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Precisamos ajudar Paulo Sousa! Precisamos tirar Jesus de sua vida, o Jorge.
Renato
Gaúcho e Rogério Ceni não foram derrotados pelo fantasma de J J, mas sim pela
incapacidade de ambos de conduzirem como treinadores um elenco tão rico em
inteligência como é este elenco do Flamengo. Jesus soube fazer isso e olha que o elenco
àquela época nem era tão recheado de jogadores de gabarito tão alto. Tirou o
máximo, ou perto disso, de cada um. Pediu e lhe entregaram. Renato e Ceni nem
souberam do que se tratava. Não sabiam o que pedir. Não têm
culpa de serem limitados. Mas, são.
Paulo
Sousa chega numa outra vibe. Treinador europeu, acostumado a lidar com
jogadores inteligentes, intelectualmente e taticamente. Tem seus métodos
e modos de armar o time e aplicar seus conceitos táticos. Pedirá aos seus
jogadores o melhor de si. Poderá falhar? Claro! Basta não conseguir aquilo que
pedirá aos inteligentes jogadores do Flamengo e, outras características desses
jogadores prevalecerem. Por exemplo, o jeito mimado do jogador brasileiro em
lidar com suas dificuldades. Aqueles chutinhos em copos de água mineral.
Uma
frase de Gabigol dita a Renato Gaúcho retrata muito bem o que estou tentando
dizer: “O combinado não sai caro.” Frase dita após ser chamado para ser
substituído. Absurdo! Paulo Sousa, ao que tudo indica, não combinará nada com
Gabigol que não esteja envolvido em tática e empenho. Simples assim.
Por
isso, precisamos tirar Jesus, o Jorge, da vida de Paulo. Porque, ao contrário dos
dois últimos arremedos de treinadores, Paulo Sousa saberá pedir. Tentará
repassar comportamentos modernos e inteligentes de como jogar futebol aos seus
comandados, e isso não terá nada a ver com Renato, Ceni ou Jorge Jesus.
Saibamos compreender que no banco do Flamengo, a comandar o time, estará um
cara que escolheu o Flamengo para treinar. Sim, investiu em si, mas ainda assim
escolheu o Flamengo para treinar – é hoje, além de treinador, um torcedor como
todos nós. Que Jesus nos ajude, o Cristo.
P.S. Não citei Doménec por entender que se tratou de uma outra proposta. Um treinador que imaginou que ganharia tempo, além das três derrotas habituais, para aplicar através de seus jogadores os seus conceitos de futebol, aqueles que dividiu durante anos com o melhor treinador em atividade.
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