A vaga do Fluminense na segunda fase da Libertadores subiu no telhado.

Será que subiu mesmo?

O Fluzão precisa saber fazer sofrer como os adversários dos brasileiros nessa competição fazem sofrer.  Como será o jogo do Flu contra o Argentino Juniors na Argentina, será a mesma moleza que foi ontem? Será que um Tartá conseguiria fazer dois gols de cabeça na defesa adversária? Duvido muito.

O Fluminense sem Fred, Emerson e Deco foi presa fácil do adversário portenho na noite de ontem. Improdutivo, parcimonioso, pouco incisivo. O Fluminense jogou o que lhe foi permitido jogar e deixou o Argentino Juniors respirar como se estivesse sentado à beira de uma praia qualquer. O Flu não errou quando jogou, mas quando deixou jogar. A bola não deveria passar do meio campo na direção do inseguro Diego Cavallieri.  A bola deveria rondar sempre a área argentina, como será em Buenos Ayres, como será na Cidade do México e como será em Montevidéo.  Se a vaga do Flu subiu no telhado, pode descer tranquilamente, basta que o Fluminense se adéque à competição que disputa. O Argentino Juniors, mesmo jogando sua primeira partida oficial no ano, não pode ser enfrentado como se enfrenta um Botafogo no Carioca. Há de se impor com vontade, raça e inteligência.

Brasil  x Equador

Vencido pelo sono vi apenas o primeiro tempo da partida desta madrugada. A Seleção Brasileira soube representar a camisa que vestia. Mesmo desfalcado de seu principal jogador e com seus zagueiros reservas, a equipe treinada por Ney Franco em momento nenhum deixou de dizer aos Equatorianos quem é que estava do outro lado do campo. Impôs-se. Não conseguiu resultado melhor porque seus adversários também tinha lá suas qualidades. Meu  amigo Alan disse que ainda há bobos sim, espalhados por aí cedendo três pontos sem muita chorumela, mas os equatorianos já não são tão bobos faz tempo (não são tão... esquisito!). As seleções equatorianas, acho que dá Copa da Alemanha para cá, têm sempre apresentado equipes que jogam muito parecidas. Bem armadas, cheias de Tenórios (pessoalzino da família), esperando o adversário logo após a linha do meio campo, para sair em rápidos e mortais contra-ataques contra defesas despreparadas. Eles venceram a Argentina, equipe tão decantada pelos entendidos de futebol após derrotarem os brasileiros que jogaram com menos um.

Agora vem o Uruguay por aí... Vai pegar um Neymar com fome de bola pela frente. Tomara que o craque brasileiro esteja com fome, mas saiba matar esta fome com calma e sabedoria. Jogão de bola!