Às vezes tenho a impressão de que mais pessoas (além desses dois amigos que não me largam) andam lendo o que eu escrevo por aqui. Hoje no Bem Amigos do Sportv - eu sei, é o maior ufanista do mundo!!! (sem ufanismos aqui), mas Toquinho tocando e cantando Vinícius ao lado do Paulo Ricardo... foi como num vestiário de uruguaios e botafoguenses, difícil manter a dignidade; mas, hoje no programa do Sportv, Galvão Bueno manisfestou uma idéia que sempre difundo por aí quando o papo é Seleção Brasileira. Talvez já tenha até escrito algo aqui no blog voltado para esta idéia, para esta visão de Seleção Brasileira.
Antigamente - não sou tão novo quanto minha beleza física tenta convencer -, nas Seleções Brasileiras, fossem elas ruins ou boas, estivessem elas se remontando de glórias ou fracassos; Gansos, Neymares, Patos, Robinhos, Lucas, enfim, essa jovem geração na qual depositamos todas as nossas esperanças de mantermos nosso fracasso em 2014 apenas no campo da infraestrutura, da corrupção e da falta de vergonha na cara dos governos e dos ministérios públicos, enfim, esses caras entravam nas Seleções Brasileiras aos poucos. A Seleção Brasileira advinda de uma Copa do Mundo era a base estrutural para a criação de uma nova Seleção Brasileira. O trabalho realizado no passado não era desprezado por completo, independentemente do resultado obtido na Copa pela Seleção em questão. Sim, eu sei que caminho na direção do abismo que é dizer que a seleção do Dunga não era de toda ruim. Mas não era mesmo!! E se fosse, dane-se, foram quatro anos de trabalho que não poderíamos ter dispensado como estamos dispensando na condução de Mano Teixeira Menezes à frente do selecionado. Vamos lá, vamos buscar a escalação do Brasil no fatídico jogo contra a Holanda.
Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Daniel Alves e Kaká; Robinho e Luís Fabiano. rsrsrsr Parece indefensável, mas não diria isso. Fico com pena do Juan, único jogador diferenciado nessa Seleção. Mas viemos aqui para defender a continuidade deste dejeto, digo, projeto. Seguindo o meu raciocínio, essa deveria ser a base da Seleção de Mano Menezes - talvez até seja, mas não em todos os setores fundamentais da equipe. Aliás, serei logo direto. O setor fundamental de um time de futebol que se preze é o seu MEIO DE CAMPO.
Penso que o Brasil deveria ter disputado essa Copa América - claro, quero aqui expor meu pensamento, jogadores machucados serão escalados a título de ilustração deste pensamento -, mas o Brasil deveria ter disputado essa Copa América com a seguinte escalação titular:
Júlio César, Maicom, Thiago Silva, Lúcio e Michel Bastos; Daniel Alves, Anderson, Kaká e Júlio Baptista; Neymar e Fred.
Banco: Jefferson, David Luiz, Dedé, Marcelo; Ramirez, Hernanes, Elano, Ganso, Lucas (SP), Robinho, Grafite e Nilmar
Pronto! Uma misturada de Dunga e Mano Menezes. Homens recebendo garotos para inserí-los aos poucos na Seleção Brasileira. O jeitinho Dunga de jogar, esse sim, deveria ser banido do futebol tupiniquim, mas as experiências desses jogadores não podem ser dispensadas, nem mesmo no Bem Amigos em entrevista do Ricardo Teixeira com o Galvão Bueno.
Sim, agora é facil falar, mas acho que o Uruguay teria que deixar um quilo certinho no buraco do campo de La Plata, agora conhecido internacionalmente como El Agujero del Elano. De qualquer forma, mesmo que não fôssemos felizes ao final desta Copa e tivéssemos mesmo de ver o silicone de El Loka Abreu sendo testado por seus companheiros no vestiário, ainda assim, desta Copa América saíriamos mais enriquecidos do que saímos com a renovação radical da dupla sertaneja Mano e Teixeira.
Ganso, Lucas e Neymar teriam arrebanhado uma experiência riquíssima, ao invés da cara de assustados que levaram da Argentina.
Mano convocou para o amistoso contra a Alemanha:
Julio Cesar
Victor
Daniel Alves
Maicon
André Santos
Lúcio
Thiago Silva
David Luiz
Dedé
Lucas Leiva
Ramires
Elias
Ralf
Luiz Gustavo
Paulo Henrique Ganso
Lucas
Fernandinho
Renato Augusto
Neymar
Alexandre Pato
Robinho
Fred
Jonas
Enquanto isso, na Baviera...
Goleiros: Robert Enke (Hannover 96/ALE) e Manuel Neuer (Schalke 04/ALE)
Defensores: Arne Friedrich (Hertha Berlim/ALE), Andreas Hinkel (Glasgow Rangers/ESC), Robert Huth (Middlesbrough/ING), Philipp Lahm (Bayern de Munique/ALE), Marcel Schäffer (Wolfsburg/ALE), Christian Träsch (Stuttgart/ALE) e Heiko Westermann (Schalke 04/ALE)
Meio-campistas: Christian Gentner (Wolfsburg/ALE), Thomas Hitzlsperger (Stuttgart/ALE), Bastian Schweinsteiger (Bayern de Munique/ALE), Tobias Weis (Hoffenheim/ALE), Marcell Jansen e Piotr Trochowski (Hamburgo/ALE)
Atacantes: Lukas Podolski (Bayern de Munique/ALE), Cacau e Mario Gómez (Stuttgart/ALE)
Neuer, Lahm, Friedrich, Jansen, Trochowski, Podolki, Schweinsteiger e Mario Gomez.
Bem, são oito os que identifiquei como participantes da disputa do terceiro lugar com o Uruguay na Copa do Mundo de 2010. É uma espinha dorsal. Haveria mais não fossem as contusões. Mas a presença desses caras não será fundamental para o borrar de cuecas dos meninos do Brasil. Enfrentar a Alemanha identificando em você (Ganso e Neymar) a responsabilidade em levar o Brasil à vitória não deve ser fácil. Ainda mais com o fato de que você não terá ninguém ao lado a lhe orientar, reclamar, aplaudir e guiar. Será outro Deus nos Acuda que poderá não gerar aprendizado algum. Ninguém aprende no meio do medo, mas sim na segurança, na paz para observar o que acontece ao seu redor. Jogar esses garotos às traças... Como já dizia o meu amigo Blatter ao ficar numa fila de elevador no galeão: a Copa é amanhã e o Mano Menezes está pensando que será depois de amanhã.