sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Um inexplicável Fluminense



Fico com enorme receio de escrever sobre o Fluminense e sua impressionante campanha neste Brasileiro. Brasileiro este que possuía enorme vocação para ser equilibrado o tempo inteiro mas, que de equilibrado  teve mesmo pouco tempo, muito pouco tempo. Na maior parte do campeonato o Fluminense fez como faz em seus jogos: bola aos incompetentes. Você é o Flamengo?  - “Sim.”. Então não saberá o que fazer com ela, a bola,  a qualquer momento irei a sua área e farei o meu gol. Você é o Galo Mineiro? – “Sim, sou  e estou com a casa cheia para te enfrentar.”. Tudo bem Galo Mineiro, dê a alegria que seu povo pagou para receber, não precisarei vencê-lo para alegrar os meus. Você é o Coxa Branca? – “É o que dizem.”. Bem, sendo assim deixe-me te meter um gol logo que é para você saber onde você está e contra quem está jogando. Assim foi o Fluminense na tabela o tempo inteiro. Primeiro, segundo, terceiro... Não sei ao certo se o Fluzão desceu ao quarto. Mas tenho receios de falar deste Fluminense tão senhor de si. Torci para um time assim num tempo atrás... Sim, era o time que à época representava o meu Clube do Coração – todos sabem por aqui que clube é este. Talvez os daltônicos não... – mas tenho as sensações daquele time, daqueles tempos, vivas em minhas melhores lembranças.
A partir daquele tempo, além das alegres sensações de invariavelmente estar indo ao estádio para assistir a mais uma vitória, juntou-se a elas uma sensação estranha; uma sensação que precisei entender, além, é claro, de senti-la. Era uma sensação que talvez represente a Era Jurássica em todo coração rubro-negro daquilo que os torcedores dos demais Clubes chamam de “marra flamenguista”.  Era a sensação de ter a nítida impressão de que os demais torcedores não entenderiam, mesmo que se esforçassem, o que era ser rubro-negro, torcedor do Flamengo na essência, no âmago de lágrimas e sorrisos, ou de sorrisos com lágrimas. Não pretendo entender o Fluminense de hoje a partir de minhas sensações de outrora. Quero usar dessas sensações justamente para justificar o meu não-entendimento do que acontece ao time e ao coração Tricolor de hoje. Quero embasar meus receios.

Assisti a pedaços de alguns dos jogos mais recentes do Fluminense no Brasileiro e percebi que o jogador Tricolor sabe exatamente o que significa a Camisa que ele enverga. Desde o Gum até o Deco, todos parecem ter a Camisa do Fluzão como uma extensão de suas peles, melhor, de suas almas. Confiantes, eles simplesmente se colocam diante de seus adversários e expressam essa sensação. 
Não quero aqui explicar o jogo em si. Não sou comentarista profissional e duvido muito que os comentaristas profissionais que não meteram os pezinho numa bola possam manifestar a sensação que estou sentindo neste momento e entenderem o que se passa no coração de cada jogador do time de Abel Braga – duvido!  O Fluminense entrou no 4-4-2, passou a atacar num 3-5-2...” Balela! Tudo isso é enfeite para dizer aos outros aquilo que simplesmente não entendem. Assim, alguns comentaristas esportivos - a maioria, os que não jogaram – explicam o Tricolor que ganhará este Brasileiro com os pés nas costas. Este Fluminense não se explica a quem não é Tricolor, e jamais poderá ser explicado por quem não sente o que acontece ao Torcedor do Fluminense 

As palavras acima são tentativas de demonstrar o que você, que não é Torcedor do Fluminense, não conseguirá entender. São apenas tentativas. Deixo claro mais uma vez: tentativas frustradas. Frustradas não, pois não carregam minha pretensão, mas sim meu reconhecimento. Tentativas vãs. Não se pode explicar a dor. Este Fluminense deve doer em cada Coração Tricolor como dói a própria vida. Já disseram que viver na intensidade é doer-se, é sentir o sangrar e o alívio se alternando enquanto sensações. Olho as arquibancadas em verde, vermelho e branco e vejo os sorrisos sucedendo ao arregalar de olhos intensos, em olhares tensos, em alegria intensa, em vida, em dor... É lindo demais! Inveja? Não, saudades.  O Fluminense de hoje não se explica, se sente e, para sentir o Fluminense você precisará ser Torcedor do Tricolor. Terá  obrigatoriamente de trazer consigo todas as outras sensações que não esta, a de ir ao estádio para ver o quanto, de quanto, contra quem. Terá de carregar seu passado junto a alma. O Fluminense de hoje é isso. Os jogadores e sua confiança nos passam isso durante as partidas. Uma confiança “quase-marra” que acaba invadindo o coração e saindo pela boca e dedos dos seus Torcedores que hoje são, sem dúvida alguma, os mais felizes do país. Parabéns a você Tricolor. Tudo terminará bem, não se preocupe, mas vá ver de perto.

Só torço aqui, de coração sincero, para que essa "quase-marra" se transforme logo em felizes  saudades.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

"...Tomara que seja assim contra o Flamengo..."

Ronaldinho Gaúcho, também conhecido no Triângulo Mineiro como "Erre Quarenta e Nove", parece querer acertar o desenvolvedor de fúria que há em todo rubro-negro de bom coração ao enviar seu desejo-ameaça pela internet à nós, pobres mortais com nosso peculiar jeitinho de deuses. O mequetrefe deseja repetir sua excelente e única excepcional atuação do jogo contra o Fluminense no último final de semana. Ora, ora Ronaldinho Gaúcho, vá Seedorf meu filho!!! Não se esqueça que não faz muito tempo você teve a oportunidade que calar a Maior Torcida do Brasil com seu futebol vagalume, mas... como você jamais jogou uma partida decente no Rio de Janeiro, mais uma vez seus torcedores sairam decepcionados do Engenhão. 

Claro, não sou bobo de cutucar o amigo sem um remedinho para aqueles que literalmente terão de enfrentar um Galo enfurecido no terreiro alheio, por isso conclamo a todos os jogadores do Flamengo que lêem meu Blog para que todo cuidado seja tomado com o fanfarrão - o cara quando quer joga bola.
É importante também avisar aos nossos compatriotas que o problema do Flamengo não se resumirá ao falastrão, todo o time do Galo entrará em campo com uma postura diferente daquela "amaricada" que enfrentou o Flamengo em nossos domínios. Por isso prego que para combater a postura diferente que certamente os mineiros apresentarão no Independência, o Flamengo deverá imprimir exatamente a mesma postura dominadora que empregou no jogo do Engenhão. Caberá ao jogador rubro-negro a missão de esquecer que nas arquibancadas do estádio mais de dez mil vozes estarão gritando pelo Galo. O jogador do Fla terá de abstrair tudo aquilo que não for  sua vontade de vencer o jogo. Os jogadores do Flamengo precisarão entender que estarão vestindo uma camisa maior que o "Erre Quarenta e Nove", maior que o Independência e maior que o próprio Galo Mineiro. Basta querer. Com vontade e a mesma disposição impostas pelo Flamengo no jogo do Rio, chego a pressentir que a vitória sairia até com uma facilidade maior, tamanha pressão pela vitória que sofre hoje o time do nosso chorão-mor. 

Conselho ouvido é conselho dado. Agora, se os jogadores do Mengão entrarem em campo com a mesma viadagem com a qual o Gaúcho e seus asseclas pisaram a "graminha" do Engenhão... aí o Flamengo tomará um ferro inesquecível. Abra o olho Mengão e, por favor, vamos honrar a camisa que vocês estarão usando.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Proteste contra quem protesta o seu direito de protestar


Sei que o assunto já está batido, mas acreditem, este assunto fica melhor batido e mexido (desculpe James) que esquecido no subcosnciente de alguns fomentadores de opiniões inoportunas e desagradáveis. Sim, há este tipo de linha de raciocínio e há também gente ralé disposta a difundí-la em nome do bem estar do sistema que, mais uma vez repito, acreditem, existe.
A faixa exposta por uma torcedora do Náutico em Setembro último acabou levando o time pernambucano à julgamento pelo STJD. Se isso não é uma manifestação expressiva da ditadura que um dia assolou e matou este país, não sei mais o que é. O fato do Náutico ter sido absolvido não abranda o acontecido. Julgar alguém que pagou ingresso para um espetáculo e resolveu taxá-lo de péssimo, de gosto duvidoso e de suspeito é no mínimo uma ofensa à liberdade de expressão a nós garantida por uma constituição. Sim, mas como disse o locutor global Luiz Roberto, tratava-se de uma festa particular e o indivíduo que abriu a faixa não tinha o direito de fazê-lo na festa alheia. Festa alheia?!! Festa alheia o escambal!!!
Quantos milhões de reais movem o futebol brasileiro - você, amigo ouvinte,  sabe exatamente o destino desses milhões e reais que, diga-se de passagem, saem dos bolsos quase vazios desses convidados frequentadores de "festas particulares". Já fico puto por pagar uma fortuna de SKY e mais per-pay-view para ver um monte de erros de arbitragem, um bando de pernas-de-pau e os jogos comprados sendo remarcados de datas e locais de disputa sem que ninguém me avise com antecedência ou me pergunte se pode mexer no produto que comprei. Para atitudes como essa sim, devia o STJD manter uma regulamentação proibitiva. Agora, calar o pensamento dos outros...! Não! Há um fato novo nessa volta velada do comportamento ditador sustentado hoje e no passado pelas mesmas "pessoas", pelo mesmo jeito de pensar. Querem julgar o Galo Mineiro pelo protesto lícito e conveniente de sua torcida que expôs um mosáico tricolor com as letras C, B e F. Pelo amor de Deus! O STJD se baseia no seguinte texto retirado do contexto conhecido como Estatuto do Torcedor: "inciso IV do artigo 13-A  "Não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenófobo"" Mensagens ofensivas diz o texto... Coibir a manifestação do pensamento alheio... essa é a mensagem ofensiva que esses episódios trazem à tona, do passado. O que é isso?  A "mãe" de todos os árbitros agora terá de deixar a "vida fácil"?  Políticos e árbitros de futebol não poderão mais receber a alcunha de "ladrão!!" fiu, fiu, fiu "ladrão!!? Façam-me o favor? 
Diz a lenda popular envolvida nas "festas particulares" da CBF e da Rede Globo que as árbitragens tendem normalmente ao favorecimento do "ime grande" em detrimento do time pequeno. É verdade isso? Diz também a mesma crendice que existem "árbitros caseiros" aliás, essa descrição é atribuída a alguns árbitros daqui e do exterior pelo maior corporativista vivo do futebol tupiniquim ao analisar algumas arbitragens de alguns jogos, o Sr Arnaldo César Coelho.  Várias vezes ele se referiu a arbitragens chamando-as de caseiras. Aí eu pergunto: o visitante que teve o desprazer de se defrontar com essa "arbitragem caseira" e que pagou ingresso, caro, diga-se de passagem, não tem o direito de reclamar dessa arbitragem que deferia estar presa e não apitando? 
O Fluminense provavelmente será o campeão brasileiro deste ano e, não fiz essa pesquisa, mas se confrontados erros a seu favor com os erros contrários à sua causa pode ser até que saia como injustiçado. Mas não podemos negar que os erros favoráveis à causa Tricolor ocorreram seguidamente e isso chamou a atenção do pensamento passional de todo torcedor que não torce pelo Fluzão. Ora, se o Cuca vai à imprensa e reclama de conspiração a favor deste ou daquele time, que o sistema ao qual o Cuca faz parte e, baseado em regulamento, se manifeste contrário ao treinador e o puna, mas punir a livre manifestação intelectual de um torcedor de futebol... Ditadura!! 
Como diria um velho amigo meu do qual o nome não me vem à memória, a CBF e a Rede Gliobo não têm envergadura moral para coibir o pensamento contrário às suas atitudes. São duas instituições para lá de suspeitas e de legitimidade, digamos, discutíveis. Seja na política, seja no futebol, ou mesmo na política que envolve o futebol, nenhuma das duas instituições possui voto da minha confiança para fazer nada em meu nome, muito menos punir alguém que apenas manifestou seu direito de tocar a lisura de um espetáculo caro, pelo qual paga e é constantemente maltratado pela estrutura que o cerca. Honestidade é o mínimo que a segurança de qualquer torcedor-cidadão pode exigir do "sistema".

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

domingo, 21 de outubro de 2012

Time grande não desce - mesmo com um elenco e diretoria medíocres.

Os dois melhores times do Brasileiro de 2012 enfim travaram o duelo com a cara do status que carregam - jogão!

Que Flamengo e São Paulo o quê!!!!! Refiro-me ao jogaço de bola travado pelo Atlético Mineiro de Ronaldinho Gaúcho e o Fluzão de Jailson Macedo Freitas - brincadeirinha... ao Fluzão do... Dos meus amigos Tricolores. Por que isso? Porque não assisti a partida e minhas informações advém dos comentários sobre o jogo, dos melhores momentos aos quais assisti e, dos momentos nos quais o jogo do Flamengo contra o Sum Paulo ficava insosso e eu acabava zapeando o canal. O jogo do Flamengo foi muito chato, mas muito chato, demais!
Ao contrário, o jogo entre Fluminense e Galo foi sensacional, digno da expectativa que por ele alimentamos a semana inteira. O Fluminense, que imaginou ser pressionado desde o início deve ter se surpreendido com o Galo usando de uma arma muitas vezes utilizadas por seu rival. O Galo deu a bola ao Flu e disse: "vem!" Claro, até certo espaço do campo. A partir desse limite os vorazes jogadores comandados de Cuca voavam em cima do possuidor da bola e dele a arrancavam criando assim infernais contra-ataques que, se finalizados com um pouco mais de capricho, fariam do Galo vencedor absoluto já no primeiro tempo. Mas os atacantes tinham o melhor goleiro do campeonato pela frente e sua tarefa então dificultada por este pequeno detalhe. O Fluminense jogou como jogou até aqui. No seu ritmo quase saiu com um empatezinho com gosto de caneco do Independência, mas... mas... Ronaldinho Gaúcho estava em um de seus dias e selou a vitória do Galo colocando a bola com a mão na cabeça de Leonardo Silva, no gol da vitória mineira.
Sei não... A gordura ainda é grande, mas aqui em casa hoje rolou uma picanha com a gordura saborosa, sabem onde está a gordura agora? Abre o olho Fluzão!!! Penso que o Galo embalará e isso desmontará minha expectativa no título do Flu. Imaginava este pobre escriba que o Fluminense não precisaria se esforçar para ser campeão, mas agora penso diferente. O Galo passará o carro em seus adversários, inclusive no meu Mengão, e isso obrigará o Flu a fazer o seu direitinho, até o final. Jogão!!

Flamengo e São Paulo? Ah!!! Vá procurar uma coisa pra fazer!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O perigoso abraço do urso.

Aproxima-se a Copa do Mundo de 2014, a Copa do Mundo no Brasil. No próximo ano já teremos a Copa das Confederações e este evento transformará finalmente a relação do povo brasileiro para com a sua Seleção.  Hoje essa relação está totalmente abalada. Verdade, quase totalmente, pois o que não está abalado está esquecido. Passei hoje pelo centro da Tijuca atrás de um "café-da-manhã" Entrei num bar e lá estava passando o jogo no qual a Seleção Brasileira enfrentava os japoneses. Demorei uns cinco minutos para ser atendido. Não, não imagine assim tão rapidamente que a atenção a qual buscava estava em poder do monitor que exibia o jogo, não estava. Aliás, as pessoas passavam pela rua, dava uma espiadela e seguiam seu caminho. Eu e o monitor, mais ninguém. Sete minutos depois de minha entrada no estabelecimento comecei a tomar o meu café. Eu e o monitor. Até a Era Dunga se apossar da Seleção Brasileira, capitaneada pela Era Ricardo Teixeira, essa realidade era impossível de ser sonhada. Uma Seleção Brasileira na TV parava tudo e todos. Certamente eu teria dificuldades para tirar a atenção do atendente do bar da telona pendurada na parede. Hoje, infelizmente, não é assim. Mas 2013 vem aí e com ele o "Espírito da Copa do Mundo".
Você não acredita em espíritos?!! Cético! Nem no Espírito de Natal?! Ah! Não negue que Dezembro é um mês diferente dos outros, com uma exacerbação de harmonia e compreensão de todos para com todos... É sim! Existe o Espírito de Natal e este espírito tem como hábito a vontade de presentear, talvez perdoar. Citei um pouco acima o Espírito da Copa do Mundo. O Espírito da Copa do Mundo tem como principal característica um abraço. O povo, envolvido por este espírito tende a abraçar a Seleção Brasileira, fazendo dela um pendão da pátria a ser defendido a qualquer custo.O povo abraçou a Seleção do Dunga!! Perdi um amigo por causa desse abraço, pois abraçamos de olhos fechados e, não sei porque, os meus estavam abertos. Perdi um amigo que recuperarei  assim que descobrir o e-mail dele - mas essa é uma outra história. Abraçada pelo povo, a Seleção Brasileira recebe um monte de presentes indiretos. Ruas pintadas, cartas quilométricas, compra de produtos da CBF, os clubes são relegados ao segundo plano, os comentários abusam do ufanismo, enfim, é Deus no Céu e a Seleção Brasileira na Terra. Tudo isso é muito maravilhoso e dura o tempo em que a Seleção retorna os carinhos recebidos com vitórias - não, atuações convincentes não são mais fundamentais, as vitórias sim. 
Caso não haja o retorno vitorioso da Seleção abraçada, o abraço se desfaz e os culpados pelo fracasso são caçados em todos os lugares onde antes as flores transbordavam. Ruas pintadas são pixadas, as cartas são transformadas em gritos, brados de protestos; os camelôs se desfazem imediatamente das camisolas e bandeirolas que aludiam a Seleção derrotada, os comentários ufanistas viram críticas ferozes com um "eu já sabia" embutido em cada comentário, enfim, "o dia virou noite, o céu foi pro além..." Até mesmo o presidente da CBF vira as costas para o infeliz do treinador da vez e o execra carregando-o com toda a culpa pelo fracasso. É assim que acontece e tem acontecido até aqui. Houve um momento em que essa transformação ocorreu de maneira diferente, mas a maioria de nós ainda não estava por aqui. Por isso não me utilizarei do que li a respeito para mensurar o próximo abraço. Utilizarei-me apenas de minha visão e meus receios. A próxima Copa do Mundo será no Brasil e esse abraço não será como os outros mais recentes. Esse abraço será apertado. A Seleção Brasileira ainda não tem sua cara pronta e nem seu corpo formado à disposição desse abraço, mas mesmo assim esse abraço já se manifesta em todos os seguimentos da sociedade tupiniquim. Gostaria de ter assistido ao jogo do Brasil contra o Japão para enriquecer este meu comentário, mas a labuta e a rapidez com as qual tomei meu café não me permitiram ver a maior parte do jogo. Gostaria de ter assistido a partida para poder medir o grau de ufanismo nos comentários a respeito da atuação da Seleção. Será só força do abraço ou o Brasil está ganhando uma identidade mais coesa, uma cara, uma Seleção? Não sei. Mas a Seleção ficará pronta, mais cedo ou mais tarde. Eu penso que já está tarde.
Pronta, no ano da Copas das Confederações, a Seleção Brasileira finalmente ganhará seu abraço quadrianual. Só que este abraço será diferente demais de todos os demais (gostaram do meu trocadilho com "demais"? Demais não é mesmo!?) mas, este abraço será mais apertado, terá mais afago e carinho, provocará uma quantidade maior de tintas e pincéis, porque as ruas serão poucas à época; precisarei me conter ao criticar críticos e comentaristas para os quais Pelé terá descido do Olimpo e incorporado em todos os atletas do escrete brasileiro, enfim, o abraço será muito, mas muito mais apertado. Entretanto...
Entretanto, é bom que os responsáveis pelo Selecionado Brasileiro entendam que esta abraço de anjo poderá se transformar em um abraço de urso, daqueles bem apertado e perigoso ao mesmo tempo. Um abraço terrível e destrutivo que, amigos acreditem-me, não precisará esperar por fracassos mais acentuados. Chego a imaginar que os primeiros vinte minutos de qualquer jogo que seja, o da estréia por exemplo, mal disputado pela Seleção Brasileira poderá desencadear uma vaia tão estrondosa que nervo algum permanecerá ileso e o time inteiro poderá sucumbir naquela e nas próximas partidas. Não adianta pedir ao povo para agir diferente. A Seleção Brasileira precisará ser uma Seleção diferente daquilo que tem demonstrado ser até aqui. Se isso acontecer e o povo por qualquer motivo abandonar os comandados de Mano Menezes ´pelo meio do difícil caminho... acontecerá uma derrota e uma reação a esta derrota que nem o Ricardo Teixeira, mesmo se morto estiver, escapará dos pixadores de ruas, das escribas, do povo de uma forma geral e, do pior elemento que precisará ser enfrentado: o comentarista traído pelo fracasso. Nossa! Os jogadores terão de jogar no Afeganistão e o treinador terá de mudar de profissão - onde está o Dunga? Os dirigentes da CBF serão banidos da entidade "particular" e o Luiz Roberto do Sportv entrevistará o próximo presidente da CBF, que anunciará o nome do novo treinador ao mesmo tempo em que, junto ao locutor, acabará com a carreira do treinador derrotado. A Seleção Brasileira estará neste momento sufocada, esmagada, por um abraço, aquele que eu citei no título deste post.

domingo, 14 de outubro de 2012

O Fluminense não precisa disso!!

Não sou Tricolor, mas minha simpatia ao clube exige que nessas últimas oito rodadas o Fluminense exiba um futebol compatível com seu elenco e faça com que esses repetidos erros de arbitragem em seu favor sejam creditados apenas à fraqueza dos bisonhos árbitros que a CBF escala e possui em seus quadros. É só isso.

Fraca atuação do fraco árbitro "Zézinho" Daronco, tirou a vitória do fraco Flamengo sobre o fraco Cruzeiro.

Vagner Love e Montillo... O resto pode ser ensacado e deixado nas portas das respectivas diretorias de Flamengo e Cruzeiro. Um peladaço cheio de emoção foi o que vimo ontem no Engenhão quando Flamengo e Cruzeiro empataram por 1 x 1. Flamengo deixou de somar preciosíssimos três pontos que lhe dariam uma tranquilidade enorme para as próximas rodadas. Não aproveitou o fato de estar diante de um fraquíssimo adversário que, de certa forma, também deixou escapar, por que não, uma vitória que em alguns lances lhe foi ofertada pela defesa rubro-negra. Fosse o jogo em Belo Horizonte e o Mengão não teria tido tanta sorte nas bisonhas entregas que proporcionou à Raposa.
O Flamengo descerá? Não acredito. Talvez sim, pela atuação frente ao Bahia e frente ao Corinthians, mas não garanto tal fracasso pelo que vi no jogo de ontem. Apesar de bisonho em sua tentativa de suplantar seu adversário, o Flamengo até que jogou arrumadinho, como um Nova Iguaçu em seus bons tempos de surpresa no Carioca. Defesa marcando direitinho, as jogadas acontecendo e o nosso bravo Vágner Love lutando contra tudo e contra todos na tentativa desesperada do gol. Uma coisa ficou clara: o Mengão ainda não tem um ataque treinado para infernizar seus adversários. O meio campo do Fla não consegue criar nada que não envolva o centro da área adversária. Ramon e Wellinton Silva são mal utilizados e quando conseguem uma jogada pelas laterais normalmente essa jogada é fruto de uma tentativa individual e não combinada nos treinos. Mas, ainda assim o Flamengo tentou sua vitória. Tentou e conseguiu. Só que o ataque do Flamengo não contava com a astúcia, a mediocridade e a ignorância do árbitro da partida cujo o nome eu me dou o direito de não escrever em meu Blog. 
O árbitro da partida e seus auxiliares, tanto pelos cantos como os que ficam atrás das balizas, são de uma insuficiência técnica de dar dó. São fracos!! Não, não são mal intencionados. O Flamengo não demanda prejuízos em suas intenções de escapar do rebaixamento e os árbitros teriam de ser mais inteligentes do que foram para "roubar" o Mais Querido. Desastrosa a anulação do gol de Liedson, o seu segundo na partida. Quero ver amanhã o corporativismo da Globo/Sportv quando forem analisar a atuação destes desqualificados. Uma vergonha!! Fico pensando no Seedorf vendo os jogos em casa com a esposa... deve dar uma saudade da Europa!
O Flamengo tem pela frente três partidas duríssimas e os três pontos de ontem vão sim, fazer uma falta enorme na dose de sacrifício que deverá ser dispensada para que o Flamengo deixe o seleto grupo dos times que jamais disputaram outra divisão no futebol brasileiro que não a primeira. Boa sorte Mengão! Iremos precisar.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Favas Contadas!!



Parece que o camarada que se encarregou de contas as favas acabou com seu serviço, as favas estão contadas: Fluminense Tri Campeão Brasileiro / 2012!
Pelo amor de Deus, não venham me dizer que futebol é futebol, uma caixinha de surpresa e que tudo pode acontecer! Sim, tudo pode acontecer, até mesmo o Adriano despencar, trêbado, de um Teleférico do Alemão e cair em cheio na cabeça de Dona Patrícia Amorim que distraidamente se encontraria a passear ao lado do Prefeito eleito do Rio de Janeiro Eduardo Paz; sim, isso pode mesmo acontecer, não é um fato, mas uma oração. Entretanto, alguém conseguir tirar a terceira volta olímpica do Tricolor parece muito mais improvável que este meu sonho relatado acima. São nove pontos a separar a tranqüilidade Tricolor de qualquer agonia pretensiosa mais atrevida. Isso conta muito! O Fluzão poderia perder – não perderá -, mas poderia perder três partidas e ainda assim ver seu rival, que não poderia perder e nem empatar nenhuma, encostar ao seu lado e ser suplantado por qualquer critério de desempate – o Fluminense têm mais vitórias, mais gols feitos, menos tomados, conseqüentemente, melhor saldo, a camisa mais bonita, a história mais tradicional, e os vitrais em melhores condições (nem sempre foi assim). O Fluminense é o atual Tri Campeão Brasileiro de Futebol e podemos enfim mudar de assunto!

Engraçado essa mudança de assunto... Temos um time que está a quarenta anos entre os quatro primeiros colocados de qualquer campeonato brasileiro que se dispute por aqui – claro, vamos disputar campeonatos brasileiros aonde, no Iraque?!! Mas temos este time, o Vascão da Gama, e remetemos essa situação à imagem de uma bela regularidade. O Vasco começou este Brasileiro entre os quatro melhores e “está entre os quatro melhores até hoje”. Repararam nas aspas? Pois é... Regular para mim é o Fluminense que será campeão como foram os times do São Paulo de Muricy Ramalho, tão criticado pelos Tricolores. Aqueles 1 x 0 cheios de injustiças (não acredito em injustiças no futebol, mesmo quando provocada pelos árbitros), aquelas partidas medíocres, escalações atrapalhadas que no fim não atrapalham, as traves.. esse é o Fluminense que vai tocando o seu barquinho rumo ao Tri. E o Vasco? O Vasco corre seríssimo risco de ficar de fora deste G4 justamente quando de fora não deveria ficar. Sim, porque a regularidade do Vasco da Gama consiste em jogar bem três partidas e não jogar tão bem em outras duas. Isso pode ser fatal às pretensões cruzmaltinas. Precisamos comparar a regularidade do Vasco com, por exemplo, as regularidades de Internacional e São Paulo. O time paulista não mantém regularidade, mas há um “pormaior”: o São Paulo está em crescimento dentro do certame. O São Paulo engolirá o quarto lugar do Vasco no mais tardar nas próximas duas ou três rodadas, pode anotar aí. Regular mesmo é o Fogão!

O Botafogo FRS (futebol, regatas e Seedorf) é o mais regular do Rio, disso não tenho a menor dúvida! Que outro time começa o Brasileiro dando mostras de que “este ano vai” e no final do ano, não vai? Para se ter uma idéia, no Brasileiro do ano passado, faltando pouquíssimas rodadas para o final, o Fogão ameaçava a liderança... chegou em nono. Como explicar uma performance desse quilate, tão regular. Não se trata de um ou dois campeonatos, mas de muitos! O time do Botafogo que perdeu para os reservas do Santos ontem no Engenhão esteve espelhado em sua campanha: enquadrou o Santos em seu campo, ameaçou golear o Peixe, perdia gols um atrás do outro, levou uma porrada (gol), levou a segunda, e foi à lona. A diretoria alvinegra precisa dar ao seu craque holandês cabeças que lhe ajudem a pensar o meio campo. Assim, sozinho, Seedorf não levará o Fogão a lugar algum. Corremos todos um sério risco – e o Fogão já está garantido nessa -, mas corremos um sério risco de visualizarmos um encontro interessantíssimo: Botafogo (garantido), Flamengo e Vasco juntos na Sul Americana de 2013. Será engraçado porque estarão juntos na mesma conquista (vaga) a regularidade duvidosa e soberba do Vascão, a regularidade inexplicável do Fogão e a vergonha do Rio, o Mengão, todos ali, na mesma competição – rimou!

Se este time do Flamengo, que perdeu com excesso de subserviência para o Corinthians ontem por 3 x 2, não descer à Segundona... estátua para Dorival Jr!!! Sim, claro, para o treinador! Quer dar estátua para quem, para o Leo Moura?!!
Conversei hoje com um amigo, tentei lhe explicar porque o Flamengo perdeu para o Timão e provavelmente perderá para outros. Dizia-lhe eu que o destino não permitiria o seguinte “fato histórico”: imaginem um jornal de hoje achado no futuro, relatando a história... O Flamengo venceu o Corinthians ontem em São Paulo. O time Carioca jogou com  Felipe, Welinton Silva, Renato Santos e MAGAL...paaaannnnnnnnn!!!! Aqui o mundo pararia e os Senhores do destino sairiam na porrada para tentar achar quem foi o engraçadinho dono da piada. Ninguém com um jogador em campo chamado MAGAL pode entrar para a história de uma maneira que não lhe seja ridícula e bisonha.
O Flamengo começou até jogando bem, mesmo com seus Magais e Amarais, entretanto, um jogo de futebol demora muito tempo para que um absurdo como este pudesse prevalecer. O Corinthians então, na segunda etapa, resolveu tomar a bola e o jogo para si, vencendo facilmente um Flamengo pífio, medíocre, à cara de seus dirigentes e fácil de comer. Um time pequeno é este Flamengo que eu jamais imaginei ver em campo. Uma pena. A Segunda Divisão está ali, diante de nossos olhos e de nossos erros, precisaremos contar e muito co a ajuda de times como o Palmeiras e o Atlético GO para não vermos o Flamengo sucumbir e perder seu famosíssimo cabacinho. Abra o olho Dorival!!!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Uma Janela para o Céu

O Flamengo será pego amanhã pelo Corinthians - isso, assim mesmo, não aguento as pessoas que se referem a este jogo dizendo que  "o Flamengo pegará o Corinthians em São Paulo". Ora, o jogo é lá, o time do Corinthians é infinitamente melhor que o Mengão, então, quem pega quem? E o Flamengo que se cuide para não ser pego de jeito.
Dorival Jr escalará um time diferente do que enfrentou e empatou com o Bahia em pleno Engenhão. Puxa, até que enfim!!! É, mas não se anime, pois o Mengão será diferente porque estará desfalcado. Verdade que Dorival, estranha e bisonhamente deixou Cárceres de fora do último jogo e a defesa do Fla se viu em maus lençóis por conta da ausência do paraguaio. Outro desfalque será Gonzales, este entregue aos cuidados da seleção de seu país, o Chile. Em seu lugar entrará Renato Santos, uma incógnita renegada pelo Avaí e que agora aparece não como salvação da lavoura, mas si, como aquilo que se pode arrumar. Na lateral esquerda o bravo Magal será mantido no lugar de Ramon que não poderá enfrentar o clube ao qual seus direitos federativos pertencem por força contratual. Magal... Como um time cujo lateral esquerdo se chama Magal conseguirá escapar do rebaixamento? Não sei, sei que o Fla, apesar do Fla, rebaixado não será. 
Culpar Dorival por sua escalação bisonha... Não. Não seria justo. Culpo Dorival porque ele parece ser um treinador sem iniciativas junto às diretorias com as quais trabalha. Está aí o Neymar que não me permite o engano. O que o Flamengo está fazendo por Dorival? O que o Flamengo está fazendo por si mesmo?

Como será o 2013 do Maior Clube de Futebol do país? Patrícia Amorim já recolheu os  trapos de sua derrota nas eleições Municipais? Não sei. Patrícia Amorim separou um tempo para o Clube além do dedicado à sua reeleição? Também não sei. Sei que o ano está perto do fim, uma janela está próxima de seu início e o Flamengo de badaladas negociações ainda não soltou suas manchetes nos jornais; nem mesmo para ajudar a campanha da futura ex presidenta.
Leo Moura não tem mais condições de ser titular do Mais Querido. Magal, Wellinton, Amaral, Ibson e Bottinelli já podem arrumar as malinhas. Enfim, não citarei aqui posição por posição relacionando nomes que poderiam vir - farei isso noutra oportunidade -, mas posso dizer a você quem deve ir.
No gol, Paulo Victor. Na  lateral direita, na ausência de um melhor,Wellinton Silva; na zaga... Gonzales pode ficar, seu companheiro precisa ser contratado - Frauches fica no banco com Marlom amadurecendo nas oportunidades.  Na lateral esquerda, Ramon, o Fla precisa de um reserva. No meio campo... Leo Moura, Ibson, Bottinelli, Renato Abreu... olha que belo banco de reservas. Titulares: Cárceres, Muralha e Luiz Antônio na contenção, Cleber Santana com a "8", o "10" precisa ser contratado. A garotada do meio deve esquentar o banquinho para amadurecer a exemplo da garotada da defesa. Thomas e Adryan podem ficar, sentadinhos. No ataque, Vágner Love e mais um. Esse um... Nixon, Lucas, banco. O titular que jogaria com Love está no mercado, procure-se!

Enfim, a janela está para abrir, minha paciência e  o mandato de Dona Patrícia, para acabar. O Diretor Zinho, com direito a trocadilho na leitura mais rápida, precisa mexer seus pauzinhos e sondar o mercado que se abrirá em breve. Dinheiro? Não há dinheiro, nem para o pagamento dos salários de dois meses que se encontram em atraso. Mas, como dizia um ex amigo meu lá das favelas do Sul: Flamengo é Flamengo e estou muito feliz com a possibilidade de alguém começar a se mexer no bairro da Gávea. Se mexer para contratar ou se mexer para fazer as malinhas.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Flamentável!

Há momentos em nossas vidas que devemos esquecer para todo o sempre, mas há alguns outros momentos dos quais nossa história precisará se lembrar para não correr o risco de repeti-los. O primeiro tempo do jogo entre Flamengo e Bahia jogado ontem no Engenhão é um caso típico dos que se encaixam no seguindo caso. Ninguém deve esquecer aquilo para que aquilo não volte a acontecer. Que coisa horrível, lamentável.
O Flamengo entregava a bola ao Bahia e a marcação rubro-nengra no campo de seu adversário causava sérios problemas aos baianos na hora de saírem jogando. Por outro lado, quando a bola estava do lado de cá, a marcação baiana nos fazia ver que os jogadores do Flamengo não possuem a mínima capacidade de tocar a bola para o lado sem que este toque se perca num pé adversário. Que coisa deprimente!
Não sei o que fazia Cárceres no banco e nem sei porque lá ele permaneceu. Não entendo certas coisas no Flamengo e nem quero entender, preciso colocar minha paixão em estado letárgico, fora de si, para que este mundo medonho passe e o normal retorne depois do fim do túnel. Esta é a sensação que este Flamengo de Dona Patrícia Amorim passa a que por ele se derrama em paixão.
Na segunda etapa o Flamengo voltou melhor. Voltou mesmo? Voltou nada! O time de Jorginho é que se desorganizou e abandonou a marcação que exercera no primeiro tempo. Com isso a bola ficou com o Mengão que, mais uma vez, não soube o que fazer com ela. Ibson, Leo Moura e Renato Abreu deve riam pendurar suas cansadas e previsíveis chuteiras.Dorival Jr deveria pensar cinquenta vezes antes de retirar do time o único jogador com um mínimo - e estou falando em mínimo mesmo - senso de jogo de futebol. Cléber Santana não é nenhum craque, mas sabe tocar para o lado e para perto. Os demais jogadores do Fla não sabem nem isso. O lateral Wellinton Silva, bom jogador, parece estar vivendo um sonho. Um sonho para ele e um pesadelo para quem por ele torce. Ela não joga o que pensa jogar e muitas vezes atrapalha a possibilidade de bons ataques ao ficar com a bola para si brincando de enceradeira na lateral direita. O Flamengo de ontem precisará melhorar muito para não se reencontrar com a guilhotina que já esteve tão próxima e parece querer voltar. O Bahia é um time ridículo e o Flamengo conseguiu superá-lo ontem neste quesito. Quero meu sono de volta!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Quando o Imperador é o menos culpado

Não dá mais! Esperar pelo bom senso e o amadurecimento de Adriano é como esperar que o craque Jobison retorne curado de suas dependências. Infelizmente, e não é de hoje que fatos como esses acontecem, Adriano e Jobison são casos semelhantes a outros casos de outrora, alguns que até filmes viraram, de jogadores de futebol, antes de qualquer outra característica, seres humanos, que não souberam lidar com a fortuna e o estrelato. Não dá mais para esperar pelo "Imperador".

2009... Se o Flamengo e sua terrível diretoria tivessem mantido Adriano no passado de 2009 teriam uma relação com o jogador de extremo sucesso. Não podemos negar que sem Adriano o Flamengo não seria Hexacampeão Brasileiro. O jogador chegou e sacudiu o elenco, levando o time a vitórias inesperadas - o Flamengo àquela altura amargurava tabus que pareciam imbatíveis, como vencer o Santos na Vila Belmiro. A última vitória havia acontecido com um gol de Vanderley Luxemburgo (um saquinho de avião por favor!). Adriano foi fundamental em 2009. Foi, não é mais. Hoje Adriano representa um prejuízo às contas rubro-negras de qualquer centavo que ele receba para vestir o uniforme de treino do Mengão. Uniforme este que ele quase não veste. Pausa para uma piadinha...
Ouvi na bandnews hoje pela manhã que Adriano compareceu ao treino de quarta-feira no Flamengo, transformando-se em dúvida para o Churrascão da Vila Cruzeiro no próximo domingo. rsrsrsr Triste? Eu não acho.
Como eu ia dizendo, escrevendo, sei lá!.. Adriano é hoje um pedra pesadíssima em sua relação com o Flamengo. Prejuízo certo. Não consigo conceber que alguém ainda espere desse jovem desperdício algo além de manchetes nos jornais e chacotas de torcedores adversários. Quaisquer problemas causados pelo Imperador já não podem mais ter sua culpa atribuída a Adriano. Toda a culpa pelas faltas, porres, manchetes, tiros no carro, calcanhares em lâmpadas, faltas a treinos, enfim, toda ordem de desrespeito de Adriano para com a instituição Flamengo já será motivada por conta da permissividade concedida pela diretoria rubro-negra. Adriano será o menos culpado. 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

HONESTO!!! DUM, DUM DUM, HONESTO!!!!

NÃO IRÃO NOS DERRUBAR NO APITO!!!!!

Essa frase, expressa numa faixa no último jogo do Náutico, atendendo aos apelos mais que legítimos dos Torcedores Alvirrubros,  foi censurada pelo árbitro, o péssimo Leandro Vuadem, antes mesmo do início da partida em que o time pernambucano enfrentou o Atlético de Goiás. Espero que o Governo Brasileiro esteja assistindo a isso tudo. Temos uma Presidenta que foi torturada por aqueles que outrora censuravam e calavam vozes Brasil afora. Espanta-me a Rede Globo de Televisão, nas vozes "incaláveis" de Luís Roberto, Alberto Helena, Caio Ribeiro entre outros funcionários-padrão, corroborarem com o que fez o árbitro dizendo que a faixa, pelo que entendi feita por uma moça, ofendia nossa maravilhosa arbitragem brasileira e incitava o público contra o péssimo árbitro Leandro Vuadem. Quer dizer, esse espanto é uma força de expressão inverídica, pois conheço a Rede Globo e sua quedinha pelo silêncio protestante que não é de hoje. Lamentável que o Governo Brasileiro não se manifeste a favor dessa moça que apenas ao invés de chamar o árbitro de ladrão e filho da puta como todos fazemos desde os anos do século 19, expressou sua indignação com o que aconteceu no jogo do Náutico, seu time do coração, contra o Fluminense, onde o Timbú foi sim, garfadíssimo! Hipocrisia pura dos comentaristas da Globo/Sportv ao negarem o fato de que time pequeno sofre nas mãos dos péssimos e bisonhos árbitros brasileiros quando se defrontam com os grandes do futebol tupiniquim.
Deviam censurar é o fato de nosso futebol estar entregue nas mãos de quem o organiza atualmente e, de maneira mais penosa, no passado recente. Deviam se autocensurar quando somos obrigados por força da grade de televisão a assistirmos partidas aos Sábados às nove horas e a sairmos do Engenho de Dentro, por exemplo, à meia-noite por conta dos jogos que começam após a novela das oito que começa às nove. Isso é uma vergonha que devia ser censurada e banida do futebol brasileiro quando este resolver se organizar com mais clareza. Acusar uma menina de incitadora... isso é o fim da picada!!
Nossa arbitragem é fraquíssima, os comentaristas de arbitragem, orientados não sei por quem, são horrorosos e corporativistas. A CBF... da CBF não falo porque este espaço é dedicado apenas ao esporte.

Chamo a atenção também para imprensa brasileira - salvem-se as exceções -, que não se manifesta de maneira contundente contra esses mandos e desmandos que assolam e destroem o Futebol Brasileiro. O que conseguiram com tudo isso? Um Campeonato Brasileiro onde o torcedor prefere pagar o pay-per-view , que de view não tem nada pois cega o torcedor comprador que não percebe as mazelas que a CBF/Globo fazem na tabela do campeonato que este torcedor comprou para assistir - o Estatuto do Torcedor é ignorado o tempo inteiro, a ir ao Estádio torcer de perto pelo seu time. Tenho quatro filhos, todos torcedores do Flamengo, mas depois de 2005 as idas de meus filhos aos estádios ficaram restritas as visitas do Justin Bieber. Conseguiram também uma aversão do Torcedor para com sua Seleção às portas de uma Copa do Mundo no Brasil! Alguém deixa de ir a qualquer lugar que seja, para fazer qualquer coisa que seja, para assistir ao time do Mano Menezes colorir nossas terríveis expectativas para 2014?

Estou de saco cheio com este comando cerceador e ignorante que tenta calar a voz de quem paga ingresso e ignora aqueles que pagam de boca calada. O Luís Roberto ainda teve o disparate de dizer quie o Futebol Brasileiro é particular, tem dono. Particular é o cacete!!! Eu sou particular e se disser ao Fiscal da Previdência que não pago e não pagarei minhas obrigações este me tira até os cadarços da cueca! Mais uma espiadela que o Governo Brasileiro poderia dar neste mundo particular do futebol da Globo e da CBF. As eleições estão aí Presidenta. Voto em um partido, por ideologia, mas voto ´para ver minha ideologia posta em prática, caso contrário...

Agora o torcedor que for ao estádio e não chamar o árbitro de honesto! honesto! honesto! corre o risco de encontrar um Vuadem em campo, um delegado na arquibancada, um Luís Roberto e um Arnaldo César Coelho na televisão e uma pena no STJD. Melhor ficar calado? É o que dizem.

Dez minutos de Fla-Flu

Esqueçamos o primeiro tempo. Sim, esqueçamos. Afinal de contas os jogadores de Fluminense e Flamengo, que estavam ali, em campo, se esqueceram, por que não haveríamos de esquecer? Os jogadores deste emocionante Fla-Flu ignoraram no primeiro tempo o fato de estarem diante do mundo do futebol disputando o maior clássico que já se ouviu falar. O Fluzão venceu o primeiro tempo com a hegemonia de seu futebol sobre o futebol  de seu adversário. Adversário este que parecia precisar de algum desafeto do outro lado do campo para demonstrar garra e entrosamento - o mesmo apresentado dias atrás, no mesmo Engenhão, contra o Galo de Minas Gerais. Mas do outro lado não havia um desafeto especial, uma motivação. Quer dizer, não havia uma ova! Havia uma das mais tradições entre duas equipes de futebol do Brasil, quiça do mundo, havia o maior rival da história do Flamengo! Mas, os jogadores do Flamengo pareceram ignorar este "pormaior" e o jogo rolou como um jogo qualquer. Sim, houve um lampejo de Fla-Flu provocado por Diguinho, Wellinton Silva (7,5), Bottinelli (0,0) e Diego Cavallieri (11,0).
O Fluminense fez como fez no primeiro turno, entregou a bola ao Flamengo e apostou na incompetência de seu rival para controlar a partida e o placar. Abel mais uma vez acertou. O Mengão de Dorival Jr cometeu os erros que eu apontei como prováveis no jogo do Flamengo contra o Atlético de Minas Gerais. Receei que o Flamengo, escalado com muita gente no meio campo e dois atacantes que jogam pelo meio do ataque, acabaria afunilando o jogo, sendo facilmente marcado por seu adversário. Bem, o Galo não soube fazer o que fez o Flu. Mas o Atlético conta com a atenuante de ter em suas fileiras um desafeto mortal do Flamengo, coisa que o Fluminense não tem - os jogadores de Fla e Flu pareciam se amar, estivéssemos na Bulgária... deixa pra lá. Foi o que aconteceu na primeira etapa. O Flamengo centralizava o jogo nos passes errados e/ou inúteis de Ibson (4,0), Amaral (3,5) e Leo Moura (4,0). Cléber Santana (8,0) parecia ser o único a ter completado o primeiro grau do ensino básico de futebol. Às vezes os passes errados frequentavam ora uma lateral com Ramon (7,5), ora com Wellinton Silva, mas o esquema dificultava as jogadas desses dois. E o primeiro tempo foi rolando assim. O Flamengo com a bola, errando, e o Fluminense segurando o riso e observando. Houve um determinado momento que deu mesmo vontade de rir para não chorar. Deco (8,0) bateu um escanteio curto recebeu de volta e passou a bola na área para um jogador do Fluminense que estava sozinho, sem ninguém a marcá-lo. Sim, o jogador estava só, nem Frauches (4,0) nem Gonzales (4,0) dispensaram suas atenções ao jogador do Flu. O jogador livre? Ah! Era o Fred. O Fred!!! 1 x 0 Fluzão.
Na segunda etapa o Mengão voltou com a mesma formação e nos passando a mesma informação: jogaria do mesmo jeitinho bisonho que "jogou" o primeiro tempo. Vagner Love (5,0) e Liedson (4,5) não viam a cor da bola. Verdade que Felipe (6,0) também não enxergava a esférica por perto, mas também não precisava enxergar, o Fluminense já vencia a partida! O Flamengo é quem precisava mudar a realidade àquela altura do jogo - e mudou. Renato Abreu (6,0), Bottinelli (0,0) e Nixon (?) entraram no jogo nos lugares de Amaral,  Leo Moura e Liedson. Alí o Fla-Flu começou para o Mengão. O Fla que já possuía a bola resolveu tentar enfiá-la no arco defendido por Cavallieri a todo custo. A pressão aumentava e a esperança do gol de empate, tal e qual a atuação do time, entrou em estado de metamorfose. O Fluminense se assustou - não pareceu, mas até os Tricolores sabiam que o gol sairia - e saiu. Saiu duas vezes, mas em nenhuma das duas vezes valeu.
O bom lateral do Flamengo Wellinton Silva foi derrubado dentro da área pelo recém chegado Diguinho - estava frio. Pênalti inapelável. O interessante é que Vossa Excelência, o árbitro, não observou que antes mesmo de Wellinton Silva tocar o solo após a falta de Diguinho a bola já estava no fundo das redes defendidas por Cavallierri (12,0). Mas o árbitro ignorou e marcou a penalidade máxima. Hey!! Alguém, pode chamar aí o batedor de pênaltis oficial do Flamengo!?  Bottinelli (-1,0) ??!!! Não pode ser, ele é reserva, como pode um batedor de pênaltis oficial ser reserva numa equipe um pouco mais séria e organizada? Pois é., mas o Botinnelli (-2,0) tomou a bola, a colocou na marca e bateu. Neste momento botei o dedo na tela e disse aos meus: "Ele vai bater aqui e o goleiro vai pegar mole, mole." E mole, mole ele (-10,0) bateu e mole, mole o Diego (15,0) defendeu. Não seria o Vagner Love quem deveria ter a honra de empatar o Fla-Flu? Ele até empatou, mas o "excelente" bandeirinha anulou o gol do Mengão. E o Fluzão venceu mais uma. Uma partida que se encaminhava enfadonha e foi transformada nos últimos minutos num autêntico Fla-Flu Nelson-Rodriguiano. Parabéns ao Fluminense que não tem culpa do Flamengo e segue sua vida rumo ao Hepta (um dia ele chegam lá).
Fico apenas com alguns receios, a saber:
Será que este Fla-Flu, não a partir da derrota, mas a partir da partida inteira, serviu como um espelho da realidade para os jogadores do Flamengo que se superaram na última quarta-feira? Será que eles se redescobriram os pernas-de-pau que são?
Será que o time poderá se abater e voltar a praticar o lamentável futebol que apresentava antes do jogo contra o Galo de Goiás?
Será que a Torcida do Flamengo entenderá os dois últimos jogos antes do Fla-Flu como um evento atípico, oportuno e que não acontecerá mais? Vi hoje muitos rubro-negros a vestir o Manto Sagrado por aí. Arrisco a dizer que vi tantos rubro-negros uniformizados quanto vi Tricolores da mesma forma uniformizados. Mas a realidade sorri para os lados das Laranjeiras.O Mengão deu seis pontos ao Fluzão, sendo que desses, três ele tirou da própria conta.