terça-feira, 8 de setembro de 2015

Não pensar é transgredir, perdão.

O futebol e seu universo... O futebol de antigamente era melhor, os jogadores eram dedicados aos seus times, os árbitros não eram mancomunados com o errado, com conspirações e quadrilhas; as Federações organizavam bons campeonatos e nós tínhamos a nossa Seleção Brasileira. O futebol de antigamente era muito melhor! E quem tratava de comentar o futebol? Ora, algumas mentes como as de Nelson Rodrigues, João Saldanha, Armando Nogueira, Luís Mendes - isso apenas para ficarmos numa das chamadas "mesas redondas". Mas o que aconteceu então ao futebol? Onde está lúdico que permeava toda essa áurea tão envolvente e apaixonante?necessariamente Sim, porque hoje tudo o que foi relacionado acima ou acabou ou virou piada de mau gosto. 
Sem ordem e nem necessariamente citando ou deixando de citar os elementos saudosamente citados acima, pergunto-me enquanto tento responder: o que aconteceu com o melhor futebol do mundo e seu universo maravilhoso?
Lembremos que o futebol, o de antigamente, óbvio, já serviu como o ópio do oprimido povo brasileiro. O coro comia em nossas línguas que não podiam reproduzir nossas mentes, nos supermercados cada vez mais opressores, nos relacionamentos e na vida social de uma maneira geral sempre observadas pela hipocrisia controladora de nossos passos. O futebol tinha um papel importantíssimo na vida de todos nós, enquanto nos agradava e ludibriava tal e qual um Garrincha e seus Joões. Até isso se foi.
Cresci? Talvez. Àquela época, aparentemente, pensávamos mais e dizíamos menos. Não podíamos dizer qualquer coisa a qualquer um. Passávamos os tempo pensando - nem todos, verdade. Creio inclusive, que a exemplo dos dias atuais, a ignorância era uma necessidade. Mas hojer  podemos falar! Difundir o pensamento, nossas conclusões, discutir. Colocar para fora, seja num bar ou num programa de TV, todo o nosso pensamento, todos os nossos pareceres a respeito de qualquer coisa - futebol, estamos ainda neste universo (ou não). Claro, dependendo do veículo de comunicação no qual você trabalha, ou mesmo do ambiente no qual você se encontra no momento, dizer qualquer coisa a respeito de qualquer coisa poderá lhe trazer problemas diversos que variam de reprimendas até bolachas de torcedores rivais. Mas, via de regra, sua voz contando de seu pensamento será sempre bem-vinda. Então vamos lá, vamos ao que interessa. Pense!
Pensar o que sobre o quê? Levante seu olhar e perceba no início deste texto os poucos motivos citados no universo do futebol, os quais estou aqui utilizando para falar de pensamento, de sua necessidade de pensar e, de sua necessidade em pensar. Calma, também preciso levantar o olhar.

Nossos jogadores hoje em dia beijam demais! Beijam distintivos demais. Aliás, beijavam. Bebeto foi , a meu ver, o ícone beijoqueiro do futebol brasileiro. Bebeto, que jogou no Vitória, no Flamengo, no Vasco, no Flamengo, no Botafogo... aqui no Brasil, passeou seu contra-cheque por rivalidades centenárias sem o menor pudor. Hoje o jogador brasileiro nem perde tempo em beijar distintivos ou mesmo procurar entender as rivalidades diversas, maior e verdadeiro tempero das paixões que o brasileiro tem por seu clube. Amar não basta, "odiar" o time adversário é uma necessidade consequente. Mas, já parou para pensar nisso, no fim da paixão na relação do jogador com seu clube, seja ele de coração ou de origem?
A arbitragem... como faço para manifestar aqui o meu sorriso sem agredir muito a Língua Portuguesa? kkkkkkkkk? rsrsrsrsrsrsrsrr? ushuaushuauhsua (esse é terrível!). É muito fácil, se pararmos um pouquinho para elaborarmos um pensamento, acharmos que os jogos no futebol brasileiro são sim, arbitrados por profissionais. Não árbitros profissionais, mas por quadrilheiros profissionais! Será? Já adianto que não vejo os árbitros como ninguém além de um bando de incompetentes.   Um bando não, pois bando remete ao banditismo e não os vejo assim. Vejo-os despreparados por não contarem com uma estrutura que lhes possa permitir melhorar. Mas... vamos ao estádio e nos defrontamos com telas de led sem a atenção e uma discussão no mínimo cabível, pois tanto o acesso ao estádio como à imagem do jogo nos geram custos absurdos. Absurdos... Absurdos?!! 
A outrora Seleção Brasileira, patrimônio mais apaixonante de todas as nossas vidas... O rico, o pobre, o opressor, o oprimido, todos nós tínhamos nossa Seleção Brasileira! Tínhamos, e era a nossa Seleção quem nos representava no exterior, mostrando ao mundo uma imagem nossa alegre e envolvente, não opressora ou oprimida, rica ou pobre - ao menos era o que imaginávamos. Mas, falar de Seleção Brasileira hoje em dia nos forçará a citar Dunga, Ricardo Teixeira, Marin, Del Nero, FBI e um capitão chamado Neymar... Não dá. Quer dizer, dar, dá, mas não sem antes elaborar um pensamento e o pensamento reproduzirá aborrecimentos, por isso prefiro aqui disseminar o "não-pensamento". Mas, e você, o que pensa sobre a Seleção Brasileira? Sinceramente, apesar dos ridículos índices de audiência dispensada à Seleção da CBF, os estádios ficam sempre cheios para ver o balcão de negócios que antes era o nosso mais apaixonante patrimônio. Por que essa relação se dá assim? Com a palavra a mídia especializada em futebol.
Aí amigo sai João Saldanha e entra Neto. Entra Galvão Bueno e sai Luís Mendes. Nelson Rodrigues é substituído por Ricardo Rocha, Lédio Carmona, Caio Ribeiro, Casagrande, Arnaldo César Coelho, Ronaldos, enfim... A contestação e a concordância inteligente saem aborrecidas e em seus lugares entram a parcimônia inconteste, a obediência à linha de pensamento interessada, o desconhecimento do esporte jogado, a censura velada, enfim, hoje entram em nossa casa, através de nossos monitores de TV para nos adestrar ao pensamento alheio. Você já parou para pensar nisso? Não valeria à pena discutir consigo mesmo, com seus amigos, sobre o que aconteceu àquele mundo tão maravilhoso do futebol brasileiro? 

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