Quanto custaria ao Flamengo o tri da Libertadores da América ? Depende.
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Coluna do Fla |
O Flamengo de 1981 venceu a
Libertadores e capitalizou não só os valores monetários decorrentes da
conquista, mas também a felicidade de uma nação inteira e a certeza de que os
anos vindouros seriam de mais prazeres que dores e vergonhas. E assim foi. A
responsabilidade daquela segurança advinha única e exclusivamente do talento,
do nível dos jogadores que compunham aquele escrete. Zico, Júnior, Leandro,
Adílio, Tita, Mozer... nossa uma companhia não apenas selecionável, mas genial!
Coletes ao alto e quem os pegasse poderia entrar em campo porque o resultado
seria o mesmo. Vitórias, empates ou derrotas com muito suor por parte do
adversário.
O Flamengo de 2019 conquistou o bi da
Libertadores de forma ainda mais avassaladora que o time de 1981. Sim, isso é
verdade! O time de 81 encantava pela genialidade dos jogadores e o entrosamento
natural àqueles que se olham e se entendem apenas porque comungam num mesmo
nível de uma mesma arte. Em 2019 não era assim. O time, ao contrário da equipe,
do elenco de 1981, dependia em medida desproporcional de seu treinador, seu
técnico: Jorge Jesus. O time de 2019 impunha um poder, um domínio sobre os
adversários que nós não víamos nos Flamengos da década de 80. Era uma imposição
tática. Claro, imposições táticas não ocorrem com elencos razoáveis ou
inferiores. O elenco de 2019 também era feito de jogadores inteligentes.
Todavia, não geniais. No time de 2019 não havia um um Tita, muito menos um
Zico. Na defesa... um Junior não havia, muito menos um Leandro. No time de 2019
existia um Jorge Jesus - Coutinho, Carpegiani, Carlinhos e Carlos Alberto não
chegavam aos pés da capacidade do Português de comandar e tirar o melhor de um
elenco. Estamos chegando ao valor de uma Libertadores, da Libertadores de
2021.
O Flamengo de 2021 está às portas de
mais uma conquista de Libertadores. Já esteve com um pé dentro desta porta.
Alguns diziam que com quase dois pés. Entretanto, aos poucos e mesmo sem a
disputa acontecer, o Flamengo já tirou meio pé, um pé inteiro... e aos olhos
destes mesmos entendidos que quase lhe entregaram o troféu antecipadamente está
se afastando da entrada da porta que o levaria ao tri da competição. O
elenco...? Não é composto dos geniais jogadores da década de 80. O elenco é
quase o mesmo de 2019, recheado luxuosamente de novas opções para o ataque,
para o meio campo e para a defesa. Lembrando que o Flamengo de Jorge Jesus, sem
esse luxuoso recheio, perdeu apenas quatro partidas em um ano e quatro meses. O
Flamengo de 2021 não é comandado por Jorge Jesus, mas por Renato Gaúcho.
O Flamengo de Renato Gaúcho é o
Flamengo que já tirou os dois pés e o próprio olhar da Copa do Brasil, do
Brasileiro e se prepara para deixar para trás a Libertadores. Um feito inédito.
O Flamengo tem um aproveitamento de 100% em finais de Libertadores. Renato
Gaúcho, que aparentemente contou no início de seu trabalho no Flamengo com a
dedicação de seu elenco e uma memória afetiva dos tempos de Jorge Jesus, já
demonstrou não ter a menor condição de fazer do Flamengo um time capaz de impor
uma qualidade tática superior aos seus adversários. Pelo contrário! O Flamengo
de Renato Gaúcho foi dominado taticamente por Fluminense, Cuiabá, Atléticos
Paranaense e Mineiro e até pela Chapecoense! O Flamengo de Renato Gaúcho que já
entregou o Brasileiro e a Copa do Brasil nos promete um terrível e assombroso
2022. Por isso essa Libertadores tem um preço estampado no uniforme do Flamengo
como se fosse uma etiqueta de preço.
Se a conquista dessa Libertadores
mantiver Renato Gaúcho no comando deste caro e excelente elenco, o Flamengo
terá um 2022 repleto de fiascos e jogos nos quais o Flamengo poderá ser
dominado e humilhado taticamente por seus adversários. Por isso amigos, vencer
a Libertadores pode não ser um bom negócio, inclusive monetário, para o
Flamengo.
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