terça-feira, 15 de outubro de 2019

Vapo

Ele recebe a bola na altura da intermediária de seu time. Acossado, imediatamente devolve ao zagueiro a bola que este lhe entregara. Desfaz-se da companhia de seu marcador e trota em direção ao lateral que ainda não recebeu... agora sim, recebeu a bola. O lateral sem muita demora lhe entrega a bola. Ele deixa que a esfera passe por entre suas pernas e se vira para o campo do time adversário. Mais uma vez um adversário dispara em sua intenção, quer lhe tomar a bola e chega com força. Ele o escora. Corpo do adversário de um lado, a bola do outro... seu olhar neste momento procura por alguém livre, mais próximo à área adversária. Não encontra. Toca a bola novamente a um dos zagueiros. Toca e vai buscá-la. Novamente de posse da bola rompe de sua intermediária em trote mais acelerado invadindo o campo adversário. Os jogadores do outro time parecem hipnotizados. Entre a meia-lua e o meio campo inimigo seus sentidos percebem o movimento de seus companheiros imbuídos em ajudá-lo, seja com a parceria do toque, seja com tomando a atenção daqueles que vão se curando aos poucos do estado hipnótico. Um toque para o lado para receber a bola um pouco mais na frente. Um tapa. Um avanço. O tapa colocou a bola por entre dois adversários em poder de um companheiro. Outro tapa, de seu companheiro, coloca a bola à feição para um chute da entrada da área. Eles se encontram... VAPO.

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