segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A mesmice se restabelece


Oswaldo de Oliveira cansou de ser elogiado por aqui. Mereceu. Apresentou-nos um Flamengo totalmente diferente daquele que a torcida estava se acostumando a ver. Um Flamengo que se encaminhava a passos largos na direção de mais um ano lutando ao lado de times como o Vasco da Gama para não ser rebaixado. Mas Oswaldo chegou, sacramentou a eliminação do Flamengo para este mesmo Vasco da Gama e começou, a partir dali, a nos mostrar um Flamengo diferente, um time entrosado, focado no ataque inteligente e com sua defesa, até então território de ninguém e todo mundo aos mesmo tempo, numa defesa pelo menos mais tranquila e protegida. Envolvendo adversário após adversário com sabedoria e organização, o Flamengo de Oswaldo tirou um saldo de gols negativos imenso, passou a liderar o segundo turno do Brasileiro com folga e aproveitamento de 100% e, o mais importante, passou a levar rubro-negros de volta aos estádios daqui, dali e de acolá. Organização tática aliada à eficiência defensiva e fascinação no ataque. O Flamengo de Oswaldo nos fez acreditar até em título! Mas, tudo não passou de uma abóbora de seis rodadas.

Um goleiro mãos-de-quiabo que insiste em armar barreiras de um lado da balize e se colocar indefeso do outro lado desta barreira, torcendo para que a bola não passe por cima dela pois, se passar... saco! Paulo Victor não sabe sair do gol e não sabe se colocar em cobranças de faltas. Faz milagres, mas quem precisa de milagres é peregrino, o Flamengo precisa de um goleiro seguro. O Flamengo não tem este goleiro. Talvez até tenha, mas no arco da Macaca.
Um lateral direito que comemora as bolas que consegue - não são todas - espanar para a lateral do campo. Pará não faz nada além disso o tempo inteiro. Fraco na marcação, nulo no ataque. Seu reserva é um vocacionado servente de obra que resolveu sacanear os times por onde passa com sua habitual deficiência técnica e, aparentemente, mental. 
A zaga do Flamengo... As zagas do Flamengo, qualquer uma que seja, serão sempre um tenebroso enredo de filme de horror. Um alucinado desorientado chamado Marcelo, um não menos desorientado chamado Wallace, um aéreo de pernas compridas chamado César e um enganador chamado Samir, o Flamengo não tem uma zaga que lhe garanta um 0x0 sequer. Ontem o zagueiro César ao escolher espanar uma das diversas bolas lançadas na área do Flamengo, ao invés de fazê-lo para a lateral, pois poderia ter jogado a bola pela linha de lado, preferiu ceder um escanteio aos vascaínos. Fiquei impressionado no primeiro instante mas, depois, compreendi. Córner ou lateral, qualquer bola jogada de qualquer jeito na área rubro-negra causará o mesmo desatino nos jogadores que compõem a defesa de Oswaldo de Oliveira. Por isso o zagueiro dispensou a bola para onde seu nariz apontava. Jorge se salva, mas não muito. Ainda acha que joga mais do que realmente joga e entrega demais para um lateral que pretende galgar ares diferentes.
Márcio Araújo não se comenta. Horrível! Canteros se vê a cada jogo mais influenciado pelo péssimo futebol de seu companheiro e o tem acompanhado em atuações pífias, aquém de atuações melhores de seu início na Gávea.
Alan Patrick é uma lâmpada pisca-pisca com ênfase no travessão que separa suas raras piscadas. Uma atuação boa que tenta sustentar as quatro horríveis atuações seguintes. Precisa melhorar, mas até que ponto suas más atuações têm a influência da desarrumação de Oswaldo de Oliveira? Não sei e isso envolve seu companheiro de armação, seja ele Paulinho ou Éverton. Aliás, nem Paulinho e muito menos Évertom podem atuar como armadores em lugar nenhum. São atacantes com algumas características positivas e muitas deficiências. Éverton só corre. Não sabe passar e muito menos finalizar. Paulinho finaliza bem e... só. Sheik se salva pela luta, mas sua indisciplina tática acaba por abafar, como foi ontem, sua luta e seus lampejos de habilidade e visão de jogo. Mas ainda assim é útil. Guerrero... Bando para você Guerrero. No Flamengo nem Zico jogou apenas pelo nome que possuía. Você saiu e jogava bem. Kaike entrou e deu conta do recado até melhor que você. Você voltou e Kaike sentou-se no banco. Tudo bem. Mas você não está jogando nada e ainda fica reclamando da arbitragem o tempo inteiro! Banco para você, imediatamente!

Esse é, ou tem sido, o Flamengo de Oswaldo de Oliveira. Oswaldo que em suas falácias pseudo-intelectuais nas coletivas dizia que seu sucesso ainda estava, de certa forma, atrelado aos benefícios da passagem de Cristóvão Borges pelo Flamengo... Pode ser. Mas, de uma coisa eu tenho certeza, este seu Flamengo de ontem sim, perdido, fraco, covarde e débil esteve muito parecido com o Flamengo de Cristóvão. O Flamengo que custou a cabeça de Cristóvão. Portanto, Sr Oswaldo de Oliveira, trate de apresentar novamente o Flamengo de seu início. Alguns jogadores não lhe ajudam mais? Mande-os embora. Mas trate de rearrumar este Flamengo para que a Torcida se iluda novamente em busca de um lugar melhor na tabela, pois já andam perguntando pelo diâmetro de seu pescoço, talvez para lhe providenciar uma bandeja adequada. Arrume este Flamengo. Pois este é o mesmo Flamengo de volta aos nossos pesadelos. Não vencer o Vasco... O Vasco descerá em último, com propriedade de rebaixado.

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