quarta-feira, 16 de julho de 2014

A "triste"volta a realidade.

Recomeça nesta quarta-feira o Campeonato Brasileiro de 2014. Um Campeonato que começou mal, todo errado já em sua configuração. Como não sou adepto do socar ponta de faca ou a enxugar gelo deixarei de entrar em detalhes que já foram por demais debatidos desde o dezembro último. Mas o Brasileirão recomeça hoje e, graças a Deus, repleto de incógnitas. Que Flamengo e que Botafogo entrarão em campo para enfrentar seus adversários e seus problemas? Não faço a mínima ideia. Para aqueles que, pessimistas que são ao avaliarem uma podre realidade, achavam que não haveria Copa no Brasil, Botafogo e Flamengo terão pela frente um único destino: a Segunda Divisão. Mas será mesmo que este será o fim dos dois grandes do Rio de Janeiro? Torço para que não.

O Botafogo

A Copa entrou, ficou, saiu e os salários dos jogadores do Botafogo continuam atrasados. Salários há três meses e Direitos de Imagens há cinco. Um absurdo!! Alguns desejam que os clubes virem empresas. Essa realidade numa empresa deflagraria a falência imediata dessa empresa! Sinceramente não sei até que ponto essa realidade alvinegra influenciará na partida do Fogão. Jogadores de clubes brasileiros já estão acostumados a usar o atraso de salário como fator motivacional na busca por títulos e vitórias. Não dá para entender. Amor pelo clube?! Não me façam rir, por favor. Amor próprio?
Eles nem estudam e não fazem nada por si mesmos, por seus futuros. Atribuo essa relação do jogador brasileiro com o salário atrasado como um desleixo diante da realidade financeira de cada um. O jogadores de futebol ganham muito bem e não são três meses sem dinheiro entrando no caixa que irá desfalcá-los de maneira mais grave. Só pode ser isso.
O Fogão enfrenta o Sport Recife, Campeão Brasileiro da Série B em 1987, hoje às 19:30 na Ilha do Retiro. Parada dura para o Glorioso. Espero que o tempo tenha sido amigo das pretensões táticas e físicas de Vagner Mancini e o Botafogo saia de Recife com a mesma dignidade com a qual chegou. Por que digo isso? Porque um placar adverso contra um forte rival, na casa de seu adversário, com tudo atrasado... Sei não, isso pode fazer com que o fogo chegue ao final do estopim. Por que a palavra dignidade no contexto? Porque se o rubro-negro pernambucano se vestir de Alemanha e o Botafogo se vestir de Brasil as explosões de todas as espécies acontecerão independentemente da relação da pólvora com o estopim.  Vamos ver, sete e trinta. 


O Flamengo

Minhas perspectivas em relação ao Flamengo eram as piores possíveis. A Copa passou, mas minha mente e meu coração ainda permanecem no dia 11 de junho. Não esqueço que o Flamengo povoa a Zona do Rebaixamento de um  Campeonato Brasileiro de baixíssimo nível técnico. Não esqueço da maneira como Jayme de Almeida foi demitido para que o Flamengo pusesse em seu ligar Rinnus Mitchel, também conhecido na Zona da Mata Mineira como Ney Franco. Não esqueço. Nem devemos esquecer que o time de Ney Franco já jogou algumas partidas e se mostrou muito pior e mais perdido que o de Jayme.
Sim, a Copa passou e o Flamengo ficou nas mãos da mente de Ney Franco por mais de um mês. Sinceramente, não acompanhei o desenrolar desse espeço de tempo rubro-negro. Sei que os jogadores, assim que chegaram com merecimento à Zona do Rebaixamento, ganharam 15 dias de férias. Sei lá, deve ter algum mistério que possa, ao ser elucidado, melhorar o quadro que apresenta o futuro do Mengão, mas penso que o passado recente se fará presente e pintará a cara do futuro. Segunda Divisão! Ao menos que alguém tenha aplicado ao time do Flamengo uma fórmula mágica e inédita esse deve ser o grande desafio do Mais Querido - como quase sempre: fugir do rebaixamento. O jogo de hoje será realizado contra o bom time do Atlético do Paraná e, o pior, em Macaé. O Flamengo estará distante de sua torcida mais frequente mais uma vez. Não é bom recomeçar assim. Entretanto, assim que terminar o jogo do Botafogo, volte suas atenções para o Flamengo.


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