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E o Mundial
do Flamengo se foi. Para quem estava preocupado com a escalação de Benzema,
Militão... com o ânimo de Vinny Malvadeza, se o Real Madrid levaria ou não a
sério a competição, ficou uma sugestão de soberba e, no mínimo, negligência com
o adversário da vez, o Al-Hilal. Antes
de mais nada dificilmente este espaço se dedicará a adversários do Flamengo,
salvo quando for respeitosamente impossível não citar as virtudes deste
adversário.
Não, o
Al-Hilal não é um adversário com essas características. Parece que minha
opinião se desencontra, mas não é assim. Respeitar o adversário de ontem significava
aparentar ciência de que havia um adversário antes do tão desejado jogo contra
o Real Madrid, nada mais. O Flamengo deveria ter estudado o jogo anterior do
Al-Hilal contra o time marroquino e... só. Bastaria apenas depois disso ser Flamengo.
Fazer jus ao seu time e ao seu elenco. Por exemplo, fazer Davi Luiz entender
que não se deve começar o jogo dando chutões para frente; fazer Matheusinho
compreender-se lateral direito do Flamengo e não se permitir àquilo que ele fez
em sua primeira oportunidade de errar. Ele errou bisonhamente. 1 x 0. Cobrar de
Gerson menos marra e mais concentração, de Thiago Maia menos nervosismo e mais
eficiência com a dinâmica que lhe é peculiar. Fazer com que os jogadores da
frente entendessem que é preciso retomar imediatamente bolas perdidas na defesa
adversária e organizar com a habilidade e o discernimento que possuem jogadas
com a possibilidade mais contundente de se transformarem em gols. Faltou tudo
isso e o Mundial do Flamengo se foi.
Culpar Vítor
Pereira... só mesmo os que têm preguiça de raciocinar e entenderem o momento. O
trabalho de Vítor está no início. Por conta disso pode ter havido dificuldades
no desenrolar das tramas de ataque e de defesa. Motivo suficiente para os
jogadores mais cascudos – tem um monte lá – tomassem para si as rédeas do jogo
e impusessem sua melhor condição técnica ao adversário. O time estava
aparentemente nervoso e inseguro na execução do mais simples, das trocas de
passes que fazem com tanta maestria. O adversário do Flamengo foi descobrindo
que ganharia fácil daquele adversário aos poucos. Os jogadores do Flamengo
menosprezaram as possíveis dificuldades em campo. Culpar Vítor Pereira... não acho justo.
Tenho uma
tese de que se ontem Dorival estivesse à frente do Flamengo teríamos vencido o
jogo com a facilidade esperada por “todos”. Por quê? Porque Dorival JR é tão
menos tático que o português que provavelmente os jogadores se sentiriam mais
por conta própria e tomariam para si as decisões de como marcar e de como armar jogadas de ataques.
Não teriam a quem seguir de maneira subserviente.
Na questão da
escalação... Gabigol e Pedro não podem
jogar juntos. Não podem? Podem!! Desde que o Flamengo abra mão de marcar em
pressão alta e com intensidade o tempo todo. Cebolinha faria isso melhor que
Pedro pela esquerda e, Everton Ribeiro faria o mesmo pela esquerda. Mas... O
trabalho de Vítor Pereira ainda é incipiente e dará frutos no futuro. Claro, se
a tropa não o derrubar antes. Apesar deste terrível tropeço – não perder o
Mundial, mas ser eliminado na semi -, o ano do Rubro-negro promete ter muito
mais alegrias que tristezas.
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