Não é só o Juca Kfouri que deveria tomar um chazinho de Simancol, tem mais gente com a necessidade urgente de abraçar-se para sempre às rotinas dos radicais monges tibetanos em relação ao silêncio. No jornal O Lance de hoje, mais precisamente em sua contra-capa, também conhecida na redação deste jornal como "página 2", eis que me deparo com o pensamento do sr Thiago Bokel, traduzido alí em desnecessárias palavras.
Para você que é pão duro desde criancinha e não dispõe da vontade de gastar R$ 1,25 para comprar o diário esportivo, transcreverei abaixo o disse o rapaz achincalhado neste post. Sim, terei de transcrever porque não encontro a coluna dele em lugar nenhum para um copiar/colar!
"Ultimamente, nada tem sido mais batido no futebol, fora das quatro linhas, do que dar de presente às celebridades a camisa de um clube. Fica tão explícito que não há um mínimo de estudo sobre o presenteado, que a entidade acaba dando um tiro no pé. Há uma necessidade de afirmação sobre os rivais para mostrar que os ilustres são identificados com seu "manto". O caso do Kelly Slater, astro do surfe, ontem, foi um exemplo de como isso vem sendo malfeito. "Jogaram" o uniforme rubro-negro antes do cruz-maltino para o esportista. Ele aceitou. Mas depois, na coletiva, disse que não torcia para clube algum. Olha a vergonha. Recentemente, algo parecido aconteceu no show do Ozzi Osbourne no Gigantinho, ginásio do Internacional. Primeiro arremessaram no palco uma camisa do Grêmio. Ele aceitou. Depois, mandaram uma do Colorado, recusada. As celebridades estrangeiras pouco se importam com os clubes daqui. Se bobear, nunca ouviram falar. Mas pela necessidade de aparecer, os dirigentes seguem presenteando-as só para provocar o rival."
Ufa, fim!
Será mesmo que o Flamengo, na pessoa de seu Departamento de Marketing, se preocupou com algum rival na hora em que vestiu Kelly Slater com o Manto Sagrado? Será que o Flamengo, ou algum rubro-negro, acha, ou está preocupado com o clube de coração do Kelly Slater? Será que Mick Fanning, outro excelente surfista, único a duelar com Kelly pelo topo do surfe mundial nos últimos anos, também atrai a preocupação do Flamengo sobre o time para oqual torce? E a maior dúvida de todas: Será que Patrícia Amorim se preocupou com o Vasco ou com o Corinthians quando vestiu Barack Obama de rubro-negro?
Claro que não!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Para a imagem do Flamengo basta que sejam publicadas na imprensa do mundo inteiro fotos das celebridades, sim, vestindo o Manto Sagrado. Não em detrimento deste ou daquele rival, até porque na Itália e nos Estados Unidos ninguém sabe o que é Vasco, se é para comer ou para usar como preservativo. Corinthians? Fluminense? Não, amigo leitor - a constatação é triste para o brasileiro que vive em mim -, mas ninguém conhece nada que não seja Flamengo além das fronteiras. Ôpa!!! Estou me referindo ao esforço em vestir celebridades. Claro que esses clubes são conhecidos lá fora! Ainda tem o Santos de Pelé, nossa! Mas o Ozzy atrai um público que não sabe quem foi o Santos de Pelé e muito menos o Corinthians de Dentinho, mas talvez algum doidão tenha se perguntado: What a beautiful shirt is that? It's a Mentol Ségradol, responderia eu se estivesse próximo ao fumacê.
Será que Patrícia Amorim imaginou: "Puxa, finalmente, depois de Bin Laden, o mundo descobriu para que time torce o amigo Barack?" Não creio.
O amigo Bokel trabalha num jornal, deveria entender um pouquinho mais de marketing e pensar, também um pouquinho, não muito, antes de correr para o teclado.
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