contratação, também após uma derrota em pleno Maracanã por 4 a 2 para o Atlético PR (àquela época a numerologia ainda não havia dado as caras em Curitiba), Mano Meneses, o então treinador do Flamengo,  abandonava a nau alegando que "os jogadores do time não conseguiam entender o que ele lhes explicava sobre futebol". Ora, ora... algum tempo depois, pouco tempo, Jayme de Almeida, lenda rubro-negra, interino por opção - ou na falta desta -, conseguiu passar aos jogadores do Flamengo alguma coisa sobre futebol. Não, não eram jogadores do patamar de Bruno Henrique, muito pelo contrário. Amaral, um volante para lá de limitado, era o titular da posição. Todavia, os jogadores do Flamengo treinados por Jayme de Almeira levantaram a Copa do Brasil com pompa e circunstância. Naquele momento identifiquei em Mano Menezes sua principal qualidade: ELE É UM FANFARRÃO!!

Hoje  Mano Menezes "treina" o Palmeiras. Este debochado disse em entrevista após a vergonhosa derrota para o Fluminense que poupou seus titulares porque Jorge Jesus fizera o mesmo na intenção de endurecer o jogo contra o Palmeiras, nesse próximo domingo. PORRA NENHUMA! J. Jesus já disse por diversas vezes que não poupa ninguém a não ser que o Departamento Médico ou a Fisiologia lhes digam para poupar, não por conta do próximo jogo, mas pelos efeitos do último. Aí não tem jeito e Jesus é obrigado a mexer no time. Caso contrário amiga, amigo, o Flamengo sempre foi para cima de todos os adversários com "toda a carne no formo", como faz questão de dizer seu treinador. Exceção foi o jogo fora contra o Grêmio, neste caso sim, por conta do próximo jogo, nada mais nada menos que a Final da Libertadores vencida pelo Rubro-negro.

Mano Menezes tenta assim transferir de sua infeliz medida os fatores que fizeram o Palmeiras sofrer mais uma derrota no Maracanã - aliás, a maior vitória do Flamengo no Brasileiro, a mais contundente, foi justamente contra os TITULARES do Palmeiras num Maracanã lotado, onde o Fla passeou e humilhou seu adversário de domingo. 
Um fanfarrão que não durará muito tempo no banco do Palmeiras. Será demitido em breve. Por quê? Porque o Palmeiras gasta muito com seu elenco e não se dará ao disparate de manter um falastrão no banco de reservas perdendo e carregando a culpa noutras pessoas que não nele mesmo, em sua própria deficiência para função para a qual é pago e, muito bem pago. 

sábado, 23 de novembro de 2019

(o que) ISSO AQUI É FLAMENGO!! (?)

Esporte Interativo

Épica vitória!! Conquista heroica!

Retirei da gaveta essas frases por mim guardadas a partir do décimo quinto minuto do segundo tempo da decisão da Libertadores de 2019, vencida de forma épica e heroica por um Flamengo que não indicava até aquele minuto que à venceria. Mas venceu. Por quê?...

Porque o Flamengo não enfrentou apenas um time de futebol, o até então melhor da América. O Flamengo enfrentou o River Plate! Um time que traz consigo não apenas seu passado recente de conquistas e a harmonia com finais e mais finais, mas toda sorte de mazelas que os times argentinos costumam despejar em seus adversários durante qualquer jogo que seja, principalmente nessas finais. Poder de fogo, experiência, cancha, facilidade em irritar seus adversários menos maduros para a prática do futebol... enfim. Já seria difícil se o adversário do Campeão fosse o, "mais fraco", Boca Junior. Mas foi o River. O Flamengo venceu o poderoso River Plate. 

Entretanto, esta vitória se fez épica, heroica, e não avassaladora, como fora a semi-final, não muito por culpa do forte adversário do Flamengo, mas por conta do inesperado comportamento do próprio  Flamengo. Diante de tanta qualidade do River Plate, de toda carga de temperos extra-futebol e, do próprio futebol, o Flamengo se mostrou um time nervoso, ansioso, frágil na defesa e inoperante no ataque. Um Flamengo que não mais se viu por aqui depois da chegada de J. Jesus. Um Flamengo que me fez guardar as frases que usei como sub-título para esta postagem.
O Flamengo até aquele décimo quinto minuto do segundo tempo, ou décimo primeiro,  não ameaçou em momento algum o gol ou mesmo a vitória de seu adversário. Mas, o único jogador do Flamengo que se diferenciava dos demais, Gerson, sentiu a musculatura e precisou sair. Diego. O velho e bom Diego Ribas entrou e mudou a cara do Flamengo. A partir daquele instante o Flamengo começou a virar Flamengo e o River Plate a demonstrar, quem sabe, o seu fastio por tantas conquistas até esta Final. O Flamengo foi virando Flamengo... mas não foi de uma vez. Por isso a confiança também não veio assim, de uma só vez. Tal e qual lâmpadas de uma fileira de iluminação natalina os jogadores do Flamengo foram acendendo um a um, aos poucos, matando do coração os torcedores mais apaixonados - todos. Foi uma renovação paulatina, de trás para frente. Primeiro o jeito de jogar, depois a defesa. O meio campo veio em seguida e o jogo se aproximava do final com o Campeão ainda falando espanhol. Faltavam o meia mais avançado e os dois atacantes. E aí amiga(o)... quatro minutos de De Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol foram suficientes para levar o River às cordas para o nocaute sem possibilidade de retorno. 

O Flamengo, provável Campeão Brasileiro, é o novo CAMPEÃO DAS AMÉRICAS, Campeão da Taça Libertadores. Por quê? Porque ISSO AQUI É FLAMENGO!!!

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Cincuuummm!!?

Sobre Flamengo x River Plate.

O efeito anti-cheirinho não me liberta, não adianta! Gostaria de dizer... mas... Ah!! Dane-se! Quem não morre não vê Deus!

Por mais que a cabeça peça-me por parcimônia, me lembrando que se trata do River Plate, atual campeão da Libertadores, time cancheiro, acostumado à decisões, sabendo sofrer o sofrimento necessário para à vitória final; por mais que a mente se lembre das encarnações de outrora, quando o Flamengo ameaçava títulos, todavia, sem conquistá-los, apesar de Gallardo... enfim! Nunca dei razão ao que disse minha mente, não seria agora. Sempre mergulhei empurrado pelas necessidades apaixonadas de meu coração e mergulharei mais uma vez. 
Se o Flamengo não levar para campo uma possível ansiedade pela ansiedade de sua Torcida, se o Flamengo conseguir desenvolver no jogo sua absurda superioridade a qualquer adversário que passou em sua frente desde a montagem deste time, se o Flamengo for Flamengo... o jogo será 5 x 0 para o Mengão, sem dó e nem piedade. E tenho dito.

O Irlandês


Arkansas Razorbacks community

Você gosta de cinema? Não estou perguntando que tipo de filme você prefere. Cinema, você gosta? Sim!!?  Então... sei lá, talvez não dê mais tempo... Trata-se de uma produção NETFLIX com prazo de exibição muito curto e, mesmo assim, em poucos cinemas da rede disponível. Se der tempo corra! Procure pela exibição na tela grande em respeito à esta obra-prima de Martin Scorsese: The Irishman ou, O Irlandês - assista o Trailer. Mais de três horas e meia da mais pura seiva de cinema discorrendo diante de olhos ávidos por ação, suspense e belas interpretações. Ávidos, sim, estou te imaginando um faminto por cinema de qualidade. Não se furte, não hverá decepção. 
De Niro sendo De Niro, Al Pacino sendo Al Pacino, Pesci, Keitel... todos derramando o melhor de si como se não houvesse amanhã. Todos estes reunidos a um segundo escalão de qualidade semelhante e atuações soberbas. Até figurantes e coadjuvantes desta obra-prima mereceriam indicações da Academia. Nossa! Filme onde Scorsese foi o melhor Scorsese que eu já vi. Enfim, este filme merecia ficar mais tempo à sua disposição num cinema e não apenas na sua bela TV de 99 polegadas - dia 27 próximo estreará no Streaming. 
Uma parte da história dos EUA recheada de mafiosos, Kennedys e um Jimmy Hoffa de tirar o fôlego. Filmaço que transcorre num tempo agradável aos olhos e às expectativas. Apesar do extenso tempo do filme, o expectador, tenho certeza, ficaria ali por mais três horas e meia de exibição sem reclamar e nem tirar os olhos da tela, das ações, dos desfechos. Vale demais a pena.

domingo, 3 de novembro de 2019

Organização Corinthiana

Lembrando sempre que essa organização combina com aquilo que pensam muitos jornalistas tupiniquins  - a maioria.
Reclamaram da possibilidade de Abel Braga ter sua demissão antecedida por contatos da Diretoria do Flamengo com outros treinadores, como J. Jesus por exemplo. Abel ficou uma arara e foi apoiado por seus companheiros que com ele dançam ao redor de cadeiras cativas. Apoiado também , como já disse, por grande parte de jornalistas, que acharam uma canalhice as conversas da Diretoria antes da demissão de Abel. Ora bolas..., o certo é fazer como está fazendo o Corinthians: demite o treinador atual no vestiário, sabe-se lá com quem por testemunha, no fim da temporada, com uma partida importante à três dias de data?! Disse o presidente Andrés Sanches: " ah para quarta vamos arranjar alguém para tomar conta do time". Esse é o jeito certo?

Sobre o Coringa

Excelente filme!
Excelente pelas origens do herói e do anti-herói. Ouvi críticas ao filme e meu olhar pré-critica já saiu meio spoileado pelo olhar dos outros. Mas, aconteceu o inesperado. Cada um "sentirá" os elementos para criticar esta obra em sua pele, sob seu olhar pessoal do bem e de uma necessidade de aprovacao ou entendimento do mal como uma consequência aceitável. "Sob o aspecto da mensagem trata-se de um filme horrivel, que não pode servir como desculpa para o surgimento de Batmans e, principalmente de Coringas." Acho que foi essa a mensagem que Reinaldo Azevedo, um importante e extremamente culto jornalista, disse ter percebido sobre o filme em um de seus programas. Machado de Assis transbordou em seus contos essa habilidade, a de fazer o leitor torcer por um e linhas depois torcer por outro para depois voltar a desejar a "vitória" do primeiro.
Fiquei torcendo pelo surgimento o mais rápido possível do nosso querido e irreverente Coringa, não sofri com a morte dos caras no trem. Mas, a partir da possibilidade dele ter matado sua namorada e a filha desta, transtornado que estava, comecei a rezar pelo fim do filme ou o surgimento  (crescimento) imediato de Bruce Wayne. E assim terminei o filme, desejando que não houvesse mais matanças e que ele se estrepasse. Mas gostei muito! Não podemos esquecer do óbvio e do mais latente no filme... Ele não lutou com um urso, não dormiu dentro de um cavalo mas, Joaquin Phoenix merece todos os prêmios possíveis, pois seu Coringa, a exemplo do Coringa de Heath Ledger, esteve sempre nos deixando nervosos e apreensivos. Espetáculo, não achou?!?

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Poesia, quem gosta?



Degustar-te... Ah, eu queria degustar-te!
Em meus lençóis seu corpo, a pura arte,
Enlouquecendo meu corpo , tonto, torpe
A sorver a alma, brincando com a morte.

Brota n’alma a grandeza do aparte
Na agonia de um afável baluarte,
Alheio ao prazer e a própria sorte
De ter-te deusa, sem que isso me importe.

A alma doa sua noite lancinante
E trinca os dentes num sorriso “gentil”.
Sorri sincera c’o a leveza do elefante,

E manda o corpo pra puta que o pariu.
Meu corpo é a alma que sorve arfante
Teu corpo e tua alma com fome febril.

Ataque e Defesa, Fisiologia X Psicologia

O Flamengo venceu o CSA ontem no Maracanã, mais uma vez lotado, por 2x1. Ótimo às pretensões rubro-negras, não poderia mesmo ser diferente. Entretanto, o CSA dificultou mais a vida do Flamengo que o próprio Grêmio diante de toda responsabilidade e tensão que cercaram a segunda partida da semi-final brasileira da Libertadores. Sim, por incrível que possa parecer o CSA fustigou mais o goleiro Diego Alves - que está pegando muito - que o ataque capitaneado por Cebolinha. Mas... será mesmo que o CSA ameaçou mais o Flamengo e suas intensões de vitória que a tensão tricolor gaúcha? Não penso assim. O Flamengo cansou de perder gols feitos contra o CSA. O que identifiquei como preocupante não foram os assédios do CSA, mas sim os motivos que permitiram ao clube alagoano aparecer de forma diferente e inesperada no Globo Esporte de hoje - todos nós esperávamos uns "cincuuu" pelo menos. O Flamengo me pareceu cansado.
Cansado fisicamente? Nem tanto, talvez.  Mas o Flamengo estava mentalmente cansado e, a despeito dos resultados e das possibilidades advindas da fisiologia, o time me pareceu mentalmente estafado. Felizmente isso não era visto quando o Fla precisava se defender dos ataques do CSA, mas sim numa visível preguiça na hora de atacar. Por várias vezes foi possível ver o meio campo roubar a bola dos alagoanos, entregar ao ataque e ali permanecer, torcendo por mais um gol. Essa atitude de parte do meio de campo do Fla acabou por criar um vazio entre o ataque e a defesa, buraco este muito bem explorado pelo CSA que por ali e naqueles instantes criou suas maiores oportunidades de marcar seu gol. Um cansaço mental. O quero dizer com isso? O Flamengo estava, aparentementebem nas aptidões físicas e aeróbicas, mas parecia não estar muito a fim de sufocar seu adversário. Talvez um descanso mental para alguns jogadores titulares seria uma boa medida para amenizar o que tende a piorar. Alguém da psicologia tem o número da fisiologia?

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Como parar o Flamengo de Jorge Jesus?

Esta é a pergunta que a maior parte da imprensa se faz, ou nos faz, quando se refere a qualquer próxima partida do Flamengo no Brasileiro. Mas... esta não deveria ser a pergunta a pautar este momento mágico que o Flamengo apresenta a todos, no Brasil e no mundo (Portugal). Para responder esta pergunta basta fazer uma reunião entre quem a fez e mentes brilhantes como a de Joel Santana, Celso Roth, Abel Braga, Mano Menezes, Felipe Scolari... e pensadores do gênero.Todos subjugados pelo brilhante e indecifrável futebol apresentado pelo Rubro-negro.Se não foram, serão. Esta reunião, assim como a pergunta que a originou não deveriam existir nem em forma de pauta! A pergunta certa deveria ser: Como jogar igual ao Flamengo?
Como jogar igual ao Flamengo...? Essa preocupação, a busca deste norte, faria com que o envolvido adentrasse ao "trem chamado Jorge Jesus". Já escrevi sobre isso e não me cansarei de reescrever. Ninguém com menos de 40 anos viu nada parecido com isso em terras tupiniquins. É preciso entender o que, como e de que forma se pode ensinar isso ao próximo - leia-se como próximo o seu jogador, o jogador do seu time. Imaginem um jogo com dois times marcando alto, com suas defesas adiantadas ao meio de campo e, com toques de classe logo após a recuperação da bola. Em que estado de êxtase ficariam aqueles presentes a um jogo desse, ou mesmo em frente aos aparelhos de TV...? Este debate precisa ser embrasado, flamejar na mente de todos pelo bem do futebol brasileiro daqui pra frente.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Ai Jesus!!

Flaresenha - foto Marcelo Cortes


Se isso não é um milagre, não sei mais o que significam milagres no futebol - no daqui. Fazer Arão de Patinho Feio em Príncipe, ignorando que sapos viram príncipes e não patinhos feios, tudo bem, já seria um milagre. O milagre da recuperação, afinal de contas Arão já tivera seu destaque em algum momento da carreira. Mas Rodlindo!!! Aí se configura um milagre da criação e, isso nem seria tarefa para Jesus - o daqui. Seria uma bagagem que Rodney deveria ter apresentado como sua desde quando chegou ao Flamengo, ao menos uma vez. Entretanto, Rodney já classificou sua atuação no Fla-Flu de hoje como a melhor em sua carreira. Mais uma vez, Jesus. Mais um adversário subjugado diante do empoderamento imperioso e intenso de um time que precisa ser campeão. Sim, além do Flamengo ser apontado por todos como virtual campeão, suas atuações me fazem suplicar aos céus - os daqui, que este Flamengo seja Campeão Brasileiro. Por incrível que pareça, não está aqui meu combalido coração rubro-negro, mas o mais mortal desejo de um torcedor de futebol. 
Jesus não recuperou apenas Arão e criou este Rodney de hoje. Jorge Jesus criou e, porque não recuperou,um Flamengo que existiu no passado e que até aqueles que apenas ouviram falar sentiam falta, ou duvidavam que havia mesmo existido. E este Flamengo, este jeito Flamengo de jogar, de ver o jogo, não pode passar como um brilhareco efémero em sua  redundância transformada por mim em súplica joelhos ao chão. Basta que o Flamengo não vença as duas competições que disputa para que as vozes hoje destroçadas em campo bradem em uníssono: "Não disse que isso era fogo de palha!!" Pois os títulos precisam acontecer para que o Futebol Brasileiro a partir do próximo ano mude embebecido por este sublime cálice de vinho - do Porto. Isso acontecendo, como parece acontecerá, Jesus terá recuperado, com sua forma de ver o jogo, o Futebol Brasileiro - o daqui, criando esperanças em todos os torcedores de que já no ano que vem será possível vencer e jogar de igual para igual com o Flamengo de Jesus.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Sobre Meninos e Lobos

Fortaleza e Flamengo fizeram um bom jogo recheado e permeado por estranhezas atroz. Por parte do tricolor cearense estranhou-me o abdicar do ataque feroz, tal e qual um leão diante de uma presa debilitada. O Fortaleza, a despeito da vontade e ansiedade de sua torcida, respeitou demais um time ABC do Flamengo. O rubro-negro entrou em campo com jogadores titulares, reservas e reservas dos reservas e ainda assim o Fortaleza aceitou o que ditou este time tão misturado do Flamengo. Aqui a estranheza se pinta de rubro-negro.Teve o time cearense a oportunidade de se fazer lobo diante de uma equipe de meninos em sua formação titular. Mas o Fortaleza preferiu fazer-se menino diante da transformação deste Flamengo manso num Flamengo feroz, tal e qual um lobo perseguidor de sua presa. Foi isso! O Fortaleza, que tinha tudo para tirar uma onda de leão, preferiu virar antílope. Chega de misturar animais a este jogo tão estranho e tão confortante para o torcedor do Flamengo que em determinado da partida já aceitava uma derrota que estranhamente se transformou em vitória. Parabéns Mengão por mais esta aula de futebol.

Em tempo: Tenho dúvidas sobre a posição do Pablo Marí quando a bola lhe tocou a mão, no pênalti marcado contra o Fla. É isso.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Vapo

Ele recebe a bola na altura da intermediária de seu time. Acossado, imediatamente devolve ao zagueiro a bola que este lhe entregara. Desfaz-se da companhia de seu marcador e trota em direção ao lateral que ainda não recebeu... agora sim, recebeu a bola. O lateral sem muita demora lhe entrega a bola. Ele deixa que a esfera passe por entre suas pernas e se vira para o campo do time adversário. Mais uma vez um adversário dispara em sua intenção, quer lhe tomar a bola e chega com força. Ele o escora. Corpo do adversário de um lado, a bola do outro... seu olhar neste momento procura por alguém livre, mais próximo à área adversária. Não encontra. Toca a bola novamente a um dos zagueiros. Toca e vai buscá-la. Novamente de posse da bola rompe de sua intermediária em trote mais acelerado invadindo o campo adversário. Os jogadores do outro time parecem hipnotizados. Entre a meia-lua e o meio campo inimigo seus sentidos percebem o movimento de seus companheiros imbuídos em ajudá-lo, seja com a parceria do toque, seja com tomando a atenção daqueles que vão se curando aos poucos do estado hipnótico. Um toque para o lado para receber a bola um pouco mais na frente. Um tapa. Um avanço. O tapa colocou a bola por entre dois adversários em poder de um companheiro. Outro tapa, de seu companheiro, coloca a bola à feição para um chute da entrada da área. Eles se encontram... VAPO.

domingo, 13 de outubro de 2019

O Flamengo de Jesus e o VAR da CBF

O Flamengo de Arrascaeta, Filipe Luís, Rafinha, Éverton Ribeiro, Gerson, tantos outros e, principalmente de Jorge Jesus é tão impressionante, tão devastador e diferente de tudo o que se viu até agora que a Diretoria Rubro-negra atira em si própria, em toda essa galera, nessa campanha sensacional quando publica uma Nota Oficial respondendo à CBF sobre suas insatisfações em relação à atuação do VAR hoje contra o Atlético do Paraná. Entendo que toda essa situação envolvendo o VAR no Brasileiro não deve passar em branco, mas o Flamengo não pode fazer como os demais, tem de ser diferente. A Diretoria do Flamengo deveria aproveitar tudo o que aconteceu hoje para reclamar não da CBF em relação à arbitragem, mas em relação a alguns presidentes de clubes e treinadores que insistem em imputar o sucesso rubro-negro às atuações desastrosas do VAR e da arbitragem como um todo. Isso e nada mais.

O Trem está passando.

TERRA Futebol
Faço aqui uma analogia àquilo que acontece ao futebol brasileiro do retorno da Copa América para cá. Um bonde, melhor, um trem chamado Jorge Jesus.
Arrastava-se o Campeonato Brasileiro em sua mesmice. Um Palmeiras virtualmente campeão - ao menos era o que diziam os entendedores em seus programas esportivos. Programas esses repetitivos em seus pontos de vista analisando atuações do VAR, de alguns árbitros e de alguns técnicos. Times? Não. Apenas o supérfluo do futebol. Aí apareceu neste cenário, em virtude da insistência de um treinador em fazer do caríssimo elenco do Flamengo mais do mesmo, esta novidade chamada Jorge Jesus. 
Tudo continua como antes. Os times jogando à sua costumeira maneira, o Palmeiras "líder", o Santos de Sampaoli envolvente, o VAR, os árbitros... menos o Flamengo. O Flamengo desta locomotiva chamada Jorge Jesus está passando por cima de tudo isso. Tirou 16 pontos do Palmeiras. Passando qual esfumaçante e berrante locomotiva atropelando a tudo e a todos. Todavia, alguns insistem em falar de VAR, de fracassos passados deste treinador totalmente diferente de tudo e de todos, enfim, a mesmice parece continuar nos olhos e ouvidos daqueles que vivem e se envolvem com o futebol brasileiro. 
Minha preocupação reside na perspectiva triste de que tudo o que esse cara trouxe ao campeonato brasileiro e à Libertadores irá passar sem que ninguém ameace tentar entender, copiar, anular. O futebol é meio ingrato. O Flamengo corre risco de ser eliminado pelo Grêmio jogando um futebol extremamente superior, e o que ficará será a fanfarronice de Renato Gaúcho.
Uma pena. O futebol brasileiro merecia melhores analistas dentro e fora dos campos. Alguém que subisse nesse trem e estendesse as mãos aos demais. Talvez assim nós mudássemos de patamar, ao menos na América do Sul. Vamos ver.