Muitos atribuíram a boa exibição do Flamengo diante da potência boliviana Real Potosi ao fato de Dona Patrícia Amorim ter garantido aos jogadores que, tal e qual a nossa saudosa pachézinha comanche Nuvem Cinzenta, lhes entregaria o escalpo do ex treinador Vanderley Luxemburgo, mal passado, ainda no vestiário pós classificação. Bom, se os jogadores do Mengão resolveram mostrar seu carinho, ódio ou desprezo pelos treinadores com suas atuações em campo, aconselho ao recém chegado Joel Santana a colocar suas barbas de molho, ou, no inglês natalino, suas beardis salsse (beards sauce).
O Flamengo ontem diante do Botafogo esteve como se fosse um espelho, à imagem de seu Capitão Ronaldinho Gaúcho, lerdo, desinteressado e respondendo com extrema fraqueza a impulsos momentâneos do jogo.
Se o amigo e a amiga ouvintes observarem bem, prestarem atenção no momento exato da saída de jogo, perceberão que o Botafogo ao sair com a bola teve do outro lado um adversário ainda desarrumado em campo, quase ninguém guardando suas posições e aparentemente enfadados por terem de disputar aquela partida.
E aí tal e qual o meu amigo Kaká levanto, como levantei, após o apito final, minhas mãos aos céus e agradeço, como agradeci ao Senhor por ter me mantido em casa ontem. Eu estava prontinho para ir ao Engenhão assistir aquela pelada "braba", Manto Sagrado a cobrir meu musculoso corpo e tudo ( he he he brincadeirinha na coisa do musculoso). Sim, o time do Flamengo cativara a minha presença com aquela atuação razoável diante do Potosi, não apenas pela atuação em si, mas pelo gesto e pelo motivo. Motivo aliás fundamental para me tirar de casa e me levar ao Engenho de Dentro de trem: a demissão de Luxemburgo. Ah, mas o jogo não começaria, como imaginei, às 17 horas e sim às 19:30. Sou maluco mais não sou doido, como foram aqueles bravos 8 mil expectadores que não têm mulher em casa. Graças a Deus eu não fui - e já começo a achar que este meu PPV está ficando caro demais.
O jogo que eu vi (antes de pixarem... deem uma olhadinha no nome do Blog)
O Botafogo de Oswaldo de Oliveira iniciou o jogo como iniciava os jogos o Botafogo de Caio Portter Jr. Sim amigos, aquele ímpeto todo no início de uma partida jogada em casa não é novidade do nosso pacato treinador alvinegro. O Fogão em seus melhores momentos no Brasileiro do ano passado tinha como característica marcar o adversário em seu campo e não dar espaços para saídas de bola. Redonda retomada o Glorioso partia para dentro de seus adversários e costumava abrir o placar cedo. Mas ontem não foi assim. Desculpe-me o Oswaldo, mas o Botafogo de Caio Jr era melhor que este de ontem.
As semelhanças entre as duas equipes não param por aí. O Fogão de ontem tinha algumas características, principalmente individuais, muito parecidas com o Botafogo de outrora (do ano passado). Loco Abreu esperando que o jogo girasse em torno dele, Elkerson e Maicosuel cabisbaixos, com muita correria e pouca produtividade, um Renato habilidoso, mas com seus poderes voltados para a marcação, uma defesa que não comprometeu e, sim, a pequena grande diferença: Andrezinho. O Botafogo de Caio Jr não tinha um Andrezinho, o de Mr Oliveira tinha. E foi Andrezinho quem fez a diferença na partida desde seu início até o final.
O Mengão... Coitado do Mengão, não tinha Andrezinho, tinha Ronaldinho Gaúcho e Ronaldinho Gaúcho ditou o ritmo do mis querido. Uma sonolência, uma insolência na hora de passar a bola. O Dentuço parece ter contaminado todo mundo com seu cansaço pós pagodão, digo, conjuntivite. Felipe salvou o empate. Os demais jogadores... Renato Abreu esteve razoável, assim como Luís Antônio - pelo esforço - e Bottinelli. Ninguém mais jogou nada! Leo Moura cometeu o disparate de levar um banho de bola do Márcio Azevedo, sabe lá o que é isso?! Williams... Meu Deus do Céu, o que foi aquilo? Ele tomava a bola do Maicosuel e a entregava ao Renato - confesso que não entendi a trama.
O Flamengo esteve como sempre esteve desde que seu último treinador assumiu o time: um bando desgovernado e sem saco para jogar futebol.
Não sei o quanto Joel Santana terá de abrir mão em seu comando para essa turma que está mandando e desmandando no time do Mengão para que este time jogue alguma coisa por ele. Aconselho ao Natalino ficar esperto e não fechar porta alguma, pois ele pode ser a próxima vitima do resultado da gestão de Dona Patrícia Amorim.
Em tempo: Este post ficou preso em meu computador por problemas no mesmo por um dia e meio, por isto somente agora é publicado
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