Primeiro tivemos o Murphy e sua Lei fadando à desgraça
iminente todo àquele que à desgraça iminente estiver à disposição. Depois de
muito tempo outro legislador entrou em cena e criou sua própria Lei: Gérson.
Com o Canhotinha a intenção era levar vantagem em tudo. Muitos assumiram essa Lei
ao pé da letra e, não sei se à deturpando ou não, passaram a buscar as vantagens
atropelando a ética, a moral e tudo o que pudesse se interpor no caminho. Temos
agora um novo legislador. Mas antes de divulgar o nome do “santo” e de sua Lei,
quero deixar claro que passa por mim uma sensação de dèjá vu assombrosa!
Bruno. Isso mesmo, o ex goleiro do Flamengo e atual
integrante do Presídio Bangu 1 e que acaba de renovar seu contrato com esta
equipe por mais 22 anos, é o mais novo
legislador do cotidiano popular brasileiro. A Lei: Sim, eu vi, mas aceitei.
Esta Lei foi criada no instante em que Bruno, o então
acusado da morte de Eliza Samúdio, tentou amenizar sua participação no crime,
dizendo que sim, ele sabia que a mãe de seu filho seria morta, mas, disse ele,
mas, ele aceitava o fato e... vida que segue, melhor, morte que se seguiu. Está
aí a Lei para o uso publico e indiscriminado. Agora, desculpe-me o Bruno, por
favor, não me queira mal, mas essa Lei já nasceu com um caminhão de
jurisprudências.
Quantos Governos e quantos Congressos e Câmaras em suas
relações que beiram a promiscuidade, trocaram atitudes e falta de atitudes numa
simbiose chorumenta de dar nojo até em barata?
Pois é, numa atitude que envolve o povo, o Congresso e o
Governo, as três Leis mencionadas acima se juntaram para num ato Fora-da-Lei
empurrar, sabe-se lá por onde, um cidadão acusado de estelionato e homofobia
para representar o povo – trata-se de um representante eleito pelo povo – na presidência
da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Sim... seria cômico se não fosse
verdade – frase feita, feita para casos como este.
Gays, simpatizantes, negros e demais minorias tupiniquins
achavam, com toda razão, que o mundo (verde e amarelo) já era uma merda. Mas,
eis que Murphy veio nos dar o ar de sua desgraça. “Ruim? Podemos piorar!” O que seria pior para um gay e/ou para um
negro ter como seu representante numa Comissão de Direitos Humanos um racista
homofóbico? Nossa Senhora! Sim, trata-se de um cargo concedido para que os
partidos de sustentação do governo tenham vantagens noutras frentes, ou noutras
amarrações que não aparecem na frente, mas sim por trás do conhecimento geral –
aliás, acho que nem se preocupam mais com isso, com os segredos maléficos que
tanto mal nos fazem. E aqui aplicamos a Lei do Gérson... Claro que tem alguém
levando vantagem nesse descalabro! Quem? Ora, ora...
Então, num mesmo instante negro para a história do país, de
seu governo e de seu congresso, duas leis populares se unem para nos desgraçar
à hilária situação na qual essas instituições nos lançaram, mas... Não está
faltando uma terceira Lei mencionada no contexto deste texto? Claro que está!!
Está faltando a Lei de Bruno. “Sim, eu sabia, mas aceitei..”
Companheiro... Será que a Dona Dilma sabe o que está
acontecendo na Comissão de Direitos Humanos do país ao qual ela governa? “Sim,
eu sabia, mas aceitei...”
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