sexta-feira, 8 de março de 2013

Triunvirato Legislativo da Desgraça Tupiniquim


Primeiro tivemos o Murphy e sua Lei fadando à desgraça iminente todo àquele que à desgraça iminente estiver à disposição. Depois de muito tempo outro legislador entrou em cena e criou sua própria Lei: Gérson. Com o Canhotinha a intenção era levar vantagem em tudo. Muitos assumiram essa Lei ao pé da letra e, não sei se à deturpando ou não, passaram a buscar as vantagens atropelando a ética, a moral e tudo o que pudesse se interpor no caminho. Temos agora um novo legislador. Mas antes de divulgar o nome do “santo” e de sua Lei, quero deixar claro que passa por mim uma sensação de dèjá vu assombrosa!
Bruno. Isso mesmo, o ex goleiro do Flamengo e atual integrante do Presídio Bangu 1 e que acaba de renovar seu contrato com esta equipe por mais 22 anos,  é o mais novo legislador do cotidiano popular brasileiro. A Lei: Sim, eu vi, mas aceitei.
Esta Lei foi criada no instante em que Bruno, o então acusado da morte de Eliza Samúdio, tentou amenizar sua participação no crime, dizendo que sim, ele sabia que a mãe de seu filho seria morta, mas, disse ele, mas, ele aceitava o fato e... vida que segue, melhor, morte que se seguiu. Está aí a Lei para o uso publico e indiscriminado. Agora, desculpe-me o Bruno, por favor, não me queira mal, mas essa Lei já nasceu com um caminhão de jurisprudências.
Quantos Governos e quantos Congressos e Câmaras em suas relações que beiram a promiscuidade, trocaram atitudes e falta de atitudes numa simbiose chorumenta de dar nojo até em barata?
Pois é, numa atitude que envolve o povo, o Congresso e o Governo, as três Leis mencionadas acima se juntaram para num ato Fora-da-Lei empurrar, sabe-se lá por onde, um cidadão acusado de estelionato e homofobia para representar o povo – trata-se de um representante eleito pelo povo – na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Sim... seria cômico se não fosse verdade – frase feita, feita para casos como este.
Gays, simpatizantes, negros e demais minorias tupiniquins achavam, com toda razão, que o mundo (verde e amarelo) já era uma merda. Mas, eis que Murphy veio nos dar o ar de sua desgraça. “Ruim? Podemos piorar!”  O que seria pior para um gay e/ou para um negro ter como seu representante numa Comissão de Direitos Humanos um racista homofóbico? Nossa Senhora! Sim, trata-se de um cargo concedido para que os partidos de sustentação do governo tenham vantagens noutras frentes, ou noutras amarrações que não aparecem na frente, mas sim por trás do conhecimento geral – aliás, acho que nem se preocupam mais com isso, com os segredos maléficos que tanto mal nos fazem. E aqui aplicamos a Lei do Gérson... Claro que tem alguém levando vantagem nesse descalabro! Quem? Ora, ora...
Então, num mesmo instante negro para a história do país, de seu governo e de seu congresso, duas leis populares se unem para nos desgraçar à hilária situação na qual essas instituições nos lançaram, mas... Não está faltando uma terceira Lei mencionada no contexto deste texto? Claro que está!! Está faltando a Lei de Bruno. “Sim, eu sabia, mas aceitei..”
Companheiro... Será que a Dona Dilma sabe o que está acontecendo na Comissão de Direitos Humanos do país ao qual ela governa? “Sim, eu sabia, mas aceitei...”

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