Daqui a poucas horas um grupo de meninos bons de bola representará o Flamengo em seu jogo mais importante do ano (até aqui, óbvio). Na decisão da Copa São Paulo de Futebol Junior, o Mengão enfrentará o Bahia às 10 da matina no Pacaembu - a temperatura deverá estar uma maravilha. Fico pensando no infeliz que marca uma partida de futebol, no Verão brasileiro, para uma hora dessas, certamente ele estará na arquibancada descoberta sentado com seu bumbum branco no chão escaldante
Insatisfações a parte, venho aqui falar justamente de seu reverso, a satisfação. Satisfação em ler a reportagem de Eduardo Peixoto no Globo.com que aborda o timaço do Flamengo que disputa a Copinha e a relação profissional/comercial de cada jogador com o Mais Querido. Satisfação em saber que Frauches e os laterais gêmeos Anderson e André são 100% do Flamengo; que Muralha, Lorran, Negueba, Adryan e Lucas variam seus percentuais nas casas entre 90 e 80%, e que Rafinha e Thomás são 60 e 50 % respecivamente do Mengão.
Que fique claro que minha satisfação não está diretamente relacionada ao fato de que se o Flamengo vender Muralha ficará com 100% da bufunfa arrecadada, é justamente o contrário, ou algo parecido com isso. Fico feliz em saber que se o Fla tiver uma filosofia de manter seus craques, implantar essa filosofia não será tão difícil assim. Basta um contrato decente e o "moleque" continua dando alegrias à Maior do Mundo.
Essa diretoria do Mengão, que traz Patrícia Amorim como mandatária e, que tanto foi criticada por mim, pelos motivos que expus numa outra oportunidade, parece mais uma vez abraçar-se ao vanguardismo que sempre teve o rubro-negro como suas mais empolgantes e atuantes cores ao longo dos anos mais remotos. "Craque o Flamengo Faz em Casa". Puxa, como era bom ver essa frase estampada na realidade. Rondinelli se aposentando, Mozer nascendo. Toninho Baiano e Carlos Alberto pendurando suas chuteiras rubro-negras e Leandro encantando. Era bom demais!
Hoje em dia, até a contramão desta filosofia funciona melhor se o trabalho for bem feito. Sabemos todos que não existe vitrina melhor no Brasil do que o Manto Sagrado. Imaginem essa garotada ganhando títulos enquanto garotos, repetindo doses quando a maturidade chegar. Quanto custará um Muralha com 24, 25 anos? Um Negueba? Um belo zagueiro como este Frauches? Oportunidade de mudar Dona Patrícia! Sei que a senhora, como leitora assídua deste Blog que é, não deixará a peteca da inteligência rubro-negra cair.
Quanto ao jogo... Que esses meninos tenham não a dose exata do que é o Flamengo (a soberba lhes subiria à cabeça), mas sim a dose exata da necessidade, para suas carreiras, da conquista dessa Copinha. Vencer no Flamengo repercute. Vencer no Flamengo dá moral para o restante da carreira. O time não pode esquecer deste seu objetivo-mor, mas precisa saber também respeitar seu adversário. Ninguém chega à final de uma Copa São Paulo de Futebol Junior sem merecimento. É muito difícil. Que a sequência do pensamento colocado em prática até aqui perdure até o apito final. Isso acontecendo, certamente o Mengão estará com o caneco nas mãos.
Boa sorte meninos!!
P.S. Quando a reportagem do Eduardo Peixoto se refere a Marlon, Matheus eVítor Hugo não os cita como jogadores do Flamengo. No lugar da definição põem um " * " . César, o excelente goleiro do time é jogador emprestado pelo Sendas.
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