Pura balela! Todos se importam, se engalfinham e se engalfinharão até o final deste interessante certame. Este texto não teria a ousadia infame de desprestigiar o G4 e a busca por um lugarzinho ao Sol ou à beira do Rio da Prata. Não, não é com esse olhar que o texto tratará o G4.
Mas, para este texto o G4 não é uma busca e nem um lugar de chegada. O G4 é, para este texto, uma consequência. Consequência de um trabalho bem feito, de tempo para que se treine um time, de estrutura e, principalmente, de elenco. Sim, o Flamengo está no G4 e Oswaldo de Oliveira ainda não teve seu tempo e, muito provavelmente, usaria isso como desculpa caso o Flamengo não estivesse onde está. Mas... o Flamengo está no G4. Consequência. O Flamengo tem hoje um belo elenco. Enfrentou o Cruzeiro ontem com um sem número de reservas e nem assim deixou de fazer valer o seu favoritismo adquirido logo após o Fla-Flu. O elenco do Flamengo foi fundamental, mas não foi tudo.
A diretoria Flamengo terá a obrigação de se lembrar dessa fase atual do time quando estiver se preparando para demitir Oswaldo de Oliveira, Este bom elenco, a estrutura e a falta de tempo não chegaram com Oswaldo, Cristóvão teve, inclusive, mais tempo para fazer esses jogadores jogarem um futebol mais aguerrido, padronizado, entrosado e focado no resultado da partida. Assim é o Flamengo. Assim foi o Flamengo que enfrentou e venceu bem ao Cruzeiro na noite de ontem. Titulares e reservas envolvido num mesmo propósito, de uma maneira homogênea, errando e acertando como sempre fizeram, mas errando e acertando envolvidos por um padrão de jogo que privilegia a posse da bola e o passe vertical. Dentro de seus limites técnicos e táticos, a partir da montagem de meio time titular e meio reserva, Jonas, Luiz Antônio, César, Kaike e os demais superaram o adversário com autoridade de quem acabará chegando longe no campeonato.
O início fulminante do time ontem jogou o Cruzeiro para as cordas, mas os golpes, ao contrário do que aconteceu no Fla-Flu, não foram desferidos. O Fla apertou, tomou a bola, mas não sabia ao certo o que fazer com ela. Credito este inicio meio confuso ao desentrosamento do time mesclado de reservas. O Cruzeiro entendeu que o Flamengo não se entendia e tomou conta do jogo. A Raposa de Minas poderia ter saído com um resultado positivo para o intervalo da partida. Mas, não saiu. Quem saiu vencendo foi o Flamengo que já ameaçava se encontrar mesmo quando o placar ainda estava em branco. Mas claro, o gol ajudou muito e o Flamengo voltou diferente para o segundo tempo.
Na segunda etapa o Fla mesclado voltou muito mais parecido com o Flamengo titular de Oswaldo de Oliveira. Resultado dessa transformação? Um Flamengo mais envolvente e senhor de seus passos dentro de campo. Rapidamente o Cruzeiro de dominador passou a dominado e a vitória passou a ser o resultado comum para a partida. O time bem treinado e arrumado por Oswaldo de Oliveira praticou um bom futebol no segundo tempo, não teve sua vitória ameaçada e ainda fez mais um gol - golaço de Luiz Antônio. Como consequência o Flamengo assumiu a quarta posição na tabela do Brasileiro, o tão sonhado G4. Consequência. Os frequentadores desse seleto grupo de times no campeonato normalmente chegam e mantém sua posição até o final praticando um futebol melhor que os demais. Parabéns aos rubro-negros!
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