Joel Santana também é cultura.

Não meus jovens leitores, não me refiro ao Curse of Inglish for the Travellings off Return of the Africa Of South, ministrado pelo Professor nas horas vagas, mas sim ao time de Joel Santana escalado para a disputa do Brasileiro deste ano que está me tirando do sério e da frente dos noticiários esportivos, dos jogos, dos videogames de futebol, da minha gaveta de camisas do Flamengo, enfim, de tudo o que me lembre aquela coisa traumática que vimos ser derrotado por um time de Vanderlei Luxemburgo. O que fiz? Ora, fui tratar da mente já que a alma estava mesmo em decomposto frangalho. Fui ao cinema. Vi dois filmes cujas expectativas me chamaram a atenção por motivos diferentes: um por conta da dupla Johnny Depp/Tim Burton e o outro pelo encontro de Ridley Scott  a meu complexo de Agente Mulder. E lá fui eu...

Sombras da Noite
Nem Jack Sparrow nem Freddy Allberline de Do Inferno. Não sei  ao certo se Johnny pretendia juntar os dois no personagem vampiresco Barnabas Collins ou se o que pretendia era justamente o contrário, ver-se livre dos gestos e caguetes dos excelentes personagens anteriores - o cara é uma fera, um dos melhores para mim, mas seu personagem viajou na maionese. Tim Burton também pareceu-me confuso entre o clima de Edward e de A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, acabou numa mistureba que não se completou no, ao meu ver, fraco enredo do filme. Pô, um vampiro que volta do passado para aterrorizar nos "tempos modernos", mesmos em tempos não tão modernos assim, poderia ser muito melhor explorado! Umas piadinhas de Jack aqui, um suspensesinho excessivamente fantasioso acolá e o filme de repente acaba num bobeirol sem tamanho. Dirão: "mas Visão, vampiros são por si só fantasiosos demais." no que eu lhes responderei, sim, mas em Entrevista com Vampiro a fantasia foi cortante, dramática e o suspense foi de lascar. Tim Burton vacilou e Johnny tentou salvar o amigo em vão.


Prometheus
Faço ou não faço um trocadilhozinho com o título do filme? Farei não, prometo.Ops!

Gostei!! Márcio Guedes não gostou, mas eu gostei sim. Mas entendo quem não gostou do filme. Quem foi buscar imagens impressionistas de Avatar se lascou; quem foi buscar uma interpretação mais convincente de alguém, idem. Não fui buscar nada disso! Fui conferir se "a verdade estava mesmo lá fora". E achei as citações do filme inteligentinhas. No começo o filme cita Darwin e testemunha a Teoria da Evolução. Um careca se desmancha dentro d'água, o peixinho come seu DNA, nasce pezinho, piruzinho e peitinho e olha nós aí! Depois o filme tenta encontrar um, mais precisamente, O, Criador. Um criador baseado na ciência, claro, mas novamente a verdade se esconde para meu desapontamento e para a tristeza do Agente Mulder. Entretanto, Ridley sempre deixa uma digital por onde passa sua mente. O criador entrou no cacete quando se meteu a besta com o filho bastardo de uma cientista no filme mas, essa cientista, que era na verdade devota do cristianismo, nos deixa uma pergunta que tira o filme das mãos de Darwin e o coloca novamente na cabeça de Mulder e na necessidade popular pelo desconhecido: e quem criou o criador do filme? Eu e o agento do FBI voltamos a estaca zero para a alegria da Agente Scully que não acredita em ninguém que não tenha passado antes por um tubo de ensaio. O filme poderia ser mais "revelador|", mas insinuante, assim como a Roma de O Gladiador poderia ter sido mais sangrenta e mais erótica. Mas não foi um filme ruim ou uma decepção. Dependerá muito do que você irá buscar no cinema. Na cena final um cachezinho para o filho de Sigourney Weaver.

Pequenas pitadas:

Se Dunga for contratado viro Vasco de comprar e usar aquela camisa nojenta e tudo!!!!!

Ronaldinho cobra Danos Morais pelo caso da cachaça no xixi... Ora, quanto um Juiz de respeito não daria ao Flamengo por danos semelhantes ao analisar técnica e taticamente umas duas ou três atuações do Gaúcho com o Manto Sagrado que ele jamais deveria ter vestido?