O Flamengo, influenciado pelos erros e cochilos de seu treinador, quase entrega a rapadura para o fraquíssimo time do Boavista.
Macaé viu de pertinho o primeiro gol de Ronaldinho Gaúcho e viu de pertinho também a pior atuação do Fla sobre o comando de Luxemburgo. O time até que começou bem, correndo muito e pressionando o Boavista que se mostrava presa fácil. Mas este foi o primeiro erro do Mengão, talvez aqui endossado pelo cochilo de seu treinador. O que interessa é que o Flamengo, a não ser que estivesse totalmente convencido de seu sucesso, jamais poderia partir daquele jeito destrambelhado, não para cima do Boavista, mas para cima de um calor de quase 40 graus. Foi uma loucura! Se tratava-se de uma tática, que esta tática durasse não mais que 15 minutos. Mas não foi o que aconteceu. Durou até o Flamengo ter pernas. Com as pernas bambas o time de Luxemburgo viu o Boavista equilibrar as ações da partida e empatar um jogo que perdia por 2 gols de diferença.
No pouco tempo que o Flamengo correu sozinho alguns jogadores se destacaram. Leo Moura, Thiago Neves (o mais rubro-negro dos tricolores), Renato Abreu, Ronaldinho, Williams (apesar de errar muitos passes), Maldonado e... só. Isso enquanto o Fla teve pernas. Ao fazer seu primeiro gol o rubro-negro começou a apresentar falhas aqui e acolá. Ronaldinho de pênalti abriu sua porteira com o Manto Sagrado. O segundo gol foi no início da segunda etapa. Jogada brilhante de Leo Moura pela direita, cruzamento perfeito e a garantia de mais cinco jogos para Deivid no time titular. A esta altura, do final do primeiro tempo e inicio do segundo, o Boavista já não era aquela presinha mole dos primeiros vinte minutos do jogo. Tanto é que o time de Bacaxá diminuiu a vantagem logo após sofrer o segundo tento. A partir daí o papel de presa mudou de lado. Não que o Flamengo tenha sofrido uma pressão horrível por parte de seu adversário, mas não o ameaçava mais e só não era mais ameaçado por conta da fragilidade do Boavista.
Negueba Neles!!
Percebendo que estava o maior "barata-voa" Luxemburgo resolveu tentar algo para salvar o seu time que àquela altura estava seriamente ameaçado . Puxa - pensou ele -, vou colocar mais um zagueiro, tirar esse contra producente do Egídio e liberar aquele "menino" Renato Abreu para jogar de ala, indo e voltando. Esqueceu-se Luxemburgo que "aquele menino" já entra cansado nas partidas e que não subiria droga nenhuma e muito menos voltaria, caso ousasse uma subidinha. Então o Fla passou a sair jogando no belo toque de bola de seus zagueiros. Bem, deu no que deu. 2 x 2.
Um copo d'água numa hora oportuna talvez tenha feito o técnico do Fla ter um lampejo de serenidade. Luxemburgo lançou Negueba e, como dizia o poeta; Negueba é Negueba. Aos 38 minutos, acompanhando carteiro novo (Williams não acertava mais nem um pass), acreditando no inacreditável - que Williams conseguisse fazer um jogada de linha de fundo -, Negueba, que já havia feito outras boas jogadas, desempatou a partida dando-lhe números finais. Mengão 3 x 2. Agora é esperar a briga do outro lado para saber quem será o vice. Brincadeirinha!!
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