domingo, 2 de janeiro de 2022

Jesus na vida de Paulo , O Mister.

 

Pingback - Mauro Cezar Pereira

Precisamos ajudar Paulo Sousa! Precisamos tirar Jesus de sua vida, o Jorge.

Renato Gaúcho e Rogério Ceni não foram derrotados pelo fantasma de J J, mas sim pela incapacidade de ambos de conduzirem como treinadores um elenco tão rico em inteligência como é este elenco do Flamengo. Jesus soube fazer isso e olha que o elenco àquela época nem era tão recheado de jogadores de gabarito tão alto. Tirou o máximo, ou perto disso, de cada um. Pediu e lhe entregaram. Renato e Ceni nem souberam do que se tratava. Não sabiam o que pedir.  Não têm culpa de serem limitados. Mas, são.

Paulo Sousa chega numa outra vibe. Treinador europeu, acostumado a lidar com jogadores inteligentes, intelectualmente e taticamente. Tem seus métodos e modos de armar o time e aplicar seus conceitos táticos. Pedirá aos seus jogadores o melhor de si. Poderá falhar? Claro! Basta não conseguir aquilo que pedirá aos inteligentes jogadores do Flamengo e, outras características desses jogadores prevalecerem. Por exemplo, o jeito mimado do jogador brasileiro em lidar com suas dificuldades. Aqueles chutinhos em copos de água mineral.

Uma frase de Gabigol dita a Renato Gaúcho retrata muito bem o que estou tentando dizer: “O combinado não sai caro.” Frase dita após ser chamado para ser substituído. Absurdo! Paulo Sousa, ao que tudo indica, não combinará nada com Gabigol que não esteja envolvido em tática e empenho. Simples assim.

Por isso, precisamos tirar Jesus, o Jorge, da vida de Paulo. Porque, ao contrário dos dois últimos arremedos de treinadores, Paulo Sousa saberá pedir. Tentará repassar comportamentos modernos e inteligentes de como jogar futebol aos seus comandados, e isso não terá nada a ver com Renato, Ceni ou Jorge Jesus. Saibamos compreender que no banco do Flamengo, a comandar o time, estará um cara que escolheu o Flamengo para treinar. Sim, investiu em si, mas ainda assim escolheu o Flamengo para treinar – é hoje, além de treinador, um torcedor como todos nós. Que Jesus nos ajude, o Cristo.

P.S. Não citei Doménec por entender que se tratou de uma outra proposta. Um treinador que imaginou que ganharia tempo, além das três derrotas habituais, para aplicar através de seus jogadores os seus conceitos de futebol, aqueles que dividiu durante anos com o melhor treinador em atividade.



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