quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Brasileiro vai ganhando a cara do excelente Corinthians.

"No segundo tempo viemos com a garra na ponta da chuteira. Sabíamos que assim ou perderíamos, ou ganharíamos, ou empataríamos."
(Edno, o Filósofo)

Comecemos pelo jogo do time do nosso filósofo de plantão - tentei trocar de canal antes do microfone chegar à sua boca, mas não fui rápido o suficiente.
Jogão no Engenhão! Jogão em todos os sentidos e não apenas em sua emoção, como foi o caso do último Fla x Flu. O Vasco do primeiro tempo foi o Vasco que ainda não havia aparecido no Brasileiro. Envolvente, categórico e insinuante em sua postura ofensiva, o Gigante da Colina colocou o Botafogo no bolso e fez o que quis - não fez o que devia. O Vasco perdeu a oportunidade de liquidar o Botafogo no primeiro tempo, não o fez e permitiu a reação da segunda etapa. Impressionou o time da cruz de malta porque pela primeira vez, ao menos aos olhos humildes deste rubro-negro que vos escreve, jogou bem sem o seu homem de referência dentro ou próximo à área. Éder Luís foi o nome da primeira etapa e teria sido o nome do jogo se as chances nesse tempo de jogo fossem convertidas em gols. Não foram.
O segundo tempo começou com um Botafogo diferente. Muita atitude, muito esbravejar - principalmente em direção ao árbitro -, e pouco sentido para isto tudo. Mesmo diferente, como resumiu Joel Santana após o jogo, ainda assim o Botafogo não parecia páreo para aquele Vasco da Gama, agora com Carlos Alberto em campo. Novamente as chances foram criadas e perdidas. Felipe, em passe genial, deixou Carlos Alberto em condição de fazer um gol de olhos fechados mas, de olhos abertos, o meio campo vascaíno acertou o chute em cima de Jefferson.  A partir daí, ou um pouco antes disso, o jogo mudara de nome. Deixou de se chamar Éder Luís e passou a ser reconhecido pelo lamentável apelido de Titi. 
O zagueiro do Vasco poderia ter evitado o primeiro gol do Fogão, mas preferiu deixar a bola entrar, ainda atrapalhando seu companheiro que estava pronto para agir. Mas aquele "deixa que eu deixo"... No final do jogo, quando o Botafogo continuava com sua atitude decantada por Joel, mas apenas alçando bolas na área, Titi resolveu novamente "dar uma mãozinha" (rsrsr eu não resisto ao trocadilho entre o gesto e a palavra). Mão na bola, cérebro... cérebro?!! Pênalti a favor do Fogão. Loco Abreu, que estava mesmo louco nesta partida, deu números finais ao placar, livrando o Fogão da derrota e anotando mais um empate na campanha do PC Gusmão à frente do Vasco. O nível da partida foi muito bom.


Angelim tropeça e o Flamengo cai.

Fala aí torcedor rubro-negro, essa fragilidade do Flamengo não te incomoda não? Meu Deus do Céu!!

A camisa do Mengão ficou cara. Não, o preço continua o mesmo, aquela merreca (brincadeirinha), mas esse time não me fará comprar nem aquela camisa do camelô desesperado para ir para casa que canta em prosa e verso que seu patrão ficou maluco. Assim como a camisa, o pay-per-view também encareceu. O que fiz? Ora, não assisti ao empate do Mengão porque minha paciência tem limites "limitadíssimos". Eu hein? Pagar mais de cinquenta pratas por mês para torcer pelo Diogo e suas pedaladas infrutíferas? Pelo Deivid e  suas ausências presentes? Pelo Angelim e sua cara de retirante com o pau-de-arara de burro manco? Gastar meu dim dim para assistir ao Rodrigo Alvim... Esse cara... Calma aí, deixe-me colocar aqui um Ponto Parágrafo para esse sujeito.
Rodrigo Alvim consegue ser pior que o Juan em todos os fundamentos do futebol e, olha que u Juan desconhece 99% dos fundamentos do futebol. O Juan não chuta, não cruza, não passa, não marca e não é bonito - sim, ele poderia ser titular para manter a imagem da galera lá em cima, mas não é o caso. O punico fundamento que o Juan domina é o cai cai. Isso nem o Caio e muito menos o Maicossuel fazem melhor que o camisa 6 da Gávea. E o Rodrigo Alvim consegue ser ainda mais bisonho que o nosso baixinho irritante. Percebam no 2º gol gremista que antes a bola é despretenciosamente alçada na área e, o lateral ao invés de cabeceá-la para a lateral prefere ceder o escanteio. Não satisfeito, coloca´se na marcação do jogador de ataque mais perigoso do Grêmio. Resultado: gol do Tricolor gaúcho. Jonas mesmo marcado por Alvim, ainda assim - ou seria, "por conta disso" -, faz o gol que coloca o time do Sul na frente no marcador.
Na mesma hora peguei minha arma mortal contra a bisonhice alheia, o meu controle remoto e, coloquei no jogo da Vila Belmiro, onde o Neymar e seus amigos enfrentavam o favorito ao título do Brasileiro deste ano. Outro ponto parágrafo, chega de Flamengo e suas fragilidades. A continua assim o time não disputa nem o Carioca/2011, campeonato para o qual penso estar o Mengão se preparando com Silas. Sim, porque esse Brasileiro já era. Esse é o Ponto Final para o Mengão, ou seria este "." ?



Timão com pinta e futebol de campeão!

Aqui sim meus olhos foram felizes. Jogão de bola!! O Corinthians anda me surpreendendo. Não é culpa minha, mas andei vendo pênaltis e expulsões favorecendo o Timão em rodadas passadas. Todavia, este Corinthians, ao contrário do time de 2005, não precisará do MIB para levar o caneco com certa facilidade. O time voa em campo, com todos os setores jogando bem e funcionando bem.
A defesa é sólida. Roberto Carlos joga sem comprometer como marcador e ainda consegue levar perigo ao adversário. O meio campo do Corinthians... Esplêndido. Jucilei e Elias destroem e constroem com a mesma competência e categoria. Bruno César e/ou Danilo comem a bola quando estão em campo, e Iarley mais Jorge Henrique dispensam comentários. O Corinthians é o time a ser batido e está difícil de bater o Corinthians.
O Neymar, digo, o Santos passa por sua crise como um time em crise tem de passar. Derrota e cabeças quentes. Culpa de sua diretoria que fez a maior "M" desta semana ao entregar a cabeça de Dorival Júnior a Neymar. O Santos de Dorival talvez tivesse feito o que o  Santos de Neymar tentou e não conseguiu. O garoto precisa entender que ele é apenas mais um. Mais um num time que deveria optar pelo coletivo, uma vez que sua principal estrela e peça está entregue ao DM. O craque do Santos não é Neymar, mas Ganso, e o Peixe padece em sua ausência. A tendência é que comece a desmoronar tabela abaixo. Mas o jogo em si foi muito bom, um jogaço! Fiz bem ao assistir a Vasco e Botafogo, e a Santos e Corinthians. Esses jogos equilibraram o preço do PPV.

2 comentários:

Orlani Junior disse...

Fala, Visão!

Bem, faltam duas rodadas para minha paciência acabar ou começar. Já não sei mais, o time que ocupa o espaço cinza na tabela não merece nosso sofrimento, irritação, ou coisa que o valha.

O time que fica no cinza na tabela de classificação reflete bem o futebol que joga (?) e a que veio no campeonato, ou seja, nada! Não vai para Sulamericana, não desce, não será campeão, não vai para Libertadores... Nada, simples!

Sobre Juin e Alvim e os esquilos falo uma coisa, somente, o cara que consegue ser reserva e pior - quando entra (?) - do que o Juin não merece maiores considerações.

Esses (e outros) podiam ter o mesmo destino de V. Pacheco ou Borja, tanto faz...

Em tempo: nessa ausência de sensação, estou deixando minhas energias toda para secar os flores e o time dos empates. Como está dando certo, acho que vou canalizar por esse lado mesmo, porque, pelo visto, o outro continuará tudo cinza.

SRN

Visão Desconexa disse...

Sem querer ser macabro...

O negro normalmente atemoriza mais que o cinza. Portanto, um final cinza pode ser melhor que o negro, hoje, na tabela, vermelho.
Nossa! Toquinho me processará por plagiar sua aquarela. defenderei-me dizendo que a minha está às avessas.