Lição aprendida?

Site Oficial do Flamengo

Atribuí, em post anterior, a falta de tranquilidade e toques de bola aos recentes fracassos do Flamengo. Citei a vitória do Figueirense sobre o Vasco e o fato de que alguns segundos de toque de bola foram suficientes para o time catarinense despachar o Lanterna do Brasileiro em pleno Maracanã.

Pois bem, o Flamengo aprendeu a lição e, tocou a bola contra o Sport Recife. Mas que fique claro, tocou em demasia! O time dirigido por Oswaldo de Oliveira abusou da sorte, mas conseguiu sair com a vitória de Pernambuco.

O gol de Éverton logo no início e, principalmente, a expulsão de Samuel Xavier aos 23 minutos de jogo facilitaram a vida do Mais Querido, verdade. Entretanto, a postura do Flamengo e a iniciativa de todos no time em tocar a bola, deslocar-se para recebê-la novamente e a garra e disposição nas diversas e truculentas disputas durante o jogo foram fundamentais para o êxito rubro-negro. Tivesse o Flamengo atuado desta maneira contra o Vasco e teria goleado o Cruzmaltino nas duas partidas pela Copa do Brasil. Mesmo se o Fla tivesse cometido os excessos que cometeu hoje. Sim, o Flamengo abdicou de ser mais incisivo contra o Sport, trocando tal postura pelos excessivos toques de bola em sua maioria improdutivos. Arriscou-se, pois o Sport Recife tem time razoável. Razoável com Diego Souza e Marlone em campo. Até neste pormenor o Fla se beneficiou. Marlone foi substituído ainda na primeira etapa para que o treinador reconstruísse seu setor defensivo. Além de tirar Marlone,

Eduardo Baptista ainda se sentiu obrigado a tirar de campo um extremamente "pilhado" Diego Souza, cuja presença em campo seria sempre uma ameaça à postura de toques excessivos do Flamengo. Eduardo ficou receoso do temperamento de Diego Souza. Enfim, tudo favoreceu e o time da Gávea pode cometer seus excessos sem sofrer qualquer revés até o final da partida. 

Não é necessário criticar as atuações individuais de A ou B, todos se comportaram bem, claro, dentro de suas rigorosas limitações. Acho apenas que Emerson Sheik poderia ser menos Sheik e mais Emerson ao tentar criar as jogadas do Flamengo - era ele o responsável pela criação no meio campo. Muita firula e pouca objetividade. 

Penso que agora Oswaldo de Oliveira tem outra lição a ensinar aos seus pupilos: toquem a bola, mas não exagerem, pois temos de fazer gols. O próximo adversário do Flamengo é o Avaí, em Natal. Comportar-se diante do Avaí da mesma forma como o Fla enfrentou o Sport... poderá levar o resultado do jogo para um 0x0 daqueles bem irritantes.

Pará jogou logo após sua expulsão pela Copa do Brasil... o Flamengo perderá os pontos, como no caso de André Santos em 2013? Não creio. 

Uma Lição a ser aprendida.

Jogadores do Flamengo na Sala de Aula

Será que alguém no Flamengo assistiu ao jogo no qual o Figueirense venceu o Vasco da Gama em pleno Maracanã? Não esqueçamos a matéria do Primeiro Turno, pois o Flamengo também perdeu para este mesmo Figueirense em pleno Maracanã. Mas por quê?

Flamengo e Vasco fizeram na última quarta-feira um jogo que só não foi pior que a primeira partida entre ambos, válida pela ida nas oitavas de finais da Copa do Brasil. Todos sabemos do resultado de ambas. E das partidas, que lembranças guardamos? Vi um Vasco jogar da mesma maneira por três vezes seguidas, duas contra o Fla e hoje contra o Figueira. Em todas elas o Vasco abusou de bolas alçadas na área e quase nenhuma (ou nenhuma) iniciativa de tocar a bola no chão. A defesa do Figueirense até deu umas entregadas, mas sua Muralha, com perdão do trocadilho, não se chama Paulo Victor e nem César. O goleiro do Figueirense fez o que dele se esperava. Mas... e o Figueirense, fez, o que dele se esperava para este embate? Poucas vezes, mas fez. Tirou a bola do Vasco, tocou, deslocou para receber, recebeu, entregou ao atacante em condições e... gol! Na maioria das vezes o time catarinense não fez o trivial. Tomava a bola da ineficiência cruzmaltina e, quando não viveu de lançamentos tentou a correria desenfreada sem maiores objetivos -no  como faz o Éverton  no Rubro-negro. Esse comportamento de ambas as equipes levaria a partida para um 0x0 morto ou, para um acidente que alterasse o placar a favor de qualquer uma das equipes. Mas os lampejos de virtude surgiram do lado alvinegro. 

O Figueirense assustou o Vasco quando colocou a bola no chão e trocou passes sem se incomodar muito com a marcação vascaína que, claro, "desempilhada" da fúria anti-Flamengo marcou com sua competência peculiar, ou seja, nenhuma. O Figueirense que, não tem Guerrero, Sheik, Ederson e Éverton, e nem Oswaldo de Oliveira resolveu tocar um pouco a bola e este pouco lhe foi suficiente para fazer o óbvio, vencer o fraquíssimo time do Vasco fosse lá aonde fosse o jogo.

O segundo turno do Brasileiro ainda nos reserva um Flamengo x Vasco, ou seja, ainda teremos uma prova, um teste no qual o Flamengo de Oswaldo de Oliveira terá a oportunidade de demonstrar se aprendeu ou não a lição de hoje. É o mínimo que se espera de um time que contratou como contratou o Flamengo. Esperamos, a Torcida espera, o Sócio Torcedor espera, que o time do Flamengo seja tratado com o mesmo carinho com o qual tratam as finanças do clube. Isso passa por dar um padrão de jogo ao time, um jeito inteligente de enfrentar ao menos os medíocres nesse Brasileiro, um time capaz de entender, aprender e empreender os ensinamentos que qualquer um é capaz de enxergar.

Que o Fla seja diferente no Recife.

Que Oswaldo o Flamengo apresentará em Recife?

Sem Guerrero, sem Ederson, com Márcio Araújo, a vida do Flamengo não será fácil em Recife. Não bastassem os desfalques e as limitações de Oswaldo de Oliveira há ainda a disposição do Sport em retornar a parte de cima da tabela do Brasileiro e, claro, as promessas do razoável Diego Souza que espera dar algum tipo de troco ao Flamengo, promessa essa feita no final do jogo entre as duas equipes no primeiro turno. Razoável Diego Souza... Esse cara cairia como uma luva no meio campo titular do Flamengo. Imaginem: Paulo Victor, Pará, escolha dois dos cinco fracos zagueiros e Jorge (acho que Armero merece uma chance), Canteros, Diego Souza, Alan Patrick e Ederson, Sheik e Guerrero. Imaginaram? É, mas o Flamengo não tem Diego Souza, não tem Ederson, Guerrero e tem Márcio Araújo. Fica então a dúvida: Que tipo de omelete Oswaldo de Oliveira colocará à mesa rubro-negra? Os ovos à disposição estão para lá de impróprios à boa degustação. 

Paulo Victor, Pará*, escolha dois dos fracos zagueiros e Jorge (eu daria uma chance a Armero! ele precisa dizer a que veio), Canteros, Márcio Araújo e Alan Patrick, Sheik, Everton e Cirino****. Esse deve ser o Flamengo de Oswaldo - ou deveria. Ou deveria? Não esqueçamos que na granja do Sr Oswaldo ainda temos ovos preciosos como Gabriel, Kaike, Luis Antônio e Almir, ou seja, o omelete pode desandar e muito! Os ovos são os mesmos ovos de sempre e nenhum jogador do Flamengo, exceção feita ao Sheik, é muito diferente daqueles que sempre estiveram por lá. Por isso, mais que saber que Flamengo será escalado, o elenco do Flamengo nos permitirá saber que Oswaldo comanda o Mais Querido.

**** Eu experimentaria o Kaike de saída. Kaike?!! Nunca ouvi falar, mas qualquer experiência é melhor do que uma experiência já realizada e mal sucedida; e

* Pará... Esse rapaz foi bem expulso no jogo da eliminação do Flamengo da Copa do Brasil. Ele, segundo consta na composição da permanência do Fluminense na Primeira Divisão em 2013 está automaticamente suspenso da próxima partida do Mais Querido, ou não?

Flamengo, Flamengo...

Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia

Esta foto... um árbitro, um goleiro... E a favor do Flamengo, na partida de ontem, na qual se decidiu uma das vagas para as quartas de final da Copa do Brasil, deste difícil ano de 2015, foi apenas o que se viu. Sim, o zagueiro César do Flamengo, impedido, participou sim, do gol contra vascaíno. Gol este validado erradamente pela arbitragem num momento inicial do jogo em que o Flamengo já não fazia por merecer sua classificação. Classificação esta antevista por Guerrero e Jorge. A arbitragem ajudou o Flamengo e, Paulo Victor, em alguns poucos lances, também. No mais o que se viu em campo foi, novamente, um bando de jogadores dispersos em seus raciocínios e, principalmente, na ausência destes, correndo de um lado para o outro, umas vezes com a bola nos pés, outras vezes sem. Vimos um pedaço do time do Flamengo retrancado e um outro marcando a saída vascaína sobre pressão. Por quê? 

Por que o Flamengo não conseguiu, em duas recentes partidas, vencer o pior time do futebol brasileiro, levando em consideração suas duas principais divisões? Por que o Flamengo sequer conseguiu imprimir um mínimo de consciência tática nessas duas partidas - isso para não invadirmos o Campeonato Brasileiro, por quê?!

Luxemburgo em nenhum momento ofereceu à Torcida do Flamengo um time taticamente decente. Cristóvão, também não. O último treinador a escalar e montar em campo um Flamengo razoavelmente atrelado às tradições rubro-negras foi Jayme de Almeida. Não coincidentemente foi o último treinador a dar títulos ao Flamengo. Um nacional e um estadual. Ah, mas Luxemburgo não teve tempo, Cristóvão menos e Oswaldo de Oliveira muito menos ainda. Jayme também não foi contemplado com tempo algum e já em sua segunda partida o Flamengo se mostrou com uma cara, com intenções uniformes, com seus jogadores voltados de maneira organizada para um mesmo objetivo. O Flamengo de Oswaldo de Oliveira, ontem, demonstrou claramente que não tem planejamento tático algum e o semblante tranquilo de Oswaldo deixou claro que duas ações o treinador já terá de ter preparadas na ponta de sua língua: seus discursos para as seguidas derrotas que se anunciam e um discurso cheio de blá, blá, blá para sua demissão que também não está tão longe. Absurdo?! Não se perde para este Vasco da Gama, cujo presidente presidirá em 2016 direto da Sibéria, impunemente. O Flamengo ainda será entregue a Jayme de Oliveira este ano. (Eu espero)

Ah, fale do Vasco e de sua vitória!  Mas, foi uma vitória convincente? O Vasco aponta que não perderá seu próximo jogo no Brasileiro? O Vasco não será rebaixado? Falar o que do Vasco? Não há o que dizer.