domingo, 27 de julho de 2014

Parcimônia intolerável


O povo brasileiro, acostumado a ser tratado como gado, agora, enquanto torcedor, terá de se habituar também a ser confundido com a brilhante atriz Linda Lovelace. Dunga está sendo mesmo empurrado por trás e pela frente, sem dó, piedade e nem KY,  goela abaixo do assustado torcedor tupiniquim. O Fantástico o está entrevistando para, claro, melhorar a triste imagem do novo treinador diante de seus milhões de telespectadores. Um vergonha o comportamento da imprensa brasileira, esportiva ou não. O Jornal o Globo de 03 de julho de 2010 anunciava em sua capa "O fim (definitivo) da Era Dunga. Esse mesmo sistema Globo que hoje baba o retorno do brutamontes em cadeia nacional e horário nobre. Nem os jornalistas com uma opinião sempre mais próxima da liberdade de expressão vieram à público demonstrar sua revolta! Tem blogueiro (ao menos coerente) que diz ter Dunga ido bem em 2010... parei! 
Carta Capital, alguns jornalistas da ESPN Brasil e só! É muito pouco para o assombro que representa este estupro da CBF sobre os remanescentes torcedores da Seleção, cuja paixão a Alemanha tratou de arrombar. Dunga não era técnico e provou isso a todos nós em 2010. Além disso, Dunga mostrou ser um truculento ignorante no trato com todos, não só com Alex Escobar. Mas Dunga e a CBF não representam o pior dessa história. Quando nos vemos afrontados em nossos direitos publicamente, imaginamos, em primeira instância, que alguém levantará a voz por nós, a imprensa, por exemplo, único exemplo. E... nada. A CBF ressuscitou Dunga e este ato ressuscitará aqueles que foram obrigados a torcer contra a Seleção da CBF. Muito prazer.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Dunga não!!!!!!


Não sei você meu amigo, mas estou desconfiado de que Dunga no comando da Seleção Brasileira não é culpa da Dilma, mas sim dos Black  Blocs. Não é possível! Por que culpa dos Black Blocs? Simples, a visão nem precisa estar muito desconexa... Após o evento dos baderneiros nas ruas do país, o povo brasileiro voltou a demonstrar aquele seu jeitinho cordeirinho de ser e parou de reclamar como ameaçou fazer depois de junho do ano passado. Sim, os black blocs estão nas ruas quebrando bancos, principais representantes do poder capitalista que nos oprime, para depois comemorarem os estilhaços no Mac Donald mais próximo. Mas, eles não representam o país, a voz do país. Por isso os políticos novamente  se colocam naquela caríssima (para nós) zona de conforto e, por exemplo, resolvem que nos próximos 79 dias só trabalharão 4 e, que isso poderá custar aos cofres públicos a bagatela de 228 milhões de reais. Ninguém faz ou diz nada, estamos todos com medo de ir às ruas. Num outro lado dessa triste história a imprensa parece concordar mostrando no máximo uma cara falsa de espanto ou, de falso espanto, quando aparece no horário nobre para dizer desses absurdos. Ninguém faz nada!
E a CBF, muito provavelmente calcada por essa sensação, nos apresenta aquele que, pelo tamanho abissal do absurdo, ninguém esperava que ela fosse apresentar. Dunga, aquele mesmo fraco como técnico e estúpido como gente, será o novo treinador dos chorões de 2014. Alguém em algum lugar disse: Olha, se continuarem chorando eu chamo o Dunga!! Pensei que fosse uma brincadeira em virtude do acinte. Mas, infelizmente para nosso desejo de que o vexame contra a Alemanha nos servisse de cinzas, eis que assopram a brasa e o inferno astral ganha uma sobrevida. Nossa seleção, uma "sobremorte". 
Não é possível que a intenção não seja apenas a de demonstrar poder diante de quem passou a reclamar por sua Seleção Brasileira! Primeiro colocam um empresário para comandar os jovens promissores e os jovens fracassados, depois nos empurram o Dunga que, em ser Dunga já está mais do que adjetivado. Metaforicamente é como se colocassem dois caras vestidos de ladrões, com máscara e tudo, para tomarem conta do dinheiro do Carro-forte. Como se escolhessem duas raposas para vigiarem o galinheiro. Marin, Gilmar e Dunga de ladrões e raposas... foi só uma metáfora. E a imprensa...
Ouvindo o ótimo programa Bola em Jogo, da Rádio Tupi, tive o desprazer de perceber que a imprensa esportiva, representada aqui ,é verdade, apenas por este programa - mas sei que será tendência, está abrindo os braços para receber essa coisa que tão mal lhes tratou enquanto esteve de posse do cetro. Não acredito! Às vezes tenho a sensação de estar vivendo no "mundo bizarro" onde tudo acontece às avessas. Dunga ficou quatro anos no comando da Seleção Brasileira e, a exemplo de Felipão (2014) e seu antecessor  e embusteiro Mano Menezes, não conseguiu montar um time decente, podendo neste período convocar qualquer jogador brasileiro que tivesse vontade. Se Dunga não deu certo quando pegou a Seleção com um limitado orgulho próprio, por que haveria de dar certo agora, pegando o lixo que a Alemanha não jogou na lixeira? Por que a imprensa não grita? Por que o povo não sai às ruas? Acho que vou quebrar uns bancos.

Quando a unanimidade não é burra.


Dizem algumas pesquisas que a rejeição pelo retorno de Dunga ao comando da Seleção Brasileira roda em torno de 85, 70%. Mentira! A rejeição pela presença desse cidadão à frente de nossa outrora maior paixão é de 100%! Tenho certeza disso. Acontece que estamos lidando com duas facetas das piores desenvolvidas por nós desde que o Homo Erectus resolveu virar Homo Sapiens. Lidamos com a arrogância desmedida e destemida, implementada por aqueles que estão na direção da CBF e de todo o universo nojento que envolve o futebol e, uma enorme parte de nossa imprensa, esportiva ou não, que come espaços e acessos diretamente das mão dessa gente. São jornalistas que malham Luiz Felipe Scolari, técnico que idolatravam até hora da saída do último embate entre Brasil e Alemanha e demonstram otimismo e paciência no retorno do penúltimo técnico da Seleção que destroçaram logo após saída do penúltimo embate entre Brasil e Holanda. Uma vergonha! Dizer a mim que Luiz Ribeiro, jornalista da Rádio Tupi, escolheria Dunga para técnico da Seleção se esse direito lhe pertencesse é tentar me ver como um idiota completo. Há idiotas que me veem como um idiota completo, mas isso é uma enorme idiotice! (precisava dizer isso!). Bem Amigos, Linha de Passe Mesa Redonda (talvez aqui um pouco menos). A Globo de um modo geral... Comparam os números de Dunga aos números recentes de Felipão. Covardia! Felipão pegou um trapo de seleção que começava a virar um time nas mão de Mano Menezes e transformou esse trapo num time que, por exemplo, venceu a poderosa e imbatível Espanha diante de um ex Maracanã lotado. Percebam que Felipão alterou muito pouco a discutível Seleção de Mano Menezes. O que faria Dunga com os emocionados jogadores brasileiros, unanimidades na convocação final para a Copa do Mundo? Puxaria-lhes as orelhas em caso de choro? Sim, porque os jogadores seriam mais ou menos os mesmos. Quer dizer, Dunga dispensou Neymar uma vez e por isso fora execrado - após a derrota para a Holanda, óbvio. Será que Dunga levaria Neymar dessa vez? 
Dunga teve quatro anos para montar a Seleção de Felipe Melo. Quando deram quatro anos a Felipão ele foi Campeão do Mundo. Sim, noutro mundo, com outros jogadores, mas foi, e esses são os números que devem ser postos na balança. Mas não é assim que age a imprensa. Dunga chegará com o respaldo da maioria daqueles que têm suas bocas diante de microfones e suas mão diante de teclados, mas os combalidos apaixonados pela Seleção Brasileira, esses estão em maus lençóis.
Dunga, apesar dos clap, claps que ouvirá da imprensa brasileira é, unanimemente, mais uma imposição errada do ex torturador que comanda o futebol tupiniquim. Infelizmente nossa imprensa nos representa muito mal. Por sorte e pelo suor dos meus velhos tenho boca, microfone, mãos e teclado. Dunga não passará bem por aqui, passará justo. Justo como fui com ele no passado quando o critiquei a ponto de perder amigos que havia conquistado com minha maior alegria. Sim, porque lembro que a Seleção de Dunga não era o retrocesso que todos desejávamos. A Seleção de Dunga era sim, a semente de tudo o que vimos nesta última Copa do Mundo. Aquela Seleção de Dunga era horrível! Praticava o antijogo o tempo inteiro e, se venceu algumas competições, não fez mais que sua obrigação. Lembremos que a Seleção de 2006, cujo técnico também fora execrado por esta mesma imprensa, também venceu as mesmas competições que a Seleção de Dunga. E, venceu jogando um futebol muito convincente. Não engoli Dunga àquela época e não o engolirei agora. "Sou unanime em dizer desde já: FORA DUNGA!!!!!"

domingo, 20 de julho de 2014

Bandeira, impeachment-se.


Sr Bandeira, enquanto o senhor fica com essa cara de bobo alegre sem saber ao certo o que precisa ser feito para que as coisas, que parecem alheias ao seu conhecimento, mudem de rumo, o clube de futebol de maior torcida do país vai se encaminhando a passos largos para a beira do abismo. Será que o senhor não percebe que comandar um clube do tamanho do Flamengo não é o mesmo que comandar o setor financeiro do BNDES? Aliás, o senhor como administrador financeiro é péssimo! Vai pagar salários ao quarto ou quinto técnico simultaneamente sem que o time tenha encontrado seu caminho na direção da tradição do clube.
Não adianta nada ficar aqui discorrendo sobre onde e quem Ney Franco deve escalar, este ou aquele mequetrefe, porque Ney Franco não deveria ser o atual treinador do Mengão! Este deveria ser Jayme de Almeida. Duvido muito que o Flamengo estivesse onde está. Talvez o elenco dificultasse a vida do Jayme como faz com Ney Franco, mas mesmo assim o nosso velho e bom zagueiro dos tempos de glória saberia dar um jeito na situação. Hoje não adianta mais entregar o abacaxi nas mãos de Jayme. O Flamengo hoje precisa de duas ações imediatas: a primeira é que Joel Santana seja imediatamente contratado e, a segunda, que o Sr coloque a sua cabeça numa bandeja e a entregue na porta do BNDES,  com um bilhete perguntando se alguém a quer por lá. Essa cara de retardado que o senhor está fazendo nessa foto corre o sério risco de entrar para a história do Flamengo, não como o senhor deseja, mas como o senhor e suas limitações acabarão fazendo. Vaza!

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Um time pequeno vestido de Flamengo

A Seleção Campeã da Copa do Mundo Brasil, a Alemanha de Bastian Schweinsteiger, homenageou o Flamengo de uma maneira muito linda e respeitosa ao vestir o Manto Sagrado durante a Copa do Mundo, inclusive no jogo em que goleou a Seleção Brasileira por 7x 1. Este jogo ficará na história e a Alemanha de rubro- negro também. Uma Seleção campeã do mundo fazendo história com a camisa do maior clube de futebol do Brasil. Pois um rubro-negro, não o de Bastian Schweinsteiger, mas o de Ney Franco, entrou em campo ontem em Macaé  vestindo o Manto Sagrado remetendo suas intenções ao Flamengo, não como se quisesse homenageá-lo, mas representá-lo. Uma vergonha!
O Flamengo de Ney Franco, ao contrário do presente oferecido pela homenagem alemã, está chamando a atenção de todos da pior maneira possível para o Mais Querido. O Flamengo de Ney Franco, o time, está prontinho para colocar o clube na história mais vergonhosa do futebol brasileiro. O time de Ney Franco está se esforçando para entrar para a história do Clube de Regatas Flamengo em sua face mais humilhante. O Flamengo de Ney Franco está pedindo passagem para a Segunda Divisão de 2015!
Um time pequeno e mal treinado se vestindo, tal e qual a Campeã do Mundo, com o Manto Sagrado, mas desta vez sem respeito algum pela instituição e pelos milhões de flamenguistas espalhados pelo Brasil, pela Alemanha e pelo mundo afora. 
O Flamengo esteve desgovernado o tempo inteiro e qualquer resultado que não a vitória dos atleticanos seria uma injustiça - apesar de não acreditar em injustiças no futebol. Felipe continua falhando e falhou feio no primeiro gol do Atlético. A zaga, que penso ser razoável, fica o tempo todo exposta pela fraqueza e má vontade dos volantes, os laterais não existe e até o Fifa 14 já os aposentou, do meio pra frente o Flamengo não existe. Consegue decepcionar mais que o ataque da Seleção Brasileira, goleada pelo rubro-negro que presta. O Flamengo é um time pequeno. E, é bom frisar que os "times grandes" não caem. Clubes grandes com times pequenos caem sim.
Não vejo mudanças na diretoria rubro-negra que remetam a uma realidade diferente dessa. O Flamengo tem um time pequeno e a conduta correta de um, time pequeno em campo não é essa. Se passaremos o ano com esse elenco melhor seria um treinador habituado a times mais modestos. Ney Franco era forte quando se entendia fraco. Hoje Ney Franco pensa que joga o que não joga e, para o bem do Flamengo e de sua tradição, de sua história, deve demití-lo o quanto antes.

Gilmar Rinaldi... É rir pra não chorar.

Bem, alguém em sã consciência achava que a CBF, dona do mais apaixonante patrimônio do povo brasileiro, a Sua Seleção, iria mesmo moralizar a si mesma, demitir toda a sua cúpula e entregar o comando do futebol brasileiro a pessoas como Zico, Leonardo, Raí, Brunoro e coisas do gênero? Por favor, não me façam rir, pois ainda estou com aqueles 7 x 1 entalados na ideia! Entendo que as autarquias do futebol tupiniquim não entreguem o osso sem antes comprarem um mansão em Miami, o que não entendo é que a imprensa esportiva não denuncie as mazelas que estão na cara de todo mundo. Sabem o que a imprensa esportiva brasileira parece? Parece com a autenticação, o reconhecimento de firma de tudo o que fazem e deixam de fazer essa gente que de honesta... Deixa pra lá. Ouvir em coletiva o que tinha a dizer Gilmar Rinaldi sobre o futuro do futebol brasileiro é no mínimo uma mistura sem-vergonha de sarcasmo com prevaricação pública. Nojento!
Gilmar Rinaldi é um empresário!! Ex, segundo ele. Gilmar Rinaldi é oriundo dos meandros mais podres que fazem farte da atividade que envolve o futebol no Brasil. Não entendo! Quer dizer, não entendo o pseudocrédito que entregam à CBF para que ela nos conduza a uma imaginária nova realidade. Pois digo a vocês que a CBF está conduzindo o futebol brasileiro a um próximo 7 x 1, não necessariamente para os alemães. O futebol brasileiro carece de uma revolução e se a cúpula da CBF não pular do penhasco de  mãos dadas essa revolução será apenas uma estorinha.
Tite, Zico e Muricy, segundo a Globo, disputam a vaga de treinador. Tite é um embusteiro de marca maior. Um Mano Menezes piorado! Muricy, para ficar na mesmice, nos traria sua personalidade aparentemente sincera para o comando da Seleção. O que isso significa? Ora, que ou Muricy acabaria mandando Marin e sua corja para a PQP na primeira semana ou, seria demitido na terceira entrevista coletiva. Claro, poderíamos receber um novo Muricy. Um Muricy quieto, matreiro e mancomunado com o poder, pelo poder a ele concedido. Aí seria o fim - mas não excluo a possibilidade do fim. Penso inclusive num fim pior. Que fim seria este? Zico.
Se o Galinho de Quintino aceitar trabalhar com essa gente estará jogando ralo abaixo tudo o que criou a respeito de si mesmo diante do respeito alheio. Zico, em meu entendimento, deveria assumir não o comando técnico da Seleção da CBF, mas a própria direção da CBF! Esse gesto me surpreenderia e me faria acreditar numa revolução moral no futebol brasileiro e, que os alemães iriam penar para nos vencer na próxima Copa. Qualquer coisa que não passe pelos nomes de Zico, Leonardo e Raí não tem cara de coisa limpa. 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

A "triste"volta a realidade.

Recomeça nesta quarta-feira o Campeonato Brasileiro de 2014. Um Campeonato que começou mal, todo errado já em sua configuração. Como não sou adepto do socar ponta de faca ou a enxugar gelo deixarei de entrar em detalhes que já foram por demais debatidos desde o dezembro último. Mas o Brasileirão recomeça hoje e, graças a Deus, repleto de incógnitas. Que Flamengo e que Botafogo entrarão em campo para enfrentar seus adversários e seus problemas? Não faço a mínima ideia. Para aqueles que, pessimistas que são ao avaliarem uma podre realidade, achavam que não haveria Copa no Brasil, Botafogo e Flamengo terão pela frente um único destino: a Segunda Divisão. Mas será mesmo que este será o fim dos dois grandes do Rio de Janeiro? Torço para que não.

O Botafogo

A Copa entrou, ficou, saiu e os salários dos jogadores do Botafogo continuam atrasados. Salários há três meses e Direitos de Imagens há cinco. Um absurdo!! Alguns desejam que os clubes virem empresas. Essa realidade numa empresa deflagraria a falência imediata dessa empresa! Sinceramente não sei até que ponto essa realidade alvinegra influenciará na partida do Fogão. Jogadores de clubes brasileiros já estão acostumados a usar o atraso de salário como fator motivacional na busca por títulos e vitórias. Não dá para entender. Amor pelo clube?! Não me façam rir, por favor. Amor próprio?
Eles nem estudam e não fazem nada por si mesmos, por seus futuros. Atribuo essa relação do jogador brasileiro com o salário atrasado como um desleixo diante da realidade financeira de cada um. O jogadores de futebol ganham muito bem e não são três meses sem dinheiro entrando no caixa que irá desfalcá-los de maneira mais grave. Só pode ser isso.
O Fogão enfrenta o Sport Recife, Campeão Brasileiro da Série B em 1987, hoje às 19:30 na Ilha do Retiro. Parada dura para o Glorioso. Espero que o tempo tenha sido amigo das pretensões táticas e físicas de Vagner Mancini e o Botafogo saia de Recife com a mesma dignidade com a qual chegou. Por que digo isso? Porque um placar adverso contra um forte rival, na casa de seu adversário, com tudo atrasado... Sei não, isso pode fazer com que o fogo chegue ao final do estopim. Por que a palavra dignidade no contexto? Porque se o rubro-negro pernambucano se vestir de Alemanha e o Botafogo se vestir de Brasil as explosões de todas as espécies acontecerão independentemente da relação da pólvora com o estopim.  Vamos ver, sete e trinta. 


O Flamengo

Minhas perspectivas em relação ao Flamengo eram as piores possíveis. A Copa passou, mas minha mente e meu coração ainda permanecem no dia 11 de junho. Não esqueço que o Flamengo povoa a Zona do Rebaixamento de um  Campeonato Brasileiro de baixíssimo nível técnico. Não esqueço da maneira como Jayme de Almeida foi demitido para que o Flamengo pusesse em seu ligar Rinnus Mitchel, também conhecido na Zona da Mata Mineira como Ney Franco. Não esqueço. Nem devemos esquecer que o time de Ney Franco já jogou algumas partidas e se mostrou muito pior e mais perdido que o de Jayme.
Sim, a Copa passou e o Flamengo ficou nas mãos da mente de Ney Franco por mais de um mês. Sinceramente, não acompanhei o desenrolar desse espeço de tempo rubro-negro. Sei que os jogadores, assim que chegaram com merecimento à Zona do Rebaixamento, ganharam 15 dias de férias. Sei lá, deve ter algum mistério que possa, ao ser elucidado, melhorar o quadro que apresenta o futuro do Mengão, mas penso que o passado recente se fará presente e pintará a cara do futuro. Segunda Divisão! Ao menos que alguém tenha aplicado ao time do Flamengo uma fórmula mágica e inédita esse deve ser o grande desafio do Mais Querido - como quase sempre: fugir do rebaixamento. O jogo de hoje será realizado contra o bom time do Atlético do Paraná e, o pior, em Macaé. O Flamengo estará distante de sua torcida mais frequente mais uma vez. Não é bom recomeçar assim. Entretanto, assim que terminar o jogo do Botafogo, volte suas atenções para o Flamengo.


O Brasil na Copa e a Copa no Brasil



E a Copa do Mundo chegou ao seu final. Uma Copa que merece diversas visões de sim mesma, visões desconexas ou não. Prefiro as desconexas. Por quê? Ora, dou logo um exemplo que torna essa desconexabilidade necessária: precisamos separar a Copa do Mundo no Brasil do Brasil na Copa do Mundo. Ambas as partes separadas por diversas partes, antagônicas, óbvias e infelizes. Preferem uma melhor primeira impressão ou um gostinho mais refinado no final?  Pois é, como sou eu quem escolhe, vá acompanhando.


A Copa no Brasil

Um início arrebatador!
Da alemã Santa Cruz Cabrália à holandesa Ipanema, sem esquecermos a chileno-argentina Copacabana, a Copa no Brasil ferveu sem parar diuturnamente. Trocas de gentilezas, culturas e bugigangas permearam encantamentos de todas as partes envolvidas nesse entrelaçamento. Camisas, bandeiras, cocares e uma respeitável organização pra lá, Centros de Treinamentos construídos ou reformados, ambulâncias, estradas, escolas, arte, simpatia, boom no comércio pra cá, tudo acontecendo em meio a festas de euforia de parte a parte. No início da Copa no Brasil já se podia prever que a Alemanha seria quase imbatível, que a Holanda chegaria como segunda força, que o Chile encantaria de maneira surpreendente e que a Argentina não só faria na entrada como também na saída. Faria o quê? Ora, o que seus atacantes fizeram diante de Manuel Neuer e seus torcedores fizeram na praia, no Sambódromo e nos diversos lugares onde foram muito bem recebidos, acolhidos. Todavia, poupar-me-ei de hablar sobre argentinos. Posso? Danke!
Destaques da Copa: Bastian Schweinsteiger e Arjen Robben. Destaques da Copa! Ainda divagando sobre o início da Copa no Brasil... Esses dois caras foram sensacionais! Logo no início de cada um deles  em nossas terras um apareceu jogando frescobol nas areias de Ipanema e o outro chapadão, de alegria, berrando o hino do Bahia. Espetacular! Ah, e o Messi? O Messi a esta altura devia estar ensaiando seus dribles. Não, não estamos falando de futebol ainda. Messi ensaiava os diversos e mal educados dribles que deu nas diversas crianças que por sua atenção procuravam antes de procurarem por seus dribles. E a Copa no Brasil começou esplendorosa e cativante.


O Brasil na Copa

Um início pra lá de preocupante foi o que nos ofereceu a Seleção Brasileira logo que se defrontou com seu primeiro desafio, a Croácia. Não fosse um pênalti mal marcado pelo árbitro a partir de uma encenação cafajeste de nosso arremedo de centroavante e a Seleção Brasileira poderia encaminhar um adeus talvez mais melancólico, porém menos humilhante, logo no início do certame. Em entrevista a Bandeirantes... gozação?! Não! Fui abordado no entorno do Maracanã no último Flamengo e Cruzeiro do Brasileiro de 2013 por uma jornalista da Rede Bandeirante que perguntou sobre o uniforme rubro-negro que seria utilizado pela Alemanha na Copa, e sobre minhas expectativas em relação à Seleção Brasileira. Claro, enquanto meus olhos se admiravam diante do Manto Alemão, disse a ela que o primeiro jogo me preocupava, pois se a Seleção Brasileira tropeçasse diante dos croatas para ter de vencer mexicanos e camaroneses iriam se enrolar. Por que, perguntou a jornalista. Ora, porque além de fregueses dos mexicanos nossa Seleção contava em suas fileiras com garotos muito novos e, aparentemente inseguros demais para reverter uma cena contrária diante de um estádio cheio, provavelmente lhes vaiando. Não sou vidente, mas as lágrimas do capitão Thiago Silva mais ou menos transformaram em fato a minha tese exposta em dezembro de 2013. O Brasil começou mal na Copa. Sabíamos no início que não iríamos muito longe no que dependesse de nós mesmos. A esperança? Que não surgissem uma Alemanha poderosa, uma Holanda instigante e concisa e, muito menos um Messi inspirado. O Messi não inspirou ninguém, mas os alemães e os holandeses...


A Copa no Brasil

Praias cheias, aldeias lotadas, Dunas enlouquecidas, Lapas fervilhantes, a Copa no Brasil seguiu sua sina enlouquecedora. Todos os povos aqui presentes regozijavam-se em alegrias sóbrias e nem tão sóbrias assim. Uma festa inesquecível e inigualável. Não sei se o Rio e sua Olimpíada conseguirão suplantar o clima que envolveu nosso país onde, claro, o próprio Rio está incluído. Isso fora dos gramados.
Nos gramados jogos maravilhosos com jogadas e gols maravilhosos se sucediam. Arquibancadas cheias, fan fests botando pelo ladrão. Poucos ladrões. Os jogos foram sensacionais e geraram surpresas ainda mais sensacionais. Espanhas goleadas, Costas Ricas desbancando campeões mundiais e os devolvendo pra casa; dentadas, dribles, cabeçadas, uma Copa digna daquilo que representa não só uma Copa, mas as melhores expectativas sobre uma Copa. Jornalistas de todo o mundo se rendendo ao Brasil. Não um Brasil país, mas um Brasil povo, um Brasil no seu jeito de ser. Deste legado ninguém falou nada antes. Certamente será o nosso melhor. Temo ser o único. O Brasil estava lindo e funcionando. O tempo não precisava passar.


O Brasil na Copa

Ufa!! Conseguimos passar, sabe lá Deus como, pela primeira fase e, o melhor: escapamos da Holanda na fase seguinte. Escapamos de voltarmos para o exterior – é de onde vêm nossos pseudocraques. Enfrentamos o Chile.
 Por dez centímetros conseguimos passar pelos chilenos, outrora um pequeno percalço. A Seleção do Chile é melhor que a do Brasil. Muito melhor! Mas nos classificamos aos trancos, barrancos, lágrimas e atitudes lamentáveis. Os brasileiros estavam, àquele momento, embevecidos com a Copa no Brasil e deram pouca importância ao Brasil na Copa. E assim fomos para cima dos colombianos. Colômbia, outra seleção melhor que a brasileira. Outrora, menos que um percalço.  Mais uma vez, passamos e estávamos classificados para as semifinais.
Fala sério aí... Alguém esperava mesmo que a Seleção Brasileira passasse pela Alemanha de Bastian Schweinsteiger? Duvido! Estávamos sem o nosso ópio! Neymar fora ferido por Zuniga e estava condenado a assistir as partidas ao lado de Bruna Marquesini debaixo de um edredom  qualquer – coitado! O Brasil estava fadado à eliminação. Mas não contávamos com a falta exagerada de astúcia de nossos jogadores.


O Brasil na Copa (uma inversão aqui para que o texto fique se entenda)

7 x 1. Não poderia começar este parágrafo com qualquer expressão diferente dessa. O Brasil, a Seleção Brasileira, na Copa do Mundo realizada em sua casa, sofreu a maior humilhação de sua história – sorte que não foi para os argentinos. Fomos “piedosamente” goleados pelos alemães por 7 x 1! Uma goleada sofrida diante de um Minerão lotado pela classe média com poder aquisitivo para comprar os caros ingressos da FIFA. Uma goleada emplacada com requintes de crueldade. Não uma crueldade baseada na ação alemã, mas no comportamento de nossos meninos chorões e desequilibrados. Àquilo que chamam de apagão eu chamo de: “Meu Deus, preciso chorar e não sei se posso aqui e agora! E agora!?”. Pois é, enquanto nossos, segundo a opinião do lateral Marcelo, craques se comoviam em seu próprio drama a Alemanha tocava a bola brincando, sem se incomodar com quem estava do outro lado e nem como estaria o lado emocional de quem estava do outro lado. Os leitores mais antigos (nem sei se tenho leitores) haverão de se lembrar de que era mais ou menos assim que outrora fazíamos com nossos adversários do tipo Colômbia e Chile. Um vexame eterno!
Já dizia a Bíblia se referindo a Jesus Cristo: “E o verbo virou carne.” Todas as piores expectativas sobre nossa temerosa participação nessa Copa do Mundo desceram sobre nossas cabeças sem atritos e nem obstáculos. Choveu decepção em BH de maneira torrencial! E repito: contamos com a piedade alemã, sentimento até antes inimaginável naqueles que Hollywood nos apresentou como sanguinários covardes e impiedosos. Pois eles, os alemães, não quiseram empurrar um 10 x 1 em nossa história. A Alemanha estava na Final da Copa do Mundo. Os alemães enfrentariam os argentinos que, por sua vez, não se sabe como, eliminaram a encantadora Holanda de Robben – uma pena. Alemanha e Holanda fariam a final que esta Copa merecia. Talvez este tivesse sido o pormenor dessa Copa. Não foi porque ver os argentinos perdendo uma Copa do Mundo numa final no Brasil, não tem preço.
A Alemanha, contrariando geral, não as expectativas, mas os que esperava vê-los mais uma vez de Rubro-negros, encaçaparam um 1 x 0 convincente na Argentina de Messi em pleno Novo Maracanã.  Mario Gotze com um golaço no final da prorrogação eliminou as esperanças argentinas de serem campeões mundiais em solo brasileiro, como foram no passado infernal e remoto nossos hermanos uruguaios. O Brasil encerrara sua participação vexatória em su Copa do Mundo com mais uma derrota acachapante, dessa vez para a Holanda. Holanda que, ao contrário de todos os jogadores dessa Seleção Brasileira mequetrefe, deixará em todos nós uma belíssima saudade. Saudade esta ilustrada pelas excepcionais arrancadas de Robben e pelo belíssimo gol de Van Persie no sacode imposto aos espanhóis.  Fim do Brasil na Coda do Mundo no Brasil.


A Copa no Brasil

Não só houve Copa do Mundo no Brasil como talvez tenha sido a melhor e mais espetacular Copa de todos os tempos. Chamaram-na de Copa das Copas. Não posso discordar disso e me orgulho muito na concordância. Sim, temo que a beleza desta Copa, a organização dessa Copa tenha como destaque a ausência de um jornalismo sério e isento que possa ter nos privado de imagens de violência, atrasos, roubos e furtos aos turistas e filas nos estádios. Não sei, alguém já teria aberto o bico. Mas até a Polícia do Rio de Janeiro funcionou!!! Ah... Prefiro acreditar no que me foi mostrado – ao menos dessa vez. Coadunam de meus sentimentos torcedores e jogadores de todas as seleções que aqui estiveram neste curtíssimo período de tempo. Uma pena que esta Copa tenha terminado. Mas terminou. A satisfação daqueles que nos visitaram é o nosso melhor licor para um fim de festa tão vazio.  Espero que o país termine as obras que ainda não foram concluídas e que passe a respeitar os brasileiros como respeitou os estrangeiros. Espero que os estrangeiros voltem a nos visitar e contem de nós em seus países como um povo acolhedor, mas não submisso, quente, mas não prostituto, simpático, mas não bobo. Um povo e um país que hoje caminham nos passos que já foram dados na história de alguns desses países, onde seus “nativos” são tratados com respeito e dignidade por seus governantes e por sim próprios. Que nosso governo, antes até nossos eleitores, saibam conduzir nosso país num caminho de menos corrupção e mais amor próprio, pois se não tudo isso, toda essa explosão de alegria e satisfação terá sido apenas um acidente, e não um legado.

Quero ver na Olimpíada!!