quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Flamengo é Flamengo

O problema do Flamengo é o Flamengo.
Flamengo e Atlético de Minas Gerais fazem hoje um jogo importantíssimo para ambas as equipes. Teria essa importância alguma ralação com o confronto entre Ronaldinho Gaúcho e seu ex-clube, o clube que ele sacaneou enquanto esteve vestindo as camisas que seu irmão lhe emprestava? Se existe essa relação a mesma não deveria haver. Há importância demais para Flamengo e Galo sem que seja necessário empurrar divulgação afora essa palhaçada de dar cartaz a quem cartaz não merece. Finalizarei no parágrafo abaixo o que penso dessa partida em relação ao Dentuço.

Ronaldinho Gaúcho meteu a mão no Mengão e isso é um fato. Ronaldinho Gaúcho não, o futebol que um dia Ronaldinho Gaúcho jogou o Flamengo por ele pagou e não o recebeu. “Pagou...” Se não pagou Dona Patrícia já tratou de provisionar para os próximos dez presidentes pagarem. “Provisionar...” Sim, Dona Patrícia provisionou a dívida e não o valor numa conta corrente do clube ou num capital a receber – até porque parece que Dona Patrícia já antecipou capital recebível até a data estelar de 3027. Mas, apesar deste fato, o de Ronaldinho não ter entregado o que prometeu entregar, acho que a Torcida do Mengão não deveria gastar suas parcas economias comprando apitos e nem “pastilhas vick” para a garganta pós-protesto. O melhor protesto contra o Gaúcho no jogo de hoje seria o fúnebre silêncio toda vez que o mequetrefe tocasse na bola. Já imaginaram isso?! Seria lindo e o cara realmente se sentiria mal, deslocado, penetra numa conversa da qual o assunto não pertence ao seu conhecimento. Gostaria de ver a Torcida do Flamengo ignorando o Dentuço como o ignorou no aeroporto. Isso sim é protesto. Apitaço... Ah! Não seria novidade. O problema do Flamengo hoje não se chama Ronaldinho Gaúcho e talvez nem se chame Atlético de Minas Gerais. O problema do Flamengo hoje se chama Flamengo.

Felipe, Wellington Silva, Frauches, González e Ramon; Cáceres, Amaral, Léo Moura e Cleber Santana; Vagner Love e Liedson. Este é o problema do Flamengo, essa escalação medrosa e bisonha.
Às vezes me pergunto se um projeto 2013 não seria suficiente para livrar o Flamengo da degola neste Brasileiro. Somente minha dúvida a respeito dessa conseqüente salvação me faz aceitar um meio campo com Cárceres, Amaral, Léo Moura e Cléber Santana. Cléber Santana... O cara acertou três passes na última partida e já faz jus a “10” do Flamengo, que pobreza!!!
Não gosto de Leo Moura no meio campo, ele conduz demais a bola e joga de cabeça baixa; será que ninguém percebe isso?! Cárceres, Amaral, Cléber Santana e Bottinelli, esse meio campo frágil ainda seria melhor às pretensões do Flamengo que este escalado por Dorival Jr. Mas ele é o treinador e eu sou apenas o cara que paga 200 reais no pay-per-view. Outra coisas, dois centroavantes que tendem a ocupar a faixa central do ataque do Fla não podem jogar num esquema 4-4-2 porque o time será facilmente marcado com o afunilamento das jogadas. Certamente é isso o que acontecerá hoje. Para Liedson e Love jogarem juntos Dorival deveria optar por um 3-5-2 com Leo Moura de volta à lateral e Ramon jogando de Juan (meu Deus, que fim de carreira!!). Do jeito que este Flamengo está escalado melhor será manter o controle remoto por perto, tenho fraqueza estomacal a desastres.

Esse Flamengo é o maior problema do meu Flamengo para esta noite. Gostaria de ver um time escalado de modo mais ofensivo, ignorando que o Atlético de Minas Gerais está no primeiro andar da tabela do campeonato. Gostaria de que a estrutura técnica do Mengão ajudasse a força lúdica e mítica do Manto Sagrado para que o Fla pudesse partir para sufocar o Galo em nossos domínios, mas não é isso que este Flamengo antecipa como expectativa. Será uma noite difícil. Tomara que não seja difícil demais.

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