quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Sobre ontem à noite...

 

Globo.com GE

Discussões, insinuações e constatações... a Imprensa Esportiva passou a manhã, a tarde e o início da noite tratando da postura e da atuação de Renato Gaúcho no empate de ontem à noite no jogo dos reservas Flamengo contra o combalido Grêmio, que perdia por 2 x 0 até os 30 minutos do segundo tempo. O Flamengo jogava com um a mais desde os 14 minutos deste mesmo segundo tempo.

O Sportv e o Canais Disney – Risek, Lino, Casagrande, Pascoal, Mauro Naves, Silas...  trataram as mudanças absurdas de Renato Gaúcho no jogo de ontem não como uma facilitação do treinador do Fla para aliviar a vida de seu clube do coração, mas sim como mais demonstrações de incompetência deste treinador que deverá ser demitido mesmo vencendo a Libertadores no próximo sábado em decisão contra o Palmeiras. Zinho, apenas o Tetra, deixou a entender que, e mesmo assim sem enfatizar nada, apenas deixando no ar, as mudanças de Renato favoreceram em muito as intenções gremistas de sair do atoleiro no qual tinham se metido.

O Flamengo terminou o jogo com três volantes de marcação e dois jogadores com restrições sérias sobre suas condições físicas, Pedro e De Arrascaeta. Renato tirou do time qualquer possibilidade de reação aos ataques do Grêmio que lançou-se ao ataque feito comanches desesperados. Tivéssemos mais 10 minutos e o Grêmio viraria aquela partida.

Outra faceta de Renato ontem foi não comemorar os gols do Flamengo como se fosse ele, Renato, um ex jogador do Grêmio fazendo gols em seu antigo time sem comemorá-los em respeito ao passado. Renato não é pago e, muito bem pago, pelo Grêmio! Renato é funcionário do Flamengo e precisa, além das instruções as quais não domina, passar ânimo aos seus jogadores. Se Renato não quis entregar o jogo de ontem... bem, fez tudo errado. Espero que no sábado ele não sinta tanta piedade do Palmeiras e não atrapalhe os jogadores do Flamengo na missão que esses carregam em relação não ao Renato Gaucho, carne queimada, mas em relação à Nação Rubro-negra, que está com o grito de campeão prontinho para sair da garganta.

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Um pouco de Flamengo de Renato Gaúcho

Mercado da Bola UOL

Celso Puppo - Site Terra

Gosto muito de observar esse gráfico "eletrocardiogrâmico" de certas figuras, senão todas as figuras, da imprensa esportiva tupiniquim. Vou me ater àquele do qual mais gosto e que conta com maior percentual de crédito que dedico a todos. Refiro-me a Mauro Cézar Pereira.

Analisando um dos episódios do excelente programa Posse de Bola, mais precisamente aquele que tratou da vitória do Flamengo sobre o São Paulo no último domingo, percebi e retirei do restante do programa uma frase, senão ipisis litteris, algo muito parecido com: "Gente temos de de analisar o Flamengo não apenas por esta vitória (São Paulo 0 x 4 Flamengo), mas a partir de um todo. Hoje Renato está sendo ovacionado, noutro dia vaias ensurdecedoras tratavam dos empates com Athletico  PR e Chapecoense."... e aí a pulga saltou para trás da minha orelha.

Apesar da frase ou da ideia acima, Renato foi positivamente criticado no programa como se a bela atuação do Flamengo tivesse dependido de suas ideias de futebol, de seus treinamentos. Não acredito. Calma! Não acredito para o bem, mas também não acredito para o mal. Não culpo Renato pelos empates citados como se estes tivessem ocorridos a partir de suas opções táticas, assim como não vou atribuir a Renato partidas sensacionais da mesma forma. Não há time na história do treinador  Renato Gaúcho que tenha apresentado futebol parecido com o futebol apresentado, por exemplo, nos primeiros jogos do rubro-negro sob seu comando. O Grêmio ganhou títulos importantes, em mata-matas, diga-se de iluminada passagem, sempre sem apresentar um futebol envolvente com certezas prévias de vitórias. Eram times fortes na marcação e com bons jogadores em campo. O futebol do Flamengo no início de Renato foi futebol de 2019. Em minha opinião, oriundo de memória afetiva dos jogadores do Fla. Sem culpa para Gaúcho.

Por isso, por não entender um "Flamengo de Renato Gaúcho", não faço críticas táticas ao time. Sim, podemos perceber um "Flamengo de Renato" quando o time recua após fazer gols... ali vejo a mão de Renato no time. Mas, o time recua nuns jogos e noutros não em situações de jogo semelhantes. Assim as mãos de Renato retornam ao bolso. Portanto, acho esquisito quando vejo a gangorra feroz nos comentários favoráveis nas vitórias e desfavoráveis nas derrotas do fanfarrão que hoje treina o Flamengo. Critico os comentários, não Renato. O Flamengo, bom ou ruim, precisa ter a cara de seu treinador, como teve com Jorge Jesus. Hoje não tem. Às vezes tem sim, mas no comportamento pessoal dos jogadores e não coletivamente, taticamente. Um dia verei a imprensa esportiva sendo menos parcial com este time, com este treinador e, explanando a verdade dos fatos em nossas telinhas a despeito dos resultados.


quinta-feira, 11 de novembro de 2021

O Preço da Libertadores

Quanto custaria ao Flamengo o tri da Libertadores da América ? Depende. 

Comebol
Coluna do Fla








O Flamengo de 1981 venceu a Libertadores e capitalizou não só os valores monetários decorrentes da conquista, mas também a felicidade de uma nação inteira e a certeza de que os anos vindouros seriam de mais prazeres que dores e vergonhas. E assim foi. A responsabilidade daquela segurança advinha única e exclusivamente do talento, do nível dos jogadores que compunham aquele escrete. Zico, Júnior, Leandro, Adílio, Tita, Mozer... nossa uma companhia não apenas selecionável, mas genial! Coletes ao alto e quem os pegasse poderia entrar em campo porque o resultado seria o mesmo. Vitórias, empates ou derrotas com muito suor por parte do adversário. 

O Flamengo de 2019 conquistou o bi da Libertadores de forma ainda mais avassaladora que o time de 1981. Sim, isso é verdade! O time de 81 encantava pela genialidade dos jogadores e o entrosamento natural àqueles que se olham e se entendem apenas porque comungam num mesmo nível de uma mesma arte. Em 2019 não era assim. O time, ao contrário da equipe, do elenco de 1981, dependia em medida desproporcional de seu treinador, seu técnico: Jorge Jesus. O time de 2019 impunha um poder, um domínio sobre os adversários que nós não víamos nos Flamengos da década de 80. Era uma imposição tática. Claro, imposições táticas não ocorrem com elencos razoáveis ou inferiores. O elenco de 2019 também era feito de jogadores inteligentes. Todavia, não geniais. No time de 2019 não havia um um Tita, muito menos um Zico. Na defesa... um Junior não havia, muito menos um Leandro. No time de 2019 existia um Jorge Jesus - Coutinho, Carpegiani, Carlinhos e Carlos Alberto não chegavam aos pés da capacidade do Português de comandar e tirar o melhor de um elenco. Estamos chegando ao valor de uma Libertadores, da Libertadores de 2021. 

O Flamengo de 2021 está às portas de mais uma conquista de Libertadores. Já esteve com um pé dentro desta porta. Alguns diziam que com quase dois pés. Entretanto, aos poucos e mesmo sem a disputa acontecer, o Flamengo já tirou meio pé, um pé inteiro... e aos olhos destes mesmos entendidos que quase lhe entregaram o troféu antecipadamente está se afastando da entrada da porta que o levaria ao tri da competição. O elenco...? Não é composto dos geniais jogadores da década de 80. O elenco é quase o mesmo de 2019, recheado luxuosamente de novas opções para o ataque, para o meio campo e para a defesa. Lembrando que o Flamengo de Jorge Jesus, sem esse luxuoso recheio, perdeu apenas quatro partidas em um ano e quatro meses. O Flamengo de 2021 não é comandado por Jorge Jesus, mas por Renato Gaúcho.

O Flamengo de Renato Gaúcho é o Flamengo que já tirou os dois pés e o próprio olhar da Copa do Brasil, do Brasileiro e se prepara para deixar para trás a Libertadores. Um feito inédito. O Flamengo tem um aproveitamento de 100% em finais de Libertadores. Renato Gaúcho, que aparentemente contou no início de seu trabalho no Flamengo com a dedicação de seu elenco e uma memória afetiva dos tempos de Jorge Jesus, já demonstrou não ter a menor condição de fazer do Flamengo um time capaz de impor uma qualidade tática superior aos seus adversários. Pelo contrário! O Flamengo de Renato Gaúcho foi dominado taticamente por Fluminense, Cuiabá, Atléticos Paranaense e Mineiro e até pela Chapecoense! O Flamengo de Renato Gaúcho que já entregou o Brasileiro e a Copa do Brasil nos promete um terrível e assombroso 2022. Por isso essa Libertadores tem um preço estampado no uniforme do Flamengo como se fosse uma etiqueta de preço. 

Se a conquista dessa Libertadores mantiver Renato Gaúcho no comando deste caro e excelente elenco, o Flamengo terá um 2022 repleto de fiascos e jogos nos quais o Flamengo poderá ser dominado e humilhado taticamente por seus adversários. Por isso amigos, vencer a Libertadores pode não ser um bom negócio, inclusive monetário, para o Flamengo.