Era uma vez, há muito tempo, um internauta que adorava ouvir e ler jornalistas esportivos. Ele era um verdadeiro caçador de notícias voltadas para o esporte, mais precisamente para o futebol, esporte que tanto gostava. O mundo vivia um período de muitas turbulências quando o assunto era informação voltada para o futebol. Muitas oportunidades e facilidades para aqueles que detinham as informações poderem divulgá-las também existiam. Jornais escritos, jornais virtuais, Blogs e uma ferramenta incrível para ambos os lados, aquele que desejava informar e aquele que precisava da informação -:o twitter. O twitter era realmente uma ferramenta muito poderosa. Chamado também de mini-blog, o twitter captava a informação de quem a detinha e quase que instantâneamente à repassava aos muitos seguidores do dono do mini-blog. Sensacional! O jornalista assistia a um treino, de uma determinada equipe, o craque sofria uma entorse no treino e, antes do departamento Médico chegar ao jogador, a informação da contusão já fazia parte do conhecimento de um monte de gente. Mas essa arma poderosa não poderia cair em mãos erradas. Não poderia, mas caiu. Alguns jornalistas esportivos aproveitaram-se dessa mídia poderosíssima para escrever, ao invés de informar, coisas do tipo:
@joseilan
José Ilan A iguana agora tá de vestidinho no carrinho do supermercado. Peraí q vou ali ter um derrame.
@joseilan
José Ilan Chego ao hotel e descubro na recepção q tá rolando aqui a convenção mundial das gordinhas de mini-saia. #sp
@joseilan
José Ilan Cidadão chegou nimim no Stos. Dumont e falou: gosto muito de vc, desde a época da TV. Mas bom mesmo é o tal do @Garamba. Concordei.
@RicaPerrone
RicaPerrone @joseilan ta em sp e ainda nao me ligou pra filar o almoco??? Nao vamos comemorar juntos o tri do mumu!?
@RicaPerrone
RicaPerrone Impressionante como o laranjinha parece o alexandre pires
Citarei apenas esses pois porque se vou me esforçar para procurar alguma coisa na net dedicarei esse esforço a procurar algo de bom, e não informações do tipo: "Subi no avião" "Desci do trem" "Meu filho gosta do Cartola" "Encontrei com meu jornalista favorito -hum, hum -, em São Paulo" "Acho que o fulano deveria sair do Big Brother" - essa foi do piru! .
Ora, meu amigo leitor e amante do esporte, acredito (espero muito, chego a rezar) que você não esteja interessado em saber a hora na qual o jornalista esportivo foi fazer cocô, ou se ele trocou de cueca essa semana. Imagino, na verdade, que você esteja interessado em notícias do seu time e, em comentários a dispeito dessas notícias. Se for isso cuidado! Você pode acabar sendo chamado pelas figurinhas acima de "animal" e de "jumento". Não acredita?!! Experimente discordar da hora na qual o ser huano foi fazer cocô.
Para não dizer que só falei de coisas que não prestam, há no Rio de Janeiro uma rádio excelente - para aqueles que torcem por times do Rio de Janeiro, course -, uma rádio onde sua inteligência e seu senso crítico são respeitados. Super Rádio Tupi. Wagner Menezes e Eugênio Leal comandam prograas espetaculares. Possuem todas as notícias dos demais veículos, com uma vantagem: as notícias são comentadas por pessoas que entendem do riscado e não são aventureiros de ocasião. Washington Rodrigues, Jorge Nunes, Ruben Leão, Luiz Ribeiro (sensacional), Iata Anderson, enfim... Vale à pena conferir.
Costumo comparar as figurinhas acima com algo que acontece na dramaturgia brasileira. Antigamente tínhamos a frequentar os casts das novelas de Dias Gomes e Janete Clair apenas times de primeira linha da draturgia nacional. Hoje o cara e a menina são bonitinhos, gostosinhos... pronto, põe a cara na telinha e nos obrigfam a assistir as Helenas de Manoel Carlos. Assim acontece no jornalismo esportivo. O advento da internet é a carinha bonitinha disponível na mídia. Aí o menininho faz uma faculdadezinha ali, vira jornalista e me obriga a ler e descobrir que hoje ele fez xixi e não puxou a descarga. Paciência, são os sinais dos tempos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário